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30/08/2019 - 09:22

CEOs se unem pelo fim da violência contra mulheres e meninas


José Vicente Marino, presidente da Avon e Luiza Helena Trajano

Iniciativa proposta pela Avon, Instituto Avon e ONU Mulheres reúne mais de 100 representantes de empresas em São Paulo para lançar uma coalizão.

São Paulo — A Coalizão Empresarial pelo Fim da Violência contra as Mulheres, que reuniu empresas para uma iniciativa colaborativa de mobilização, foi formada em 29 de agosto (quinta-feira), em São Paulo, em um café da manhã realizado pela Avon, Instituto Avon e ONU Mulheres. Esta aliança tem o objetivo de engajar líderes do setor privado e garantir o compromisso voluntário com o fim da violência contra mulheres e meninas.

As mulheres representam 60% da força de trabalho nacional. Vítimas de violência vivenciam maior instabilidade profissional, tem sua capacidade laboral, produtividade e poder decisório prejudicados, maior nível de estresse e um salário-hora menor quando comparado com outras mulheres que não sofrem violência. Uma em cada cinco faltas no trabalho, no mundo, é motivada por agressões ocorridas em casa.

Diante do reconhecimento de que as desigualdades enfrentadas pelas mulheres demandam esforços dentro e fora das empresas, a Avon, o Instituto Avon e a ONU Mulheres convidaram empresas para fundar a coalizão, que atuará alinhada com os Princípios de Empoderamento das Mulheres, da ONU Mulheres e do Pacto Global, e em contribuição à Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, especialmente o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 5 –— Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres. O grupo conta com apoio técnico da Fundação Dom Cabral.

Dentre as ações da Coalizão, estão previstas adesão aos Princípios de Empoderamento das Mulheres, engajamento pessoal da liderança empresarial para a realização de ações, atividades de formação e capacitação para o enfrentamento de diversas formas de violência contra as mulheres, desenvolvimento e implementação de políticas e procedimentos internos contra assédio sexual nas empresas, ambiente de trabalho seguro para funcionárias e colaboradoras vítimas de violência, promoção de campanhas de comunicação e conscientização para o enfrentamento da violência contra as mulheres e compartilhamento de resultados.

Ana Carolina, Daniela Grelin, José Vicente e Mafoane Odara

O Instituto Avon, que já atua há mais de uma década com o tema, coordenará o desenvolvimento de um plano de ações efetivas dividido em três etapas: treinamentos e capacitação; políticas internas e procedimentos de acolhimento e apoio às vítimas; e comunicação, com a elaboração de materiais para campanhas de conscientização, mobilização e engajamento do público interno.

Como mantenedora da coalizão nos primeiros dois anos, a Avon será a responsável pelo financiamento das atividades e gestão administrativa do grupo (reuniões, agendas, articulação de parceiros, entre outros). As empresas participantes serão responsáveis por cumprir os compromissos previstos na carta de fundação, ao lado de parcerias estratégicas. A iniciativa também contará com parcerias institucionais para somar esforços e visibilizar os resultados alcançados.

“Nossa intenção é promover a participação massiva dos líderes para firmar uma aliança, com planos efetivos e concretos para o enfrentamento à violência contra mulheres e meninas, que vai desde o treinamento, capacitação e comunicação para conscientização interna até a garantia de um ambiente de trabalho seguro para que funcionárias, vítimas de violência, tenham acesso ao suporte e apoio necessários dentro ou fora das dependências da empresa. Estamos nos valendo do poder de mudança das empresas e de Executivos para coordenar esforços neste tema e transformar vidas”, comenta José Vicente Marino, presidente da Avon.

Parceria para orientação estratégica para a realização do ODS 5, a ONU Mulheres agrega à Coalizão a adequação do cumprimento das normas e acordos internacionais relacionados à igualdade de gênero e ao empoderamento das mulheres, a atuação como liderança junto à cooperação internacional e a capacidade técnica para a implementação de programas, projetos, iniciativas e ações em diferentes áreas, a exemplo do setor privado.

Para a representante interina da ONU Mulheres Brasil, Ana Carolina Querino, “os efeitos que as situações de violência vividas nos ambientes laboral, incluindo assédio sexual e moral, e doméstico também afetam significativamente a produtividade das mulheres vítimas, aumentando a urgência de compromisso das empresas com o tema. Seja pelo seu papel no cumprimento dos ODS e agenda de direitos humanos das mulheres, como também uma questão de negócios, já que deixam de contar com pleno potencial das suas trabalhadoras”. Querino destaca, ainda, que a Coalização Empresarial pelo Fim da Violência contra as Mulheres “é boa para o Brasil, um dos países com altíssimos índices de violência contra as mulheres e marcadamente desigual nas questões de gênero e raça, por que tem o potencial de trazer o debate e ações concretas de prevenção às violências contra as mulheres para dentro das empresas, com um olhar que pode incluir não somente uma autoavaliação sobre as políticas empresariais de enfrentamento à violência e ao assédio no local de trabalho, mas também o investimento na transformação da cultura organizacional em busca de espaços mais seguros e equitativos para as mulheres”.

As mais de 100 empresas convidadas vão desde signatárias dos WEP’s Brasil, parte dos grupos Aliança pelo Empoderamento da Mulher e Movimento Mulher 360, às organizações de pequeno à grande porte, nacionais e multinacionais, dos setores de comunicação, beleza e cosméticos, tecnologia, varejo e associações/entidades de setor.

