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09/08/2019 - 09:12

Diminuição da cobertura vacinal aumenta os casos de sarampo


O sarampo infelizmente permanece como uma doença endêmica em diversos continentes do mundo.Há algum tempo, temos observado surtos na Europa e nos Estados Unidos. No velho mundo, diversos países enfrentam surtos da doença, que acomete principalmente adolescentes e adultos jovens.

A queda nas taxas de cobertura vacinal na Europa é o principal fator que implica no aumento do numero de casos naquele continente. Já na Venezuela houve um surto em julho de 2017, agravado pela atual situação sociopolítica econômica. A situação preocupa ainda mais quando pensamos no intenso movimento migratório que contribui para a propagação do vírus para outras áreas geográficas da América.

No momento, estamos enfrentando no Brasil um surto de casos em São Paulo e, devido a proximidade com o Rio de Janeiro, pode ser que os casos aumente entre os cariocas já que é grande a circulação de pessoas entre as duas cidades. A população que não se encontra com a vacinação em dia, tem sido afetada pela doença.

A contaminação ocorre diretamente de uma pessoa para a outra por meio de secreções do nariz e da boca expelidos ao tossir, respirar ou falar. Os sintomas que antecedem o sarampo têm a duração de 3 a 5 dias e podem causar febre, mal estar, coriza, conjuntivite, tosse, falta de apetite. As manchas vermelhas na pele começam atrás da orelha e se espalham para a face, pescoço, membros superiores, tronco e membros inferiores. Além disso, a febre persiste com o aparecimento das manchas.

No terceiro dia, as manchas e a febre diminuem e desaparecem apresentando uma descamação fina. No entanto, caso a febre persista, esse pode ser um sinal de complicação da doença. São elas a otite média aguda, pneumonia bacteriana, laringite e laringotraqueíte e doenças cardíacas. Existe também uma complicação rara que pode acontecer anos após a doença que é a panencefalite esclerosante subaguda, que é uma infecção no cérebro.

O tratamento do sarampo é baseado em medicações que amenizam os sintomas da doença como antitérmicos, hidratação oral vigorosa, aleitamento materno em caso de bebes, higiene adequada dos olhos, pele e vias aéreas superiores. As complicações bacterianas devem ser tratadas com os respectivos antibióticos utilizados para cada quadro clínico. A melhor maneira de se proteger do sarampo é por meio da vacina.

Existem duas vacinas contra o sarampo: tríplice e tetra viral. Crianças com quadro grave de alergia ao leite de vaca não devem receber a vacina tríplice viral, pois esta contém lactoalbunima ( proteína do leite de vaca).

O objetivo da vacinação contra o sarampo é atingir todas as crianças a partir de um ano de idade e adultos até 49 anos que não estiverem em dia com a vacina tríplice viral, cuja primeira dose é aplicada aos 12 meses. O reforço acontece entre os 15 meses e 4 anos.

Para aqueles que não foram devidamente imunizados são preconizadas duas doses da tríplice viral com intervalo de 30 dias caso a faixa etária seja de 5 a 29 anos. No caso de 30 a 49 anos basta apenas uma dose. O sarampo é uma doença séria e que precisa ser combatida.

. Por: Fernanda Guimarães, pediatra e pneumologista da Neurovida.

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