Preços: queda de 0,50% na terceira quadrissemana

Na terceira quadrissemana de abril de 2008, o Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR) registrou queda de 0,50%. Os produtos de origem vegetal (IqPR-V) apresentaram queda de 0,82%; os de origem animal (IqPR-A), alta de 0,29%. A informação é dos pesquisadores do Instituto de Economia Agrícola, ligado à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (IEA/Apta/SAA).

Quando a cana-de-açúcar é excluída do cálculo, a variação negativa do IqPR atinge -1,22% e o IqPR-V cai para -2,65%, influenciados principalmente pelas baixas dos ovos (21,32%), laranja para mesa (18,53%), café (9,58%) e soja (8,78%).

A cotação dos ovos tem relação com o fim do período da quaresma e os preços considerados altos pelo consumidor, o que resultou em retração do consumo. Para a laranja de mesa, a entrada no mercado de variedades precoces e de tangerinas com valores mais acessíveis, associada à retração do consumo (devido aos altos preços das semanas anteriores) foram responsáveis pela queda. Para o café, soja e milho, influenciados pelo mercado internacional, apesar da recuperação de preços verificada nos últimos dias, a média das últimas quatro semanas ainda está abaixo em relação ao período-base (quatro primeiras semanas).

Os produtos do IqPR que registraram altas foram tomate para mesa (44,79%), batata (15,28%), leite tipo C (11,37%), trigo (9,94%), leite tipo B (6,67%), carne bovina (3,37%) e cana-de-açúcar (0,53%).

O tomate está pouco ofertado neste final de safra de verão. Seu preço também é influenciado pela elevação do custo de produção e por não ter um substituto direto. A batata teve uma recuperação, pois no período anterior apresentava uma cotação menor em virtude da qualidade inferior. Para os leites, as elevações refletem o aumento do custo de produção e o ligeiro aquecimento no consumo. O aumento do trigo decorre das altas do mercado internacional, dado o movimento ascendente dos preços dos alimentos, que tem gerado distúrbios sociais em inúmeros países. No caso da carne bovina, a restrição de animais por parte dos pecuaristas pressionou as cotações, apesar de os frigoríficos tentarem segurar. | www.iea.gov.br