Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

Entre o sonho e realidade

Alguns segmentos gráficos poderão ter queda de rentabilidade em 2007

A industria gráfica trabalhou em 2006 com sonhos e visões que mais uma vez se frustraram. Projetou impactos positivos da Copa do Mundo e das eleições e esperou crescimento da economia, mas no seu todo enfrentou frustrações que, no ambiente de negócios, devem servir de lição definitiva para que sejam questionadas as verdades que não se confirmam e influenciam negativamente a visão pragmática e realista que deve nortear as projeções, orçamentos e planos de investimentos. Não bastasse isso, vimos, mais uma vez, aumentos de capacidade de produção significativas onde já existem ociosidades significativas, projetando para 2007, em segmentos específicos, maior queda de rentabilidade.

Entretanto, alguns segmentos tiveram oportunidades bem aproveitadas, como o setor de embalagens. Em Livros, vimos, como sempre, um crescimento fraco, mas realista na proporção dos investimentos em educação de qualidade. Excetuando-se o atrasado, mas em andamento, Programa Nacional Biblioteca da Escola, temos um crescente número de títulos editados e bom movimento das editoras, com ressalvas das pressões constantes do excesso de capacidade. Em impressão digital, especialmente nos impressos em preto e branco, continuamos a viver o fantasma do Correio Híbrido, mas as propostas de valor têm encontrado seu lugar entre os diversos segmentos de clientes no mercado privado. Nesta área, os famigerados leilões reversos têm sido a prova de que ainda temos muito a amadurecer como indústria e como empresários.

Já no mercado de formulários, mais do que os bons resultados apresentados pela ultima pesquisa, vemos um segmento maduro, tanto no que diz respeito à curva de vida dos produtos documentos fiscais, como, especialmente, no que tange ao comportamento médio empresarial do setor, que vem demonstrando amadurecimento crescente. Isto estabelece diferenciais para o futuro do segmento, seja nas ameaças inerentes ao projeto da Nota Fiscal Eletrônica ou para continuidade da diversificação e crescimento das empresas bem administradas do segmento. A demanda de documentos fiscais em 2006 recuperou-se da queda de 2005 e certamente reflete mais a redução de riscos dos contribuintes do que propriamente o crescimento regular de nossa economia.

Infelizmente, repetem-se histórias de aumentos de capacidade de produção em grandes rotativas, o que faz pressupor pressão de preços por sobrevivência em 2007. Esperamos que os adquirentes estejam bem suportados por planos exeqüíveis de investimento, pois esperar dos que vão perder mercado um discernimento ainda maior é muito otimismo. Isto suscita responsável reflexão, pois o onírico não pode superar o real no mundo dos negócios.

. Marcos da Cunha Ribeiro, engenheiro mecânico e economista, é presidente da RR Donnelley Moore no Brasil.

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira