Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

04/05/2019 - 07:15

Indústria do aço segue estável na América Latina impulsionada pelas exportações, aponta Alacero


Consumo regional sustenta o mercado siderúrgico latino-americano, com projeções em abril, o acumulado na América Latina no período de janeiro a fevereiro de 2019, a produção de aço bruto somou 15,4 milhões de toneladas, produção de aço laminado,12,7 milhões de toneladas.

Alacero- São, Paulo, Brasil — A expectativa de concretização do Brexit, a possível entrada do Brasil na OCDE, são fatores que estão transformando o comércio global e a dinâmica geopolítica. Em meio à ameaça representada pela disputa comercial entre os Estados Unidos e a China e a crise na Venezuela, as principais economias da América Latina passam por momentos únicos em suas histórias. A Argentina sofre uma crise econômica com congelamento de preços e aumento de taxas, o Brasil com a expectativa do mercado financeiro antes a reforma previdenciária, e o México em direção a um cenário de desaceleração com reajuste de suas projeções e aumento da incerteza.

De acordo com a Asociación Latinoamericana del Acero (Alacero), a projeção para a produção industrial do ano diminuiu na maior parte dos países da América Latina e do Caribe em abril, e a expectativa em relação aos preços ao consumidor na região também diminuiu na maioria dos países, exceto no Brasil e na Argentina. Embora o mercado de aço da região durante o período de janeiro a fevereiro de 2019 tenha mostrado queda de 3% no consumo de aço laminado em comparação ao mesmo período em 2018, a produção regional de aço bruto e laminado caiu 11% e 8%, respectivamente, em relação a março de 2018, mostrando incertezas econômicas globais e regionais.

— Apesar de uma queda de 6% nas importações entre janeiro e fevereiro de 2019, foi identificado um aumento de 2% no acumulado em relação aos dois primeiros meses de 2018. A participação das importações no consumo regional também aumentou: o consumo regional é agora abastecido em 36% por essas importações, contra 34% no acumulado de janeiro a fevereiro de 2018, apresentando um déficit de 2,1 Mt (61 mil toneladas a mais) em relação ao período de janeiro a fevereiro do ano anterior— diz a entidade.

Produção de aço bruto e laminado cresce em relação a fevereiro — Apesar das oscilações negativas em relação a 2018, devidas a variação do consumo e às incertezas do mercado, a produção total de aço bruto e laminado cresceu 3% e 12%, respectivamente, no mês de março em relação a fevereiro.

Aço bruto — A América Latina teve uma produção de 5,2 Mt de aço bruto em fevereiro, 11% menor que a registrada no mesmo período de 2018 (5,8 Mt). Considerando o acumulado em 2019, foram produzidos 10,3 Mt, 2% menos que o acumulado no período de janeiro a março 2018 (16,3 Mt). No ano, o Brasil é o principal produtor com 8,3 Mt, representando 54% do total regional.

Aço laminado — Foram produzidos 4,5 Mt de aço laminado em março, 8% a menos que no mesmo período de 2018. No acumulado do ano foram registrados 12,7 Mt, representando uma queda de 7% em relação aos trêsprimeiros meses de 2018 (13, 6 Mt). Os principais produtores no ano são o Brasil 5,6 Mt (44% do total da América Latina) e o México com 4,5 Mt (36% do total da América Latina).

Balança comercial aponta queda em fevereiro — Considerando o período de abril de 2018 a abril de 2019, houve uma queda considerável dos PIBs na América Latina, com exceção do Brasil, Argentina e Chile. Nesse período, o investimento fixo bruto também diminuiu, embora Chile e Colômbia tenham registrado progresso. A produção industrial cresceu, no entanto, México, Peru e Venezuela não conseguiram seguir o mesmo ritmo. Os preços ao consumidor também registraram aumentos na maior parte da região, exceto no México e na Argentina.

Exportações de laminados Importações de laminados Saldo — Importações: em fevereiro, foram importados 1,8 Mt de aço laminado, 8% a mais do que em fevereiro de 2018 (1,7 Mt). No acumulado de janeiro a fevereiro de 2019, a América Latina importou 3,8 Mt de aço laminado, 2% a mais que os importados no mesmo período de 2018 (3,7 Mt). Desse total, 70% correspondem a produtos planos (2,6 Mt), 27% a produtos longos (1,0 Mt) e 3% a tubos sem costura (123 mil t). Atualmente, as importações de aço laminado representam 36% do consumo da região, o que traz desestímulos para a indústria local, fricções comerciais e coloca em risco as fontes de emprego.

Exportações: em fevereiro, foram exportadas 761 mil toneladas de aço laminado, 10% a menos que em fevereiro de 2018 (843 mil toneladas). No acumulado do ano, as exportações de produtos laminados da América Latina foram de 1,68 Mt, 1% a mais do que no mesmo período de 2018 (1,67 Mt) e 10% a menos em relação a fevereiro de 2018 (843 mil toneladas). Desse total, 45% correspondem a produtos planos (756 mil t), 44,7% a longos (750 mil t) e 10,3% a tubos sem costura (173 mil t).

Déficit comercial — Em fevereiro de 2019, a região registrou um déficit comercial de 1,06 Mt em aços laminados. Esse desequilíbrio é 25% superior ao de fevereiro de 2018 (0,85 Mt) e 3% superior ao de janeiro de 2019 (1,03 Mt). O Brasil é o único país que mantém um superávit no comércio de aço laminado no período de janeiro a fevereiro (594 mil t). Por outro lado, o maior déficit foi registrado no México (-1,1 Mt). Seguido pela Colômbia (-362 mil t), Peru (-316 mil t) e Chile (-273 mil t).

Asociación Latinoamericana del Acero (Alacero) — É uma entidade civil sem fins lucrativos que reúne a cadeia de valor do aço da América Latina para fomentar os valores de integração regional, inovação tecnológica, excelência em recursos humanos, responsabilidade empresarial e sustentabilidade. Fundada em 1959, é formada por 40 empresas de 20 países, cuja produção é de aproximadamente 70 milhões anuais e representa 95% do aço fabricado na América Latina. | www.alacero.org

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira