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23/08/2019 - 08:06

Confiança no setor, expansão geográfica e disrupção tecnológica

São as perspectivas dos CEOs sul-americanos, aponta KPMG.

Os CEOs sul-americanos têm boas perspectivas para os próximos três anos, segundo a pesquisa da KPMG, CEO Outlook 2019, que entrevistou executivos líderes das empresas da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Peru, Uruguai e Venezuela. De acordo com o levantamento, 89% dos entrevistados acreditam na expansão das companhias que lideram; 88% estão confiantes em relação ao setor em que atuam e 65% acreditam que a economia mundial irá melhorar nos próximos três anos.

Com relação aos planos de expansão geográfica das empresas sul-americanas, o levantamento apontou que cerca de 70% dos entrevistados desejam expandir os negócios para países de economia em desenvolvimento, sendo as Américas Central e do Sul (38%) e Leste Europeu (17%) os locais preferidos. Já 69% dos executivos afirmam que irão priorizar países e regiões que compõem a iniciativa chinesa "Belt and Road" e outros 32% têm como prioridade o crescimento orgânico, isto é, investimentos em pesquisa e desenvolvimento, de capital, recrutamento e desenvolvimento de novos produtos.

Os entrevistados foram questionados ainda sobre diferentes perfis de CEOs e o que os mantêm motivados: 68% declararam já ter dado um passo em falso significativo na carreira, o que foi adequadamente superado; 61% concordam que diferentes tipos de CEOs são necessários para atuar nos vários estágios do ciclo de vida de uma empresa; 19% declararam que a maior motivação é entregar bons níveis de crescimento a curto prazo e 13% têm maior objetivo a produção de impacto ambiental e socioeconômico positivos.

"A pesquisa nos ofereceu uma perspectiva sobre como pensam os líderes regionais a respeito dos grandes temas do momento no mundo corporativo, entre eles, o nível de confiança na economia dos países onde as empresas atuam, o bom domínio dos processos de inovação digital, compreensão das dinâmicas disruptivas do mercado e resiliência. Deduzimos que a grande tendência é apresentar uma postura aberta e flexível diante das mudanças e incertezas que cercam todo e qualquer negócio. Integrar os dados dos líderes dos países da América do Sul com a opinião deles sobre o mercado permitiu a visualização de um panorama inédito", analisa o presidente da KPMG no Brasil e na América do Sul, Charles Krieck.

Sem medo da disrupção tecnológica À Sobre como enfrentar a disrupção tecnológica, os CEOS sul-americanos afirmaram que a consideram mais uma oportunidade do que uma ameaça (83%). Os entrevistados admitiram também que já deixaram de lado insights fornecidos por dados porque eles não corroboravam com as intuições (63%) e que as empresas que presidem estão liderando a disrupção dos mercados em que atuam, em vez de esperar pela ação da concorrência (61%). Quando o assunto é resiliência, 36% acreditam que o segredo é a proteção do core business; para 26%, a empresa mais resiliente é capaz de causar disrupção; e 25% acreditam que o segredo está na habilidade de se adaptar rapidamente às mudanças.

Quando questionados sobre a criação e uso de novas tecnologias, os CEOs entrevistados disseram que as empresas que presidem estão incentivando os funcionários a criar novos produtos, processos e soluções: 80% acreditam que a inteligência artificial irá gerar muito mais empregos do que eliminá-los; 70% fomentam uma cultura de inovação entre os funcionários, e 62% afirmaram que uma forte estratégia cibernética é fundamental para criar confiança junto aos stakeholders. Já outros 43% estão utilizando Inteligência Artificial em uma parcela reduzida dos processos utilizados e 42% pretendem aprimorar as capacidades digitais de 31% a 40% do quadro de funcionários.

Segundo o levantamento, diferentes modelos de parcerias com outras empresas - de prestadoras de serviço a startups - são utilizados no processo de renovação de processos e soluções auxiliados pela tecnologia. Para 62% dos entrevistados, o caminho para inovação passa pela união a consórcios da indústria de desenvolvimento de tecnologias inovadoras e, para 61% deles, o foco está na configuração de programas de aceleração ou incubadora para empresas iniciantes. Já 59% acreditam que podem vir a colaborar com startups inovadoras; o mesmo percentual afirmou que pode disponibilizar produtos e serviços por meio de um provedor de plataforma on-line".

Riscos do mercado: operacionais e tecnologias — Os maiores riscos de mercado para os CEOs da América do Sul, que participaram da pesquisa, são os operacionais (21%) e aqueles relacionados à ascensão de novas tecnologias como a segurança cibernética (18%) e as tecnologias disruptivas (17%). De acordo com o estudo, na percepção dos executivos líderes, a retomada de práticas territoriais (15%) e os riscos regulatórios (11%) completam a lista de preocupações dos entrevistados.

A pesquisa — Participaram da pesquisa "CEO Outlook 2019" 285 executivos dos seguintes países: Argentina (50 entrevistados), Bolívia (10), Brasil (50), Chile (15), Colômbia (25), Equador (10), Peru (50), Uruguai (25) e Venezuela (50). Com 100% de empresas sediadas nos próprios países, o levantamento mostra distribuição equilibrada em relação à estrutura de operações, sendo 52% delas companhias de capital aberto e 48% de capital fechado. Parcela mais expressiva das empresas (47%) faturou entre US$ 500 milhões a US$ 999 milhões no último ano fiscal, mas há também uma considerável fatia de 36% que registraram ganhos entre US$ 1 bilhão a US$9,9 bilhão no período. Do total de entrevistados, 16% alcançaram a marca de US$ 10 bilhões ou mais.

Sobre o perfil dos entrevistados, a maioria é de homens (quase 80%) e a parcela mais expressiva (de 40%) é representada por CEOs que estão no cargo por um período entre 6 e 9 anos. Ocupando esta posição há quatro ou cinco anos está um grupo de 33% de entrevistados. Outros 19% assumiram a liderança da companhia há dois ou três anos. Com dez ou até 14 anos no cargo há um percentual de 14% dos CEOs e apenas 5% estão no cargo há menos de um ano. | kpmg.com.br

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