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01/05/2008 - 12:45

Participação de mulheres e negros em altos cargos nas empresas não melhora e preocupa, diz IBOPE

Perfil uniforme de brancos e homens entre os funcionários contraria demanda por diversidade surgida com a globalização.

São Paulo – A presença de mulheres e negros entre os cargos mais altos das maiores empresas do país continua pequena. Segundo a terceira edição da pesquisa Perfil Social, Racial e de Gênero das 500 Maiores Empresas do Brasil e Suas Ações Afirmativas, desenvolvida pelo IBOPE Inteligência em parceria com o Instituto Ethos, o empresariado brasileiro não tem conseguido reverter o quadro de uniformidade nas empresas, onde predominam homens e brancos. No estudo conduzido por Helio Gastaldi, diretor de atendimento e planejamento do IBOPE Inteligência, foi diagnosticada a necessidade das empresas reverem a eficácia das ações afirmativas empregadas, pois estas não estariam surtindo qualquer efeito significativo. “A maior parte das empresas não faz este esforço e, mesmo aquelas que o fazem, não conseguem traduzir isso em resultados efetivos”, diz.

Participação no Quadro Executivo - Segundo os dados da pesquisa, a participação de negros e mulheres no primeiro escalão das empresas foi incapaz de crescer acima de um ponto percentual (p.p). Frente ao levantado em 2005, os negros avançaram 0,1 p.p. enquanto as mulheres, apenas 0,9 p.p.

Participação no Quadro Funcional - De acordo com o estudo, mesmo no quadro funcional – no pé da pirâmide hierárquica – a igualdade de raças e gêneros ainda está distante de ser atingida, e mantem-se relativamente estagnada desde 2003. Embora o número de negros tenha subido 3,0 p.p de 2003 a 2005, recuou novamente, em 2007, 1,3 p.p. Já as mulheres, conseguiram apenas recuperar a marca que possuíam em 2003, avançando 2,4 p.p.

Opinião dos presidentes das empresas - Ainda de acordo com a mesma pesquisa, é expressiva a quantidade de presidentes das empresas que declaram ser “adequada” a proporção de negros nas empresas. Da mesma forma, é alto o número daqueles que julgam o mesmo quanto à presença de mulheres na corporação. Para 39% dos presidentes, está adequada a proporção de uma mulher entre cada grupo de dez diretores. Já para 34% destes, não há problema em ter quatro negros para cada grupo de 100 executivos.

Para o diretor do IBOPE Inteligência, o cenário constatado pode prejudicar o desempenho das empresas na nova realidade do mundo globalizado, que pressupõe a adaptação das empresas às diferentes culturas. “Num país heterogêneo como o Brasil, a uniformidade destas empresas reduz a capacidade delas em se relacionarem com os diferentes públicos existentes aqui”.

O IBOPE Inteligência - Com unidades de atendimento e planejamento em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Fortaleza e Buenos Aires, o IBOPE Inteligência é a empresa do grupo IBOPE responsável pela análise de mercados, acompanhamentos de tendências e recomendações estratégicas de apoio à decisão para organizações dos segmentos de mídia, sociedade, tecnologia, consumo e finanças no Brasil e na América Latina.

O IBOPE - Fundado em 13 de maio de 1942, o IBOPE é uma multinacional brasileira de capital privado, líder na América Latina, que atua nas áreas de pesquisa de mídia e de mercado. O Grupo, que ocupa atualmente a 18ª posição entre as 25 maiores empresas de pesquisa do mundo, é composto por duas grandes empresas, IBOPE Mídia e IBOPE Inteligência, além de possuir participação acionária importante na Millward Brown Brasil. Em 2000 o IBOPE criou o Instituto Paulo Montenegro, organização sem fins lucrativos que atua de maneira focada e com prioridade definida no campo da educação. O Instituto desenvolve e dissemina projetos que têm como base o know-how em pesquisa das empresas do Grupo e a credibilidade conquistada ao longo de seus 65 anos de atividade.

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