A cerimônia contou com assinatura da carta de fundação da coalizão e próximos passos do plano de trabalho serão coordenados por Instituto Avon com apoio dos parceiros estratégicos e técnicos

Perfil — A Avon, a empresa voltada para as mulheres, é líder mundial no mercado de beleza, com uma receita anual próxima a US$ 6 bilhões. Uma das maiores empresas de venda direta do mundo, comercializa seus produtos em aproximadamente 50 países por meio de cerca de milhões de revendedores autônomos. O portfólio de produtos da Avon inclui itens de beleza de alta tecnologia e apresenta marcas de qualidade mundialmente reconhecidas como Avon True, Mark, Color Trend, Mark, Renew, Advance Techniques, Avon Care e Avon Naturals. Além disso, o portfólio de Avon inclui produtos de vestuário como a linha de lingerie Avon Signature e voltados para a casa como Innovaware. A empresa é pioneira em venda direta de cosméticos no Brasil, onde está desde 1958. Atualmente, o país é a maior operação da companhia no mundo. Para obter mais informações sobre a Avon no mundo, visite o site: www.avoncompany.com

O Instituto Avon — Há 16 anos, o Instituto Avon se dedica em salvar vidas e é por isso que sempre apoiou e desenvolveu ações que tenham em sua essência a premissa de superar dois dos principais desafios à plena realização da mulher: o combate ao câncer de mama e o enfrentamento das violências contra as mulheres e meninas. Ano após ano, o trabalho do instituto tem contado com parcerias importantes e a colaboração e dedicação de muitas pessoas e organizações para fazer com que, a cada dia, mais pessoas recebam informações sobre as causas e saibam como agir. Como braço de investimento social da Avon, empresa privada que investiu mais de 170 milhões em ações sociais voltadas às mulheres no Brasil, o Instituto já apoiou a realização de mais de 350 projetos e ações, beneficiando 5,7 milhões de mulheres.

Violências contra as mulheres e meninas — No enfrentamento das violências contra as mulheres e meninas, o Instituto Avon atua há 11 anos e já destinou R$ 34 milhões para 193 projetos voltados ao fortalecimento e integração da rede de proteção à mulher em situação de violência. Além disso, já contribuiu com a formação de mais de 4 mil agentes públicos (policiais, ouvidores, juízes, e agentes de saúde), possibilitou que mais de 7 mil advogados e terapeutas passassem a oferecer serviços gratuitos à população por meio do Mapa do Acolhimento e 10 mil atendimentos online pelo aplicativo Mete a Colher.

Para cumprir com a missão de mobilização da sociedade, as iniciativas do Instituto se dividem em quatro grandes pilares de atuação: Conhecimento, Articulação, Apoio a Projetos e Engajamento e Impacto. Mas, o grande diferencial da organização sem fins lucrativos para a concretização de seus projetos e ações é a capacidade de articulação de diferentes stakeholders, como empresas públicas e privadas, funcionários, ONGs, movimentos sociais, organismos internacionais e órgãos públicos de todas as esferas. Além disso, o Instituto conta ainda com a força de vendas Avon, composta por mais de um milhão de revendedoras, que disseminam conhecimento sobre as causas e atuam como rastreadoras de necessidades específicas de atendimento da população em suas respectivas comunidades.

Essa capilaridade e abrangência permitem ao Instituto Avon estar presente em 100% dos municípios brasileiros.|www.institutoavon.org.br

A ONU Mulheres foi criada, em 2010, para unir, fortalecer e ampliar os esforços mundiais em defesa dos direitos humanos das mulheres. O mandato da ONU Mulheres é triplo: programático, normativo e de coordenação. No contexto da Agenda 2030, a ONU Mulheres tem a função de coordenar os esforços em prol da igualdade de gênero entre as agências do sistema ONU. Em seu papel normativo, colabora para a resposta do Brasil às convenções e aos acordos e tratados internacionais que embasam os direitos das mulheres e que oferecem parâmetros para a atuação dos países. Seu papel programático permite oferecer assistência técnica a governos, sociedade civil e instituições do setor privado para realizar ações sustentáveis pela igualdade de gênero.

Por meio dos Princípios de Empoderamento das Mulheres, desenvolvidos em conjunto com o Pacto Global, a ONU Mulheres registra cerca de 2.400 empresas signatárias, sendo 243 no Brasil – 3ª posição no quadro de adesões em todo o mundo.

Na área de prevenção e eliminação da violência contra as mulheres, a estratégia da ONU Mulheres desdobra a sua atuação em três eixos — prevenção, intervenção precoce e resposta – e trabalha com as instituições parceiras públicas, privadas e da sociedade civil, para se engajarem em ações de forma coordenada e baseada em evidências. Entre outras ações, a ONU Mulheres trabalhou em estreita colaboração com o governo brasileiro para implementar o Modelo Protocolo Latino-americano para Investigação de Mortes Violentas de Mulheres (Femicídio/Feminicídio) por meio das Diretrizes Nacionais correspondentes. | ONU Mulheres: Instagram: @onumulheresbr | Facebook: @onumulheresbrasil | Twitter: @ONUMulheresBR

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