Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

25/04/2008 - 10:31

Aslog defende regulamentação da jornada dos caminhoneiros

Diretor da Associação, Markenson Marques, propõe oito horas de descanso.

A solução para o impasse no estabelecimento da jornada de trabalho dos caminhoneiros - sem lei específica - é a regulamentação da carga horária dos profissionais, com direito à oito horas ininterruptas de descanso além de pausas de 30 minutos para cada quatro ou cinco horas trabalhadas.

Essa foi a proposta apresentada pelo diretor da Aslog (Associação Brasileira de Logística) e empresário do setor, Markenson Marques, durante o 8º Seminário de Transporte Rodoviário de Cargas, em Brasília. O diretor representou a entidade sob o aval do presidente da associação, Adalberto Panzan Júnior.

O encontro reuniu cerca de 400 pessoas, entre parlamentares, líderes de classe e outros interessados, em torno de temas caros ao setor, como infra-estrutura e investimentos. No entanto, Markenson afirma que o tempo de direção foi o centro do debate. "O tema é muito importante, porque é por meio da regulamentação que podemos diminuir os acidentes nas estradas".

Com essa proposta, a Aslog considera as necessidades e peculiaridades do setor, que é diferente dos demais que se encaixam ao regime da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas).

Otimização dos serviços - Outro ponto defendido pela entidade é a fixação do tempo de estadia dos veículos em uma hora para embarque e desembarque de produtos.

Durante o encontro, o diretor revelou que o tempo parado nas filas representa a segunda causa de estresse entre os caminhoneiros, o que afeta a produtividade e eleva a possibilidade de acidentes. "Com a definição de um menor tempo de espera nos terminais e centrais de embarque e desembarque, mais operadores de empilhadeira, ajudantes de carga e descarga, conferentes e coordenadores de transporte serão contratados. Haverá uma necessidade de aumento da mão-de-obra, o que é bom para os trabalhadores", salienta.

"O caminhão parado nas filas representa um custo enorme, muito maior do que, por exemplo, a locação de mais empilhadeiras para agilizar o processo de carga/descarga. Enquanto um caminhão parado com 25 toneladas de carga custa R$ 40 por hora, uma empilhadeira custa em torno de R$ 18 a hora", argumenta Markenson.

A regulamentação da estadia dos veículos foi estabelecida no ano passado pela lei 11.442, que prevê tempo máximo para embarque e desembarque de cinco horas, com multa de R$ 1 por tonelada hora no caso de infração. Entretanto, esse tempo deixou de ser obrigatório com a aprovação da lei 11.524/2007, que dá brecha para o prolongamento da estadia por meio do estabelecimento de contratos.

Críticas - Para o diretor, se o presidente Lula voltar atrás e eliminar essa brecha, problemas como os congestionamentos em São Paulo podem ser resolvidos. "Com o estabelecimento do tempo máximo de uma hora para carga e descarga e a proibição do estacionamento de caminhões em diversas áreas da grande São Paulo, os profissionais de logística do Brasil demonstrarão seu real valor. Os caminhões chegarão ao destino exatamente no horário programado e o descarregamento ocorrerá no tempo previsto. Melhoraríamos muito o trânsito na cidade, teríamos redução nos acidentes e maior produtividade e salário aos caminhoneiros".

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira