FEI busca o tricampeonato mundial em competição de bajas no Canadá

Disputa ocorrerá de 11 a 14 de junho, em Quebec, e reunirá mais de 120 equipes de diversos países, em que a equipe da FEI levará o baja Dipton, projetado e construído pelos próprios estudantes .

São Bernardo do Campo, – Doze alunos do Centro Universitário da FEI (Fundação Educacional Inaciana) embarcam em junho para o Canadá para repetir o ótimo resultado do ano passado e trazer na bagagem de volta ao Brasil o tricampeonato da competição Baja SAE Montreal, que acontecerá entre os dias 11 e 14 de junho, em Quebec. A disputa reunirá mais de 120 equipes de vários países. A equipe da FEI participará por ter conquistado o primeiro lugar na competição mundial do ano passado, a SAE Baja RIT, nos Estados Unidos. O Brasil tem três títulos no mundial, o primeiro com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em 1998, e dois deles com a FEI, em 2004 e 2007.

A equipe da FEI levará para o Canadá o FEI Baja 1, conhecido como Dipton. O carro está 20% mais leve do que o baja que participou da SAE Baja RIT, que pesava 165 kg. Por isso, ganhou mais agilidade e menor consumo de combustível. “Outra modificação é em relação ao sistema de transmissão, que teve a caixa de redução modificada”, conta o capitão e piloto da equipe, Pedro Luiz de Souza Pinto Filho, 22, estudante do 9º ciclo de Engenharia Mecânica Automobilística. Em 2007, o Dipton foi vice-campeão da Baja SAE BRASIL-PETROBRAS e campeão da Baja SAE Sudeste, realizadas, respectivamente em Piracicaba e São Carlos, interior de São Paulo.

Entre as inovações, o carro também possui sistema de rastreamento por GPS (Global Positioning System), desenvolvido pelos próprios alunos, com apoio do IPEI (Instituto de Pesquisas e Estudos Industriais da FEI). Para aprimorar o desempenho do carro e garantir mais conforto ao piloto, os estudantes optaram pela implementação de uma barra estabilizadora também na suspensão traseira, que é independente. O baja possui transmissão CVT (Continuosly Variable Transmission), direção tipo pinhão/cremalheira, suspensão dianteira tipo duplo braço triangular, freios a disco nas quatro rodas e carroceria de policarbonato. Atinge, em média, 55 km/h de velocidade máxima.

A disputa internacional também possibilita que os alunos da FEI troquem experiências com estudantes de vários países e mostrem que no Brasil a engenharia mecânica está avançada. “É um aprendizado muito importante para os alunos, que proporciona, ainda, o relacionamento com estudantes de outras partes do mundo e a exposição do talento brasileiro na área”, destaca o professor e coordenador do curso de Engenharia Mecânica da FEI, Roberto Bortolussi.