Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

Nível de crédito é o mais alto desde 1995

Brasília - O volume de crédito voltou a crescer em setembro e já pode ser considerado fator consistente de apoio às atividades produtivas em geral, inclusive às ligadas ao auto-emprego e aos pequenos negócios formais e informais. Também está favorecendo bastante o consumo, principalmente das faixas da população de menor renda.

Segundo a assessoria econômica do ministro da Fazenda, Guido Mantega, a expansão do crédito deve continuar, embalada pela progressiva redução dos juros, e já entra como um dos pilares da previsão de um crescimento da economia em torno de 5% em 2007.

Relatório divulgado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), informa que, em setembro, as atividades produtivas e o consumo sustentados por operações de crédito representaram 33% do Produto Interno Bruto (PIB), o nível mais elevado desde 1995. Mesmo assim, há um longo caminho a ser trilhado. Em países emergentes, como o Chile e os asiáticos, essa proporção supera 60%.

A disseminação do crédito, principalmente entre as pessoas físicas, tomou força e ritmo a partir de meados de 2003, com a incorporação de novas práticas pelos bancos públicos e privados, como os empréstimos consignados, aquele de baixo risco quanto ao retorno, devido ao desconto das parcelas direto na folha de pagamento.

De acordo com a Febraban , deu-se, então, início a uma terceira fase da evolução no crédito no Brasil, caracterizada pelo mais longo ciclo expansionista dos últimos dez anos. "A primeira fase (1990/1994) foi caracterizada por movimentos de expansão e contração do crédito, decorrentes da implementação de planos de estabilização inconsistentes quanto aos resultados: ora controlavam a inflação, ora a aceleravam, repercutindo, invariavelmente, em redução da demanda agregada."

A segunda fase iniciou-se em 1995, pós Plano Real, quando o crescimento do crédito foi interrompido por seguidos choques internacionais: crise da Ásia (1997), crise da Rússia (1998) e também pela desvalorização cambial de 1999. Em 2002 houve uma recuperação desse crescimento, interrompida novamente por incertezas geradas pelo processo eleitoral. Em 2003, com a nova aposta do País na estabilização e em medidas pontuais tomadas pelo governo, o crescimento foi retomado.

O entendimento do Sebrae é que a expansão contínua do crédito é fundamental à sustentabilidade dos pequenos negócios. Por isso, já estuda com o Ministério da Fazenda, Banco Central, Banco do Brasil e Febraban a regulamentação do Sistema Nacional de Garantias de Crédito, dispositivo previsto no projeto da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, já aprovado pela Câmara e em tramitação no Senado. Pesquisa recente divulgada pelo Sebrae paulista informa que apenas 23% das pequenas e microempresas formais do Estado acessam regularmente o crédito e que o principal entrave é a falta de garantias a serem oferecidas em contrapartida aos empréstimos.

"A disseminação por todo o Brasil das Sociedades de Garantias de Crédito é fundamental para que não continuem se frustrando as solicitações de empreendedores, mesmo que cumpridas todas as demais exigências bancárias como cadastro positivo, plano de negócio viável e capacidade de pagamento", explica o gerente de Acesso a Serviços Financeiros do Sebrae Nacional, Carlos Alberto dos Santos.

. Por. Calara Favilla | Sebrae

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira