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01/05/2008 - 14:30

Poetas da Cor no MAC de NIterói


O MAC de Niterói tem o prazer de apresentar a exposição “Poetas da Cor”, que será aberta ao público dia 4 de maio de 2008. A mostra reúne 43 trabalhos de grandes artistas que têm na cor uma das características de sua pesquisa. Com curadoria de Guilherme Vergara e Claudia Saldanha, a exposição homenageia dois grandes poetas da cor, os artistas Almir Mavignier e Israel Pedrosa. Mavignier (1925) mora na Alemanha desde o início dos anos 1950, e foi um dos fundadores da arte concreta no Brasil, além de ter criado com a dra. Nise da Silveira o ateliê de Terapia do Hospital do Engenho de Dentro, que revelou ao mundo as imagens do insconsciente pela arte. O pintor Israel Pedrosa (1926) escolheu Niterói como laboratório poético para as suas investigações que culminaram com as descobertas históricas sobre a “cor inexistente”. Os dois artistas estarão presentes à abertura da exposição.

A partir da cor e do encontro “desses dois grandes nomes de artistas pesquisadores e cientistas, Mavignier e Pedrosa, que esta mostra se ampliou para uma seleta geração de coloristas, todos de igual brilho, portadores de olhar iluminado”, na concepção de Luiz Guilherme Vergara. “Para esta homenagem aos dois mestres nesta exposição, reunimos Abraham Palatnik, Eduardo Sued e José Maria Dias da Cruz. Para o segundo andar do MAC, Vergara selecionou da coleção do MAC uma família de artistas que se projetaram como inventores da cor e da luz na produção artística contemporânea: Aloisio Carvão, Ione Saldanha, Hermelindo Fiaminghi e Ivan Serpa”, diz.

Durante o mês de maio, o MAC de Niterói fará uma série de palestras, com os artistas da exposição. No dia da abertura, às 15h, a palestra será com Almir Mavignier, Israel Pedrosa, Eduardo Sued, José Maria Dias e Abraham Palatnik. No dia 10 de maio, com Israel Pedrosa. E no dia 31 de maio, com José Maria Dias. As palestras serão realizadas no auditório do MAC de Niterói, sempre às 15h, com entrada é franca.

Doações especiais: Mavigner e cinecromáticos de Palatnik - Em meio a um percurso de surpresas e desafios da produção desta mostra, temos que reverenciar com especial gratidão o artista Almir Mavigner pela doação desses magníficos cinecromáticos de Palatnik e do conjunto de cartazes aditivos de sua própria autoria. Por trás desses dois cinecromáticos foi resgatada também uma longa história de trocas entre amigos – Mavigner, Palatnik e Mario Pedrosa – que remete aos finais dos anos 1940, desde sua experiência na coordenação artística do Ateliê de Terapia do Hospital (Pedro II) do Engenho de Dentro. Essa experiência foi marcante não só para a carreira de Mavigner, mas para a história da arte brasileira. Foi naquele ateliê que Nise da Silveira viu se tornar visível pelas mãos do inconsciente de pacientes esquizofrênicos um inesgotável imaginário de sistemas arquetípicos – mandalas, barca do sol, grande mãe celestial, entre outras imagens. Para Mario Pedrosa, que por várias vezes visitou aquele laboratório-ateliê do inconsciente durante suas pesquisas sobre gestalt, percepção e expressão artística, foi ali que pôde observar como um fenômeno (força plasmadora) inusitado processos de criação do inconsciente em doentes mentais, por impulsos extremamente ágeis que ultrapassavam ou colocavam em questão parâmetros de expressão e valores históricos da arte: “Vi Rafael traçar em segundos, ou em pouquíssimos minutos, alguns dos desenhos mais belos do nosso tempo, e estimados por um Breton como superiores aos de Matisse”.

Também diante das obras de Rafael, entre outros, Palatnik foi levado a mudar sua trajetória artística. Eis, nos cinecromáticos, obra premiada na Primeira Bienal de São Paulo, 1951, o salto de Palatnik para o futuro, como inventor de máquinas estéticas, pioneiro internacional da arte cinética. Nos cinecromáticos, cor é pura luz em movimento – e a potência artística está na paixão iluminada que faz mover montanhas da razão.

Poetas da Cor, de 4 de maio de 2008 a 29 de junho de 2008, de terça a domingo, das 10h às 18h* (a bilheteria fecha 15 minutos antes), no MAC Museu de Arte Contemporânea de Niterói, Mirante da Boa Viagem, s/nº – Niterói, Rio de Janeiro. Telefone: (21) 2620.2400. Ingresso R$ 4,00 (estudantes e adultos brasileiros acima de 60 anos pagam meia entrada; estudantes do ensino público até o 2º grau e crianças até 7 anos não pagam). Entrada franca às quartas-feiras.

Palestras: Auditório do MAC de Niterói, dia 10 de maio, às 15h – Israel Pedrosa e dia 31 de maio, às 15h – José Maria Dias. Entrada franca. Curadoria: Guilherme Vergara e Claudia Saldanha | Realização: Prefeitura e MAC Niterói Apoio: Aliança Francesa, Cultura Inglesa, Gráfica Falcão.

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