Desembolso anual recorde do BNDES atinge R$ 70,2 bilhões

Nos primeiros três meses de 2008, o BNDES liberou R$ 16,5 bilhões – alta de 47% em relação ao período de janeiro/março de 2007 – e aprovou R$ 21,7 bilhões, uma expansão de 22% na mesma base de comparação. O setor químico e petroquímico também se destacou no desempenho do primeiro trimestre do ano. As liberações para a área totalizaram R$ 1,2 bilhão (alta de 126%) e as aprovações R$ 960 milhões (alta de 33%).

O desempenho do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) nos últimos 12 meses encerrados em março alcançou os níveis mais elevados de sua história. Os desembolsos somaram R$ 70,2 bilhões, uma expansão de 24% em relação ao mesmo período anterior, e as aprovações atingiram R$ 102,6 bilhões, alta de 22% na mesma base de comparação.

A demanda por recursos do BNDES reflete a expansão dos investimentos na economia, puxada, basicamente, pela ampliação do mercado interno. O crescimento de 16% da Formação Bruta de Capital Fixo no último trimestre de 2007, alinhado com o aumento da demanda por bens de capital, teve impacto relevante no resultado da Finame.

A linha de financiamento do BNDES para máquinas e equipamentos registrou a maior expansão de sua história nos 12 últimos meses encerrados em março de 2008. A alta foi de 57% em relação ao mesmo período anterior, totalizando desembolsos de R$ 22 bilhões.

Infra-estrutura – O desempenho do setor de infra-estrutura permanece em ritmo acelerado. Os desembolsos cresceram 65%, somando R$ 27,7 bilhões entre abril de 2007 e março de 2008, e representaram 40% do valor total liberado pelo BNDES no período. As aprovações atingiram quase o dobro, R$ 43,8 bilhões, equivalentes a alta de 61% no período analisado, indicando que os desembolsos ao longo do ano seguirão crescendo, em boa medida em função das demandas dos setores de energia e transportes terrestres.

Indústria – Os desembolsos para indústria, nos últimos 12 meses encerrados em março, somaram R$ 28,5 bilhões, correspondendo a 41% do total liberado pelo BNDES no período. As aprovações, de R$ 44,4 bilhões, equivalem a 43% do valor aprovado entre abril de 2007 e março de 2008.

A queda de 5% nas liberações, até março em relação ao mesmo período anterior, permanece influenciada negativamente pelas operações com exportações. Excluindo as estatísticas do BNDES-Exim, os desembolsos para indústria cresceram 20,3% e as aprovações atingiram valor 43% superior aos resultados anteriores.

Análise sobre desempenho da indústria no BNDES, até março, revela maior desconcentração nos financiamentos. Diferentemente da infra-estrutura, as principais demandas do setor industrial estão dispersas entre os segmentos de material de transporte, metalurgia, mecânica, alimentos e bebidas, com destaque para química e petroquímica.

Os desembolsos para o setor cresceram 64% em relação ao mesmo período anterior, atingindo R$ 4,9 bilhões, e as aprovações somaram R$ 6,4 bilhões, com alta de 18% na mesma base de comparação. Os investimentos em expansão da produção da indústria química e petroquímica, tanto em primeira quanto em segunda geração, explicam o crescimento da demanda por financiamentos no Banco.

A retomada do crescimento do mercado interno, o aquecimento da procura por resinas plásticas e demais produtos da segunda geração petroquímica elevaram a taxa de ocupação da capacidade das plantas instaladas. Tal processo estimulou os investimentos na redução de gargalos e expansão de capacidade, principalmente, com novas fontes de matéria-prima, em especial gases de refinaria e gás natural.

Os futuros aumentos de capacidade, os investimentos em inovação tecnológica serão importantes porque sustentarão os novos projetos já anunciados, com uso de petróleo pesado no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e de etanol em biorrefinarias.

Resultado trimestral – Nos primeiros três meses de 2008, o BNDES liberou R$ 16,5 bilhões – alta de 47% em relação ao período de janeiro/março de 2007 – e aprovou R$ 21,7 bilhões, uma expansão de 22% na mesma base de comparação. O setor químico e petroquímico também se destacou no desempenho do primeiro trimestre do ano. As liberações para a área totalizaram R$ 1,2 bilhão (alta de 126%) e as aprovações R$ 960 milhões (alta de 33%).