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27/03/2019 - 08:37

IBP lança projeto-piloto de mentoria feminina

Em parceria com a consultoria global LHH, programa tem o objetivo de desenvolver competências de mulheres que atuam no setor de óleo e gás.

O Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), em parceria com a consultoria gobal Lee Hecht Harrison (LHH), acaba de lançar, no Rio de Janeiro, o Programa de Mentoria de Profissionais Mulheres da Indústria de Óleo & Gás – uma iniciativa do Comitê de Diversidade do IBP. Com 17 duplas de executivas-mentoras e mentoradas, o projeto-piloto visa alavancar mulheres do setor de óleo e gás para posiçõesde alta administração a partir do desenvolvimento de competências de liderança.

“Nosso papel é criar plataformas que ajudem a indústria de petróleo a alcançar a equidade de gênero para que, em um futuro próximo, não exista mais essadesigualdade. As primeiras mulheres do setor brigaram pelos seus direitos, quebraram paradigmas, lutaram pela posição que estão hoje. O próximo passo é pegar a experiência adquirida ao longo de todo esse processo e ajudar a nova geração a transformar em um fator de multiplicação”, disse Adriano Bastos, presidente da BP Energy Brasil.

Atualmente, a indústria de petróleo e gás tem apenas 22% de mulheres na totalidade. Considerando funções relacionadas à geologia, geofísica e engenharia, esse número não chega aos dois dígitos. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Boston Consulting Group juntamente com o World Petroleum Council, apenas 27% de mulheres entram na indústria e, destas, somente 17% chegam a cargos de liderança.

Para Mara Turolla, gerente de Desenvolvimento de Talentos e Diversidade na LHH, trabalhar com liderança feminina é gratificante. “Estamos mudando a história, colocando a humanidade em outro patamar, já que nosso trabalho impacta diretamente toda a sociedade. No que se refere ao mundo corporativo, a diversidade gera inovação e possibilita que as companhias entreguem os resultados esperados pelos acionistas”, afirmou.

Segundo pesquisa da Bloomberg, no Brasil, desde 2010, 55% das empresas pesquisadas estão investindo em empresas lideradas por mulheres para sua cadeia de fornecedores. O objetivo é que, a partir dessa iniciativa, essa atitude cresça na sociedade como um todo”, revelou.

Estrutura do programa de mentoria — O programa tem algumas fases de aplicação em sua metodologia de trabalho, atualmente restam cinco delas: lançamento, preparação de mentoras e mentoradas, reuniões individuais, laboratórios e por fim, o ritual de encerramento.

As reuniões individuais e os laboratórios têm como finalidade desenvolver as competências das duplas, com uma troca constante de experiências. O primeiro laboratório terá início no dia 3 de abril e o ritual de encerramento acontecerá em dezembro deste ano. “O grande destaque desse programa é a questão colaborativa das diversas empresas do setor de óleo e gás, não dando espaço assim para competição. O objetivo aqui não é disputar mercado, mas sim fazer com que as mulheres aprendam com experiências umas das outras e consigam alcançar maior representatividade bem como posições no topo da organização. Enfim, é um movimento pioneiro e que deve transcender as questões de negócios”, explica Cristina Fortes, diretora da Consultoria LHH no Rio de Janeiro, acrescentado que a equidade de gênero agrega em média 21% no lucro e afeta a imagem da empresa junto aos clientes e a sociedade.

“Queremos que as mentoradas se tornem grandes líderes e sejam inspiração para o mercado, para outras mulheres e homens. Para isso, vamos trabalhar para que cada participante possa descobrir seu estilo de liderança e como aprimorá-lo”, discursou Ana Zambelli, membro do Conselho de Administração da Petrobras.

As 17 duplas iniciais foram mapeadas utilizando a ferramenta Hogan exclusiva para mulheres, da LHH. “As duplas foram definidas pela LHH de acordo com os resultados das competênciaspelo Hogan, trajetória profissional e expectativas de ambas as partes. O kick off do programa teve como ponto alto a apresentação das duplas pela LHH além de um momento de interação para elas se apresentarem”, explicou Patrícia Scott, gerente executiva do Corporativo e da UnIBP do IBP.

Dados da LHH indicam que, se nada for feito para modificar o cenário atual, serão necessários 217 anos para acabar com a lacuna da igualdade de gênero, ou seja, a desigualdade entre gêneros só seria extinta somente no ano de 2235.

“Todas nós temos um momento na vida em que duvidamos da nossa capacidade, da nossa competência, mas algumas deixam o medo desestabilizar. Esses questionamentos são normais – e até saudáveis –, o problema é quando passamos a acreditar que não somos capazes”, ponderou Cristina Pinho, vice coordenadora da comissão de diversidade do IBP.“Nosso propósito como mentoras é justamente ajudar a pular etapas com essa troca de experiências, é munir as mentoradas de segurança e coragem para buscar a força que sabemos que cada uma tem dentro de si”, concluiu.

O projeto-piloto do Programa de Mentoria de Profissionais Mulheres da Indústria de Óleo & Gás conta com a participação das empresas: Petrobras, Subsea7, Aker, Baker Hughes, Schlumberger, Enauta, Equinor, BP Energy Brasil, ExxonMobil, TechnipFMC, Total E&P do Brasil, Shell, Petrogal, Chevron e IBP.

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