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10/04/2019 - 07:52

OSB apresenta “Choro em Concerto” no Theatro Municipal

Parceria com a Casa do Choro, concerto terá Pixinguinha, Darius Milhaud, Marcílio Lopes, Paulo Aragão, Jayme Vignoli e Maurício Carrilho no programa do dia 12 de abril (sexta-feira).

Alfredo da Rocha Vianna Filho, mais conhecido como Pixinguinha, emprestou sua data de nascimento para a celebração do Dia Nacional do Choro – 23 de abril. Antecipando as comemorações, a Orquestra Sinfônica Brasileira, sob a batuta do maestro Lee Mills, leva ao palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, dia 12 de abril, às 20h, o “Choro em Concerto”. Segunda da Série Em Foco, apresentação terá no programa obras e arranjos inéditos, além de clássicos do gênero. A OSB conta com a Lei Rouanet e tem a NTS como mantenedora, Vale, Brookfield e Eneva como patrocinadoras e Eletrobras como copatrocinadora.

Desde o século XIX, é comum observar uma intercessão entre o choro e a música de concerto. Ao longo do século XX, compositores como Villa Lobos, Radamés Gnattali e Guerra-Peixe beberam na fonte do choro em suas obras nacionalistas. De acordo com Paulo Aragão, um dos diretores da Casa do Choro e compositor presente no programa, a ideia é levar ao palco obras que foram compostas ou arranjadas para orquestra sob a influência do choro. “Usamos o formato sinfônico para escrever e arranjar as peças que serão apresentadas pela OSB. É música popular orquestral” – explica.

Abrindo o concerto, a orquestra apresentará “Boi no Telhado”, do francês Dario Milhaud. Peça mais antiga do programa, foi composta há exatos cem anos, depois de o compositor regressar de um período de três anos no Brasil, convivendo com artistas locais e recebendo influências da música brasileira. Na sequência, “Manguaceira”, polca do compositor e bandolinista Marcílio Lopes, que será apresentada pela primeira vez em versão sinfônica. “Três Cenas Populares para Clarinete e Orquestra”, de Paulo Aragão, dá continuidade ao programa, com a participação do clarinetista Cristiano Alves como solista. A peça fará sua estreia no Rio de Janeiro.

Dando prosseguimento ao concerto, uma obra escrita especialmente para a ocasião: “Das Águas”, do compositor e cavaquinhista Jayme Vignoli. De Maurício Carrilho, renomado compositor com mais de mil choros compostos e frequente colaborador da música de concerto, a orquestra interpretará “Perendengues”, cuja versão sinfônica também é inédita. Fechando a noite, duas músicas de Pixinguinha: “Rosa” e “Carinhoso” – esta última em um arranjo sinfônico do próprio compositor, escrito em 1938, e adaptado para a OSB por Paulo Aragão.

A Orquestra Sinfônica Brasileira — Fundada em 1940, a Orquestra Sinfônica Brasileira é reconhecida como um dos conjuntos sinfônicos mais importantes do país. Em seus 78 anos de trajetória ininterrupta, a OSB já realizou mais de cinco mil concertos e é reconhecida pelo pioneirismo de suas ações, tendo sido a primeira orquestra a realizar turnês pelo Brasil e exterior, apresentações ao ar livre e projetos de formação de plateia.

Nas últimas sete décadas, a OSB revelou nomes como Nelson Freire, Arnaldo Cohen e Antônio Meneses, e esteve à frente, maestros e compositores brasileiros como Heitor Villa-Lobos, Eleazar de Carvalho, Claudio Santoro, Francisco Mignone e Camargo Guarnieri. Também faz parte de sua história a colaboração de alguns dos maiores artistas do cenário internacional como Leonard Bernstein, Arthur Rubinstein, Mstislav Rostropovich, Igor Stravinsky, Claudio Arrau, Zubin Mehta, Lorin Maazel e Kurt Masur, entre muitos outros.

Composta atualmente por mais de 70 músicos brasileiros e estrangeiros, a OSB contempla uma programação regular de concertos, apresentações especiais e ações educativas, além de um amplo projeto de responsabilidade social e democratização de acesso à cultura. Para viabilizar suas atividades, a Fundação conta com a Lei Rouanet, tem a NTS - Nova Transportadora do Sudeste como mantenedora e a Vale, Brookfield e Eneva como patrocinadoras, além de um conjunto de apoiadores culturais e institucionais.

Maestro Lee Mills — Maestro Residente da Orquestra Sinfônica Brasileira e vencedor da bolsa da Fundação Solti dos Estados Unidos em 2017 e 2014, o regente americano Lee Mills é conhecido internacionalmente como um maestro apaixonado e enérgico. A lista de artistas com quem ele compartilhou recentemente o palco, inclui Simone Porter, Conrad Tao, Eliane Coelho, o Trio Smetana, entre outros. Além da Orquestra Sinfônica Brasileira, o maestro já regeu a Orquestra Sinfônica Nacional dos Estados Unidos, a Filarmônica de Los Angeles, as Orquestras Sinfônicas do Estado de São Paulo, de Saint Louis, de Baltimore, de Bozeman, o Gran Teatro La Fenice e Concert Artists of Baltimore com o Ballet Moscow.

