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19/09/2019 - 08:25

Desemprego diminui mais entre os jovens: mas desigualdade de rendimentos aumenta diz Ipea

Estudo mostra que o salário de admissão dos novos empregos formais está se recuperando.

Enquanto as famílias de renda muito baixa registram um recuo de 1,4% nos seus rendimentos médios reais no segundo trimestre de 2019, o segmento mais rico da população aponta uma alta salarial de 1,5%, o que evidencia o aumento da desigualdade. Esta é uma das conclusões da seção de Mercado de Trabalho da Carta de Conjuntura do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgada no dia 18 de setembro (quarta-feira).

O documento ressalta que a diferença salarial entre os domicílios mais ricos e os mais pobres é explicada, em parte, por um aumento mais forte da inflação nas classes de renda mais baixa. De acordo com o Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda, essa parcela da população foi mais impactada pelos reajustes de energia elétrica, tarifas de ônibus e medicamentos, no período em questão.

A pesquisa do Ipea traz ainda os dados abertos por faixa eta?ria: no segundo trimestre de 2019, apenas o segmento dos trabalhadores com mais de 60 anos na?o apresentou recuo na taxa de desocupac?a?o, quando comparado ao mesmo peri?odo do ano anterior. Entre os trabalhadores mais jovens, ainda que com patamar elevado, o desemprego apontou maior retração em termos absolutos, passando de 26,6% para 25,8%, entre 2018 e 2019. Ao contra?rio dos trimestres anteriores, em que a queda da desocupação entre os jovens era decorrente, sobretudo, da contrac?a?o da forc?a de trabalho, no segundo trimestre de 2019 a expansa?o de 1,7% da ocupação foi a principal responsável por esta melhora de desempenho.

Em sentido contra?rio, mesmo diante de uma alta de 5,3% da população ocupada com mais de 60 anos, a taxa de desemprego deste segmento avanc?ou 0,4 p.p., passando de 4,4% para 4,8%, repercutindo a alta de 5,7% da forc?a de trabalho mais idosa. Na comparac?a?o interanual, a desocupac?a?o dos trabalhadores com idade entre 25 e 39 anos e entre 40 e 59 anos passou de 11,5% e 7,5%, respectivamente, em 2018, para 11,1% e 7,2%, em 2019.

Ja? o recorte por grau de escolaridade sinaliza que, excetuando-se o grupo de trabalhadores com o ensino fundamental completo, todos os demais subgrupos registraram reduc?a?o da desocupac?a?o no segundo trimestre de 2019. Embora a maior retrac?a?o absoluta tenha ocorrido entre os trabalhadores com ensino me?dio incompleto (0,6 p.p.), em termos relativos, os recuos mais expressivos ocorreram nos segmentos extremos, ou seja, com instruc?a?o fundamental incompleta e superior. Deve-se ressaltar, no entanto, que a queda de 4% na desocupac?a?o de ambos os grupos foi gerada por movimentos distintos. Enquanto o recuo do desemprego entre os mesmos escolarizados veio de uma retrac?a?o de 3,4% da forc?a de trabalho diante de uma queda de 2,9% na ocupac?a?o, entre os mais educados a melhora da desocupac?a?o veio pela expansa?o da população ocupada (6,3%) e pelo ritmo superior a? expansa?o da população economicamente ativa (5,9%).

Por fim, os dados do Caged indicam que, a partir do segundo semestre de 2018, a gerac?a?o de novos postos de trabalho com carteira assinada no pai?s voltou a apresentar maior dinamismo, de modo que, no acumulado em 12 meses, até? julho de 2019, a economia brasileira havia criado 521,5 mil novos empregos formais. Houve uma recuperac?a?o também dos sala?rios me?dios de contratac?a?o, embora mantenham-se, historicamente, abaixo dos sala?rios de demissa?o.

Na sua grande maioria, os trabalhadores demitidos sa?o aqueles com menos tempo de permane?ncia no emprego. Na me?dia dos u?ltimos 12 meses, enquanto na indu?stria, no come?rcio e nos servic?os quase a metade dos demitidos estava trabalhando há? menos de um ano, na construc?a?o civil esse percentual avanc?a para 62%. Em contrapartida, a menor parcela dos trabalhadores dispensados e? formada por aqueles que possui?am mais de cinco anos de permane?ncia no emprego. Se na indu?stria de transformac?a?o essa parcela corresponde a 14%, na construc?a?o civil na?o chega a 5%.

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