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Consumo de tintas e vernizes cresce em 2006

Acompanhando o desempenho da economia, o setor de tintas e vernizes fecha 2006 com crescimento em torno de 3% e aposta em um desempenho melhor para 2007.

De acordo com as estimativas do Sitivesp – Sindicato da Indústria de Tintas e Vernizes do Estado de São Paulo – as vendas nacionais do setor de tintas e vernizes em 2006 registrarão um crescimento positivo, de 3,17% sobre o ano anterior. Com esse aumento, o consumo de 320 milhões de galões de tintas e vernizes, registrado em 2005, saltará para 330 milhões de galões em 2006, o que equivale a utilização de quase 1,2 bilhão de litros de tintas.

O impacto das vendas no faturamento do setor, composto por produtos das linhas imobiliária, de repintura automotiva, madeiras, tintas de impressão, serigráficas, manutenção, automotiva original e demais tintas industriais, será de um aumento de 14,7% - devido ao peso da desvalorização do dólar diante do real. Com isso, o faturamento do setor, que em 2005 foi de US$ 2,04 bilhões, atingirá a cifra de US$ 2,34 bilhões, segundo as projeções do Sitivesp.

“Os resultados reafirmam a tendência estatística registrada ao longo dos últimos anos no setor, de que em anos de crescimento econômico moderado, o segmento de tintas e vernizes como um todo acompanha o índice do Produto Interno Bruto (PIB). Já quando o crescimento da economia nacional é alto, o setor de tintas registra índices ainda superiores, tendo em vista que há um aquecimento em cadeia de todos os produtos que levam tintas”, explica o presidente do Sitivesp, Roberto Ferraiuolo.

Mesmo ficando um pouco acima do PIB projetado para 2006 (em torno de 2,8%), cabe ressaltar que o setor tem potencial para crescimento muito mais significativo, principalmente se levarmos em consideração o consumo brasileiro per capita de tintas, de seis litros por habitante, (que está muito aquém de outros países desenvolvidos e em desenvolvimento) e o enorme déficit habitacional do país, estimado em 7,9 milhões de unidades.

O setor poderia ter alcançado índices maiores de crescimento não fossem os percalços econômicos do último ano, principalmente em relação ao câmbio ainda sobrevalorizado, altas taxas de juros, alta carga tributária, entre outros fatores que não incentivam os investimentos e que levaram o país a alcançar um crescimento abaixo das expectativas. “Sem crescimento o país não pode mais ficar. O Brasil precisa evoluir e com níveis de crescimento mais altos, compatíveis com os de países em desenvolvimento”, destaca Ferraiuolo.

Exportações positivas- Apesar do câmbio sobrevalorizado, as exportações do setor também serão positivas em 2006. De acordo com o levantamento do Sitivesp, até setembro do ano passado os negócios com o mercado internacional acumularam um montante de US$ 88.915 milhões, o que indica para o ano um faturamento de US$ 118.553 milhões ou um crescimento de 11,04% sobre 2005. Em volume, o Brasil embarcou, nos três primeiros trimestres, 37.373 toneladas, projetando um total de 49.831 toneladas para 2006.

“Nossa previsão inicial era de um incremento de 6% no faturamento das exportações, mas tivemos uma grata surpresa com os números, principalmente no terceiro trimestre. Se por um lado a desvalorização cambial prejudica a rentabilidade das exportações, por outro aumentaram as oportunidades de negócio”, diz o presidente do Sitivesp. Outro aspecto percebido é que algumas empresas do setor se tornaram bases de exportação de suas matrizes internacionais.

Vale destacar que este ano todos os segmentos tiveram um bom desempenho na exportação, registrando índices superiores a 13% no faturamento, tanto nos produtos base solvente, como base água. A exceção ficou por conta do segmento de tintas gráficas/impressão, que deve crescer em escala menor, por volta de 3,7%. E o maior destaque ficou para o segmento de tintas artísticas/escolares, que aponta evolução de 16,3% para o ano.

Nas importações, o faturamento apurado até o mês de setembro totalizou 106.308 milhões. A estimativa era a de encerrar o ano com o montante de 141.744 milhões, contra 134.103 milhões de 2005, o que representará um crescimento médio de 5,7%. O destaque nas importações ficou por conta dos produtos com base solvente, que tiveram um crescimento de 12%, enquanto a importação dos itens a base d’água tiveram um recuo de 10% em relação a 2005.

Desempenho dos segmentos - Muitos segmentos que compõem a cadeia produtiva de tintas e vernizes alcançaram muito bom desempenho em 2006, seja na área de exportações ou na distribuição interna de seus produtos. É o caso do segmento de tintas industriais para eletrodomésticos, que deve registrar crescimento de 9,5% e do segmento de autoveículos, onde o aumento previsto para o ano é de 7,7%.

Além dos produtos destinados à repintura automotiva, as tintas originais estão diretamente ligadas ao número de veículos novos produzidos no país, daí o bom desempenho obtido. A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) divulgou que o setor automotivo encerrou 2006 com 1,9 milhão de unidades comercializadas no mercado interno – crescimento de 12,4% em relação a 2005. A produção total de autoveículos foi de 2,61 milhões de unidades, resultado 3,1% superior ao obtido em 2005.

