Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

01/05/2008 - 13:47

Geração Futuro avalia que conquista do grau de investimento reduzirá custo do capital para empresas

Ao avaliar os efeitos da conquista do investment grade para o Brasil, a área de economia da corretora Geração Futuro considera que a maior credibilidade do Brasil diante das entidades financeiras internacionais deverá se estender para o setor privado no médio prazo, o que implicará a redução do custo de capital para as empresas. “Somando-se a isso a queda da taxa de juros internamente, a redução do custo do capital será ainda maior e as empresas terão mais facilidade para se capitalizarem tanto no curto quanto no longo prazo, possibilitando então a alavancagem de seus resultados”, afirma o economista-chefe da Geração Futuro, Gustav Gorski.

Ele considera que os investidores que haviam ingressado com seu capital para obter retornos mais elevados com a alta taxa de juros deverão migrar parte de seu capital para o mercado de ações em busca da manutenção de retornos mais elevados, mas agora com riscos menores dentro deste setor.

Entre os setores que devem se beneficiar com a elevação do rating soberano Brasil, a análise da Geração Futuro aponta que, no curto prazo, poderão destacar-se aqueles em que as empresas têm seus custos ligados a insumos importados. “Como no curto prazo a taxa de câmbio tenderá a suave valorização, estas empresas poderão reduzir custos sem precisar fazer um ajuste mais expressivo na sua produção e produtividade”, afirma Gorski.

Também no curto prazo, as empresas com elevado grau de endividamento deverão beneficiar-se principalmente por uma expectativa de redução no custo de capital e pela possibilidade de reposicionar seu endividamento.

Gorski salienta que a antecipação do grau de investimento, em conjunto com outros fatores, tem tido como efeito uma entrada de capital robusta já a partir do primeiro trimestre do ano passado. A acumulação mais forte de reservas também confere uma blindagem extra ao país relativa a crises. Por outro lado, a acumulação de reservas faz com que a valorização do real causada pela entrada de capitais seja suave, eliminando a volatilidade cambial e permitindo que as empresas, principalmente aquelas ligadas ao setor externo, se readequem e se protejam à modificação relativa do preço de seus produtos e de seus insumos.

O resultado negativo é que a maior liquidez fará com que as instituições financeiras aumentem o volume de crédito na economia. Isso poderá gerar um excesso de consumo e um descontrole de preços.

Na carta de Economia, divulgada em junho de 2007, a Geração Futuro já considerava que o grau de investimento deve ser visto como uma oportunidade que o país tem de se estruturar economicamente de forma a apresentar um crescimento sustentável de acordo com sua capacidade produtiva. Os impactos diretos e indiretos do investment grade afetam variáveis monetárias e financeiras na economia. “Para surtir efeitos reais, ele dever vir acompanhado de uma série de reformas que permitam um ambiente econômico empreendedor e competitivo”, acrescenta Gorski.

. Por: Angela Caporal, da Fróes, Berlato Associadas Cscritório de comunicação | Site: www.froesberlato.com.br

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira