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03/08/2019 - 07:52

Brasil conquista ouros inéditos no SUP Race


Cm Lena Ribeiro e no badminton com Ygor Coelho.

Vinnicius Martins ficou com a prata na prova masculina do SUP Race. Time Brasil chegou a 14 ouros, 13 pratas e 22 bronzes.

O Brasil teve duas conquistas históricas no dia 02 de agosto (sexta-feira), oitavo dia de Jogos Pan-americanos. Ygor Coelho superou o canadense Brian Yang por 2 sets a 0 (21/19 e 21/10) na decisão do individual masculino e conquistou o primeiro ouro do badminton na história dos Pans. Já Lena Ribeiro foi a responsável por conquistar a primeira medalha do Brasil no surfe na história da competição. E foi logo a dourada. A niteroiense venceu a prova do Stand-Up Race. Na mesma prova, só que no masculino, Vinnicius Martins ainda garantiu a prata. Com os resultados, o Brasil chegou a 14 ouros, 13 pratas e 22 bronzes.

Lena Ribeiro contou com uma pitada de sorte para conquistar o título. A brasileira estava cerca de 30 segundos atrás de Candice Appleby, dos Estados Unidos, disputando a segunda posição com a portorriquenha Mariecarmen Rivera, faltando poucos metros para o final da prova, quando uma forte onda derrubou todas as três. Lena conseguiu se recuperar mais rápido, subir na prancha, surfar passando pelas duas concorrentes e chegar à areia para completar a prova na primeira colocação.

"Fui para o tudo ou nada e vim capotando. Quando cheguei, pensei devo ser a última, mas não vi ninguém na areia e me deram parabéns. Foi demais. Se participar de um evento como esse já era uma felicidade enorme, ter uma medalha e de ouro não poderia ser melhor", disse Lena, de 38 anos, moradora de Cabo Frio, no Rio de Janeiro, que completou o percurso de cinco quilômetros com o tempo de 33:25.7. Appleby ficou na segunda colocação com 34:03.9 e Rivera completou o pódio com 34:38.0.

No masculino, o brasileiro Vinnicius Martins fez uma disputa acirrada com o americano Connor Baxter até quase o final da prova, quando o atleta dos Estados Unidos conseguiu abrir uma boa vantagem para ficar com o ouro. Restou ao brasileiro manter a calma depois de uma queda para garantir a segunda colocação na prova. Numa chegada emocionante, o peruano Itzel Delgado e o colombiano Giorgio Gomez saíram da água praticamente juntos e só definiram o bronze nos últimos metros da areia, que acabou indo mesmo para o Peru.

Ygor Coelho também escreveu um belo capítulo em sua biografia. O carioca de 22 anos, que começou no badminton ainda pequeno no projeto social de seu pai no Morro da Chacrinha, na zona oeste do Rio de Janeiro, chegou ao topo do continente com um feito inédito.

"Em 2017, cheguei a 30 do mundo e não sabia mais o que fazer para melhorar. Graças ao Comitê Olímpico do Brasil e Confederação Brasileira de Badminton, eu passei a trabalhar com a Nadia Lyduch, que mudou toda a minha preparação. Saí da França, fui pra Dinamarca. Comecei o trabalho com a Alessandra (Dutra, coordenadora de preparação mental do COB). Tudo para realizar o sonho de ser um dos melhores do mundo", disse Ygor.

O brasileiro começou a partida com tudo e manteve-se na frente durante praticamente todo o primeiro set. O canadense empatou em 19, mas Ygor não se abalou e conseguiu vencer o set em 21 a 19. No segundo, aumentou o ritmo, abrindo larga vantagem no placar. Confiante, o brasileiro administrou o jogo até fechar em 21 a 10 e entrar para a história do esporte nacional.

"Agarrei muito bem as minhas oportunidades. Agora passa na minha cabeça todas as dificuldades que enfrentei, toda minha história desde que peguei a raquete pela primeira vez no projeto social do meu pai, na Chacrinha. Me sinto muito feliz em representar o Brasil nos Jogos Pan-americanos e ganhar essa medalha, com certeza, é o maior feito da minha carreira. Conquistar esse ouro foi sensacional", completou.

Com o título de Ygor, o badminton confirma a melhor campanha da história em Pans, com cinco medalhas, sendo um ouro e quatro bronzes. A modalidade se junta à ginástica artística, ao taekwondo e ao triatlo, também já encerrados em Lima e que garantiram o melhor desempenho da história em Jogos Pan-americanos em Lima.

Ainda nesta sexta, o Brasil se garantiu na disputa do bronze no tênis. Nas duplas femininas, Carolina e Luisa Stefani foram derrotadas por Veronica Cepede-Royg e Montserrat Gonzalez, do Paraguai, na semifinal e jogarão pelo terceiro lugar contra as chilenas Alexa Guarachi e Daniela Seguel. Já no SUP wave, Nicole Pacelli venceu a bateria quatro contra a colombiana Isabella Gomez e garantiu um lugar no pódio. No domingo, 04, será definida a cor da medalha.

E o boxe brasileira definirá suas duas últimas medalhas na noite desta sexta. Herbet Sousa luta a final da categoria até 75kg contra o cubano Arlen Cardona e Beatriz Ferreira enfrenta a argentina Erika Sanchez na decisão da categoria até 60kg, a partir das 22h15 (horário de Brasília).

Vagas olímpicas - O principal objetivo do Time Brasil nos Jogos Pan-americanos é classificar o maior número de atletas e equipes para Tóquio 2020. E, nos cinco primeiros dias de competições, foram 18 novas vagas: 14 no handebol feminino; 3 no hipismo adestramento; e Iêda Guimarães, no pentatlo feminino.

O esporte brasileiro começou o Pan com 49 vagas conquistadas. Ana Marcela Cunha, na maratona aquática; a seleção feminina de futebol; três revezamentos na natação (4x100m livre masculino, 4x200m livre masculino e 4x100m medley masculino); a seleção feminina de rugby de 7; e as classes 49er FX, Nacra 17, Laser e Finn, da vela. O número chama a atenção porque, dessas 67 vagas, 48 são destinadas exclusivamente para as mulheres. | cob.org.br

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