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25/07/2019 - 09:26

Liberação do FGTS e o impacto na economia, analisa o IFec RJ

O governo estima que a flexibilização das regras de acesso ao saque do FGTS e PIS-PASEP permitirá o acesso à uma poupança equivalente a R$ 30 bilhões em 2019. Qual o impacto da flexibilização das regras sobre a economia?.

O Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ) destaca que os fundos sacados tomarão necessariamente três destinos: consumo, poupança e pagamento de dívidas. Salientamos que o impacto sobre a economia é tão maior quão maiores forem os recursos destinados ao consumo, uma vez que se espera que a propensão a consumir dos detentores da dívida seja menor que a propensão a consumir dos sacadores do FGTS.

O saque de R$ 30 bilhões tem o poder de ampliar a demanda agregada em R$ 15-42 bilhões. Dada a alta capacidade ociosa da economia brasileira, o IFec RJ espera que o crescimento da demanda se sucederá de um aumento aproximadamente semelhante da produção, sem pressão significativa sobre os preços. Desta forma, a flexibilização das regras de acesso ao FGTS e PIS-PASEP teria a capacidade de injetar na economia um montante suficiente para adicionar 0,2-0,6 ponto percentual de crescimento ao PIB registrado no ano passado. O limite inferior considera que todas as famílias endividadas direcionarão os recursos do FGTS e PIS-PASEP para quitar suas dívidas. O limite superior, por sua vez, considera que todo o recurso sacado do FTGS e PIS-PASEP será transformado em consumo privado em 2019.

O IFec RJ perguntou aos cidadãos fluminenses qual o destino que eles dariam aos fundos sacados do FGTS. O pagamento de dívidas e o investimento dos recursos resgatados foram citados por 46,6% dos respondentes. O IFec RJ extrapolou o resultado para o Brasil e supôs então que 46,6% dos fundos sacados seriam exclusivamente destinados ao pagamento de dívidas e investimento. Neste caso, a liberação de R$ 30 bilhões adicionaria 0,3 ponto percentual ao crescimento estimado para 2019, caso todo o recurso direcionado para o consumo privado fosse efetivamente gasto neste ano.

O crescimento no consumo derivado da ampliação do acesso ao FGTS e PIS-PASEP faz o IFec RJ esperar: I) variação positiva do ICF-RJ a partir de agosto, depois de quatro quedas sucessivas registradas a partir de abril e II) consolidação do crescimento do otimismo dos empresários para o próximo mês, já registrado no monitoramento de julho da pesquisa Visão da Economia realizada pelo IFec.

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