Lee Mills foi contratado como maestro assistente da Orquestra Sinfônica Brasileira em setembro de 2014, e, apenas 18 meses depois, foi promovido à posição de Maestro Residente. Em 2017, Mills foi semifinalista no Concurso Internacional de Regência de Georg Solti, em Frankfurt, e no verão de 2014, foi indicado por David Robertson e Carnegie Hall para ser o Maestro Assistente da Orquestra Jovem Nacional dos Estados Unidos, onde ele regeu em ensaios e também em concerto numa turnê nacional. Da Diretora Musical da Orquestra Sinfônica de Baltimore, ele ganhou o BSO-Peabody Institute Conducting Fellowship, em 2011.

Também com o Maestro David Robertson, Mills regeu na estreia, nos Estados Unidos, da peça "Trinta Peças para Cinco Orquestras", de John Cage, numa performance que ganhou muitos elogios.

Sob os professores Gustav Meier e Marin Alsop, Mills fez duas pós-graduações em regência orquestral no Instituto Peabody, em Baltimore. Foi bolsista no American Academy of Conducting at Aspen em 2012 e 2013, onde estudou com Robert Spano, Hugh Wolff e Larry Rachleff. Maestro Mills se formou Cum Laude na Whitman College, onde começou os estudos em regência com Robert Bode. Também estudou com Edward Polochick e Matthew Savery.

A Casa do Choro — O Instituto Casa do Choro atua desde 1999 no terreno da educação musical, preservação e divulgação da música popular carioca, em especial o choro. A presidente do ICC é a cavaquinista e compositora Luciana Rabello e o vice-presidente do Instituto é o compositor, arranjador e violonista Mauricio Carrilho. Ambos são criadores do ICC, do projeto Escola Portátil de Música e da gravadora Acari Records, especializada em choro. Na diretoria do Instituto Casa do Choro encontram-se ainda os nomes dos músicos Celsinho Silva, Jayme Vignoli e Paulo Aragão.

O Instituto Casa do Choro é o proponente responsável pelo projeto da Escola Portátil de Música (EPM) que, desde o ano 2000, forma jovens e adultos através da linguagem do choro. Mais de 17 mil pessoas passaram pelos bancos da EPM nestes 18 anos de existência, sendo atendidas por mais de 40 professores. Em 2011, a EPM ganhou o Prêmio de Cultura da Secretaria de Cultura do Estado do Rio, na categoria música popular. A equipe do Instituto Casa do Choro é referência, no Brasil e no exterior, no ensino de música popular e na produção de eventos ligados ao choro, dentre os quais se destacam 7 grandes Festivais de Choro (atraindo centenas de pessoas do Brasil e do exterior) e duas edições do Dia do Choro (a pedido da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro).

Em 2015, a Casa do Choro abriu suas portas para o público, e agora, todo esse trabalho de memória, educação e produção musical encontra abrigo na Rua da Carioca, 38. O sobrado histórico construído no início do século 20 – imóvel tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) e restaurado pelo Instituto Casa do Choro com patrocínio da Petrobras e do BNDES, através da Lei Rouanet. A Casa do Choro dispõe de oito salas de aula, um estúdio que leva o nome de Raphael Rabello (irmão de Luciana já falecido e um dos maiores violonistas do país), um teatro com 100 lugares, e um acervo que conta com mais de 18 mil partituras disponibilizadas para pesquisa pública gratuita (catalogadas e digitalizadas) e dois mil discos de 78 rotações e LPs. Cerca de 2500 músicos passaram por seu palco em mais de 600 shows realizados desde 2015 e mais de uma dezena de depoimentos foram registrados para a posteridade por importantes personalidades do meio musical.

Realizar a educação musical através da linguagem do choro, a mais antiga e importante música instrumental brasileira; preservar e ativar a circulação de acervos musicais de pouca acessibilidade ao público; estimular a criação musical a partir das referências históricas do choro e todos os gêneros conformadores (polca, maxixe, lundu, valsa, quadrilha, schottisch); democratizar o acesso a essa forma de cultura popular, promovendo a socialização através da música; formar profissionais para o mercado de música, incluindo arranjadores, compositores e instrumentistas: eis as missões da Casa do Choro.

Programa: Darius Milhaud – O Boi no Telhado, op.58 | Marcílio Lopes (Arr. Marcílio Lopes) – Manguaceira (estreia mundial da versão sinfônica) | Paulo Aragão – Três Cenas Populares para Clarinete e Orquestra (estreia carioca) – Solista: Cristiano Alves, clarinete.

I. Retreta | II. Seresta | III. Gafieira | Jayme Vignoli – Das Águas (estreia mundial) | Maurício Carrilho – Perendengues (estreia mundial da versão sinfônica) | Pixinguinha (Arr. Marcílio Lopes) – Rosa | Pixinguinha (Arr. Sinfônico de Pixinguinha / adaptação de Paulo Aragão) – Carinhoso.

Orquestra Sinfônica Brasileira (Série Em Foco – Choro em Concerto): Lee Mills -regência | Cristiano Alves -clarinete.

Dia 12 de abril de 2019 (sexta-feira), às 20h, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Praça Floriano, s/nº - Cinelândia/Centro – Rio de Janeiro (RJ)| http://www.theatromunicipal.rj.gov.br. Ingressos: R$ 100,00 a R$ 20, e meia em todos os preços, (à venda na bilheteria do Municipal e no site Ingresso Rápido).

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