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IVFRJ fêz atualização do Banco de Competências

Durante o ano de 2006, a equipe do IVFRJ desenvolveu um minucioso trabalho de atualização do seu banco de competências com o objetivo de traçar o perfil da indústria química e farmacêutica instalada no Rio de Janeiro. Por meio da aplicação de um questionário direto às empresas, o IVFRJ identificou e classificou as indústrias e laboratórios de acordo com o ramo de atuação e a finalidade de instalação no Estado. Universidades, ONG's, hospitais, associações, distribuidores e respeitáveis autoridades na área de fármacos e medicamentos também compõe o banco de dados que contém aproximadamente de 1,5 mil entradas com nome, endereço, telefone, homepage e e-mail dos cadastrados.

No sentido de se traçar o cenário farmacêutico do estado do Rio de Janeiro verificou-se que 58% das empresas classificaram-se como indústrias, 28% como indústrias e laboratórios, 6 % só como laboratório e 4% como distribuidoras. Quanto ao ramo de atuação, nenhuma empresa se classificou apenas como química; 75% classificaram-se como farmacêuticas, 7% farmoquímica, 7% químico-farmacêuticas, seguido de outras denominações. Apenas uma empresa se identificou atuando em todas as áreas. 56% das empresas têm matriz estabelecida, englobando os setores administrativo, produção, representação e distribuição no RJ, 16% tem apenas o setor administrativo, 10% são representantes e 7% são distribuidoras.

Para o coordenador do instituto, este banco de competências é um trabalho estratégico que faz parte das metas do projeto IVFRJ. "Para validar a pesquisa, foi feita uma comparação dos impactos sócio-econômicos da indústria química no Rio de Janeiro com dados da pesquisa Industrial 2004 do IBGE, onde se aferiu que o setor farmacêutico e farmoquímico e químico corresponde a 10,49% do total das empresas da Indústria Química presentes no estado", revelou Barreiro.

Um outro estudo foi desenvolvido a partir de consultas ao censo do Portal do CNPq e IBGE, da população de pesquisadores por km2, nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, comparativamente ao Brasil. A pesquisa demonstrou que o Rio de Janeiro concentra o maior número de pesquisadores por Km2 que SP e MG, o que representa que a capacidade científica instalada no Rio de Janeiro é superior a outros estados, o que se revela um terreno fértil e promissor para a implantação da cadeia produtiva e de inovação em fármacos e medicamentos.

Metas para 2007: Para 2007 estão na agenda novas ações. De acordo com o professor Eliezer J. Barreiro, a principal meta é implantar o projeto Cadernos IVFRJ que visa desenvolver uma campanha para divulgar o uso correto e seguro do medicamento nas escolas. "Acredito que a educação para o consumo é tão importante quanto a universalização do acesso; são ações que devem andar conjuntas", afirmou o coordenador do IVFRJ.

Os fármacos são instrumentos de manutenção, preservação e recuperação do estado de saúde, que como bens industriais que são, tem importância estratégica à soberania nacional. "Para que a universalização dos fármacos possa ser feita com produtos nacionais é necessário coordenar e articular as iniciativas do governo com as possibilidades da indústria e da academia. A criação de uma política de Estado que envolva os ministérios da Educação, Indústria e Comércio, da Ciência e Tecnologia, da Saúde e do Planejamento é fundamental para que o Brasil passe a ter mais medicamentos que falem português", declarou Barreiro.

Ainda segundo ele, "o momento no país é oportuno, tanto em relação ao setor público e acadêmico quanto ao setor privado. A comunidade científica está pronta, com recursos humanos de alta qualidade e competências instaladas. As empresas estão buscando mecanismos de integração com a universidade. O profissional brasileiro é competitivo, já que a produção é de alta qualidade e de baixo custo, visto que recebe em reais, se comparado com a moeda de outros países".

O cenário é favorável para que o setor de fármacos no Brasil tenha a chance de deflagrar uma grande onda de inovação. Face ao reconhecimento de sua importância estratégica, o IVFRJ objetiva aumentar o número de parceiras com laboratórios e os setores acadêmicos e empresariais para implantação de uma cadeia produtiva e de inovação em fármacos e medicamentos. "A capacidade científica instalada no Estado do Rio de Janeiro é grande, de excelente qualidade e de uma criatividade impressionante, seria uma ótima alternativa para diminuir a dependência externa brasileira em relação aos fármacos e explicitar uma política de medicamentos que esteja à altura da universalização do Sistema Único de Saúde (SUS)" revelou o professor Eliezer.| Por: Lúcia Beatriz/IVFRJ Online

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