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03/08/2019 - 08:06

Aos 70 anos: Lepe quer crescimento sustentável


Para chegar no ápice da produção em 2023. Companhia já tem uma nova área fabril pronta para receber a unidade de usinagem; agora é esperar retomada da economia. Empresa faz gerenciamento de situação de risco de mercado, reduz custos e busca atender as novas necessidades dos clientes. Hoje o mercado interno absorve 95% das peças produzidos pela empresa, como os coletores, suportes, carcaças, pedais e tampas.

Só nos primeiros cinco meses de 2019, o Estado de São Paulo, maior polo industrial do país, registrou o fechamento de 2.325 indústrias de transformação e extrativas, 12% mais do que no ano passado, segundo a Junta Comercial do Estado, que contabilizou 2.079 estabelecimentos encerrando suas atividades em 2018. No grupo das que fecharam as portas, há indústrias nacionais e multinacionais, algumas delas do setor de autopeças.

É na contramão desse cenário que a Lepe especializada na fabricação de peças de ferro fundido cinzento, nodular e ligados, além de produtos com valor agregado como usinagem, pintura e montagem, acaba de completar 70 anos neste mês de julho. Uma série de atividades mensais está sendo realizada desde fevereiro e só terminam em dezembro. Um evento de aniversário especial para os colaboradores ocorreu no último dia 19, mesmo momento em que a diretoria obteve o relatório de vendas do primeiro semestre. Entre janeiro e junho, elas tiveram uma queda de 10% em comparação ao mesmo período de 2018.

Para Wilson de Francisco Júnior, diretor comercial da Lepe, apesar de um clima positivo ter se reinstaurado pela aprovação em primeiro turno da Reforma da Previdência, não haverá tempo de reação a curto prazo do mercado. "Mas ainda assim, mesmo que o desempenho do primeiro semestre tenha ficado abaixo do que esperávamos, projetamos fechar 2019 com crescimento de 20%, continuaremos comemorando nos próximos meses, pois não é fácil uma empresa, no Brasil, chegar aos 70 anos", afirma Wilson. "A aposta é que, só após a aprovação plena dessa reforma, seguida de outras medidas de reativação da economia e o início da reforma tributária, o mercado comece a responder de maneira mais significativa. A previsão é que somente em 2021 tenhamos números mais robustos na economia", completa o executivo.

Medidas de austeridade na empresa - Por isso mesmo a Lepe continua com a política de gerenciamento de situação de risco de mercado, reduzindo custos e buscando atender as novas necessidades dos clientes, além de trabalhar na abertura de outros mercados, principalmente no exterior, para manter seu ritmo de crescimento. Hoje, a indústria nacional absorve 95% das peças produzidos pela empresa, como os coletores, alavancas, suportes, polias, tampas, pedais, carcaças e volantes. O restante é direcionado para Estados Unidos, China, Tailândia e Argentina. A Alemanha, bem como Espanha e Inglaterra, são mercados em prospecção.

Por ora, além das medidas de controle de custos e a busca por novos mercados, a Lepe também auxilia seus clientes tentando preencher lacunas deixadas no mercado por fornecedores que encerram suas atividades no país. "Infelizmente muitas companhias não suportam mais a longa crise e entram em colapso, fazendo com que os clientes busquem novas fontes, com saúde financeira estável, como é o caso da Lepe, que mantém medidas de austeridade em um mercado cuja economia vive constantes altos e baixos", afirma Wilson.

Nada de resultados imediatos — Os resultados dessa política pés no chão da Lepe serão sentidos mesmo, como diz Wilson, a médio e longo prazos. "A indústria precisa de previsibilidade e também de inflação baixa para que possa, além de reduzir custos, somado às medidas de desburocratização e a reforma tributária, competir na produção com outros países em condições de igualdade", afirma.

Segundo o estudo "O Horizonte para a Indústria de Autopeças", realizado pela Automotive Business em parceria com a Reed Exhibitions, divulgado em maio, a maior parte das empresas do segmento (45%) aposta na expansão de 16% a 25% do mercado brasileiro de autopeças nos próximos cinco anos. "A Lepe compartilha desse otimismo para o futuro, ou seja, de três a cinco anos. E precisamos estar prontos para, assim que as reformas forem implementadas e o mercado sinalizar positivamente, retomarmos os investimentos", argumenta o executivo.

Wilson lembra que a companhia já tem uma nova área fabril, em Guarulhos, pronta para receber a unidade de usinagem que vai aumentar a capacidade interna dos atuais 1,5 milhão para 3,5 milhões de peças no ano. "E, em um universo de grandes e rápidas transformações, estamos avaliando também novos negócios e setores que despontam com muita atratividade e podem, no futuro, se transformarem em novas ramificações da companhia", diz o diretor.

A Lepe opera hoje com cerca de 50% de sua capacidade total de 1.500 toneladas mensais. O ápice foi em 2011, quando produziu 1.350 toneladas. Bons tempos que, pelas projeções dos diretores, devem voltar a ocorrer no mercado de fundidos em 2022 ou 2023.

Lepe Indústria e Comércio — Fundada em 1949, a Lepe Indústria e Comércio, instalada no bairro Porto da Igreja, em Guarulhos, é uma empresa especializada na fabricação de peças de ferro fundido cinzento, nodular e ligados, além de produtos especializados, especialmente para o setor automotivo. Os produtos da Lepe são desenvolvidos com base nos projetos dos clientes, obedecendo às mais rigorosas especificações de materiais e dimensões, amplamente reconhecidas com as certificações ISO TS 16949 (IATF 16949) e ISO 14001. | www.lepe.com.br

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