A exportação total de autoveículos em 2006 foi de 844.708 unidades. Em valores, as exportações de veículos, motores, autopeças e máquinas agrícolas somaram US$ 12,1 bilhões, representando um aumento de 8,4% em relação ao período anterior. Para 2007, o desafio é ampliar o mercado interno e sustentar e aumentar a competitividade nas exportações. Outro segmento fundamental para o mercado de tintas e vernizes, o da construção civil (as tintas imobiliárias ou decorativas respondem por 65% das vendas do setor), ainda não alcançou em 2006 o crescimento esperado e deverá representar incremento de 2,6% no total das vendas de tintas e vernizes.

“É verdade que muitas ações na esfera federal, principalmente as que visaram destravar o setor da construção, como a redução do IPI das tintas e de diversos outros itens da cesta básica da construção, contribuiu para uma melhoria nos nossos negócios. Entretanto, essas medidas ainda não refletiram de forma significativa no mercado de tintas e vernizes, já que estes itens entram na fase final das construções e, portanto, demandam mais tempo para maturação da obra”, observa o presidente do Sitivesp, lembrando que o incremento no setor deve se dar a partir de junho deste ano.

Entretanto, os números macroeconômicos da construção civil são bastante positivos e indicam um impacto maior para o setor de tintas e vernizes em 2007. De acordo com estimativas do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo, o Sinduscon, a construção civil brasileira deverá crescer cerca de 5% em 2006. E em 2007, se o PIB aumentar 3,5%, o crescimento do setor deverá ser de 4,9%.

Perspectivas para 2007 - A sinalização do governo federal de utilizar o segmento da construção civil como mola propulsora para o tão almejado crescimento econômico em 2007, cria expectativas positivas para o ano que se inicia. Entre as medidas que vêm sendo discutidas para impulsionar o setor, estão mais investimentos em infra-estrutura, desoneração da cadeia produtiva da construção civil, aumento dos financiamentos públicos e privados, entre outras.

“Estamos certos de que o setor da construção civil está apto para contribuir com o crescimento econômico do país, gerando imediata geração de milhares de empregos, absorvendo mão-de-obra não-qualificada e semi-qualificada, que é o grande nível de desemprego do país. Por isso, continuaremos nossa luta pelo aumento da utilização de tinta per capita e a fundamentação da qualificação profissional do pintor, plano de longo alcance no qual o Sitivesp tem como parceiros o Senai e a Abrafati (Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas)”, declara Roberto Ferraiuolo.

Dentre as medidas setoriais solicitadas pelo Sitivesp, destaca-se a luta pela extinção da guerra fiscal e, por isonomia, a redução da base do ICMS de 18 para 12% nas operações para dentro do Estado de São Paulo. Medida que se impõe e tem sido uma bandeira do Sitivesp nos últimos dois anos. Da parte do governo, continuaremos a exigir as reformas estruturais das áreas fiscal, tributária, política e da previdência; equilíbrio da taxa de câmbio; redução das taxas de juros; enfim, fatores que possam levar o país ao crescimento auto-sustentável, gerando melhor distribuição de renda e conseqüentemente melhor qualidade de vida às pessoas.

. Números do setor de Tintas: Ano | 2000 | 2001 | 2002 | 2003 | 2004 | 2005 | 2006* Consumo de tintas e vernizes em milhões de galões** : 281 | 288 | 297 | 292 | 310 | 320 | 330 Faturamento das empresas do setor em bilhões de US$: 1,82 | 1,73 | 1,65 | 1,53 |1,75 |2,04 |2,34*** Balança Comercial (importação)em milhões de US$ : 125.544 |133.338 |124.836 |111.964 |132.976 134.103 106.308 (até set).

Balança Comercial (exportação) em milhões de US$:52.642 | 60.143 | 56.425 | 69.049 | 93.291 | 106.675 | 88.915(até set).

Número de empregos gerados diretamente: 17.278 |16.812 |16.303 |15.885 |16.284 |15.740 |16.030 (outubro). Fonte: Sitivesp (Sindicato da Indústria de Tintas e Vernizes do Estado de São Paulo) * projeção para 2006 | ** galões de 3,6 litros. Inclui os segmentos de revenda (construção civil, repintura, solventes e complementos) e setor industrial (autoveículos, tratores, eletrodomésticos, construção naval, gráficas, tintas serigráficas, artísticas, madeiras, solventes, demarcação viária, ferroviárias, manutenção, etc.) | *** em função da desvalorização do dólar mediante o real.

Perfil Sitivesp - Fundado em 1941, com o objetivo de representar legalmente as indústrias paulistas de tintas, o Sindicato da Indústria de Tintas e Vernizes do Estado de São Paulo (Sitivesp), apesar de ter base estadual, possui hoje reconhecimento nacional, devido às ações desenvolvidas em prol não apenas de suas associadas, mas em defesa do mercado de tintas, como um todo.

Atualmente, o Sitivesp reúne 76 empresas associadas - entre pequenos, médios e grandes fabricantes de tintas dos segmentos imobiliário, automotivo, industrial e gráfico, entre outros - que representam cerca de 80% de toda a produção nacional de tintas.

Participando ativamente de todas as questões relevantes para o setor, desde a sua criação, o Sitivesp é reconhecido como uma entidade pró-ativa, que se antecipa às necessidades do mercado e, por isso, suas ações visam à integração da cadeia produtiva e a ampliação do consumo de tintas. Através de seus departamentos e comissões, fornece informações e subsídios necessários para que as empresas do segmento atuem no competitivo mercado de tintas. | www.sitivesp.org.br

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