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25/04/2008 - 11:20

Trabalho em casa exige atenção à ergonomia

Quem não gostaria de trabalhar em casa, com horário flexível, salário compatível ao do mercado e o respaldo de uma empresa? Formada em Marketing, Paula Popovic, 24 anos, trabalha há um ano em casa, no modelo de home office, administrando a área de seleção, recrutamento e Recursos Humanos da Virtual Call. De segunda a sexta-feira, ela acorda às 8h40, toma seu café da manhã e, às 9h, já está no trabalho. “Com a qualidade de vida que eu tenho hoje, eu não conseguiria voltar a trabalhar em um escritório”, diz.

“Apesar de parecer um modelo ideal de trabalho e desejado por muitas pessoas, como fica a questão ergonômica no contact center virtual?”, pondera Claudia Rossi, fisioterapeuta especialista em ergonomia do CLIV Solution Group. De acordo com ela, pensar em home office implica garantir que o trinômio “conforto, segurança e eficácia” esteja adequado ao Anexo II da NR17, norma regulamentadora da atividade de teleatendimento. “Como uma das regras da norma obriga as empresas a oferecerem as condições adequadas em relação à iluminação, mesas e cadeiras, headset, pausas e capacitação sobre o assunto, no contact center virtual, os operadores deverão receber orientações da empresa para comprovar que o mobiliário da sua casa está de acordo para o trabalho, além de pensar em formas de evoluir o e-learning e cumprir a regra sobre capacitação”, explica Cláudia. Esse acompanhamento evitará os afastamentos dos profissionais por LER/DORT e, principalmente, processos trabalhistas.

De acordo com a fisioterapeuta, para que a tendência do trabalho remoto ganhe força no Brasil, é necessário que haja uma mudança cultural. “As empresas precisam entender que o investimento na ergonomia no home office precisa ser ainda maior do que nas companhias físicas, porque o empresário não estará olhando se a postura do operador está correta, se ele está sentando adequadamente. Por isso, o treinamento em ergonomia será essencial”, explica.

Outros desafios são a da tecnologia, que permitirá que a empresa tenha o controle do trabalho do operador; a gestão adequada, por ser outro perfil do que é encontrado hoje no call center – profissionais mais maduros, auto-motiváveis, organizados; e as questões trabalhistas – de que forma a empresa se certificará que o trabalhador realmente cumpriu as horas trabalhadas.

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