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01/10/2019 - 09:34

Endividamento bancário e a hora da negociação

Não podemos descartar nem mesmo procrastinar a possibilidade da Renegociação, até mesmo porque “o paciente” tende entrar em estágios cada vez piores com o passar do tempo.

A Renegociação de Dívidas é um tema que quando colocado a mesa de discussão dificilmente poderá ser descartado, quando a empresa “carrega” em seus resultados mensais prejuízos (déficit) constantemente, entre outras ações, ela deverá reduzir a “saída de caixa”, ou seja, deixar dinheiro mensalmente no caixa da empresa, com isso, analisando de forma gerencial, definir o ABC das maiores saídas de caixa e é muito comum os juros e parcelas bancárias estarem neste grupo. Diante dessa identificação uma ação deve ser colocada em prática para se iniciar o processo de Renegociação de Dívidas junto aos bancos, entretanto, é necessário todo um preparo e na maioria das vezes a busca por especialistas no assunto, vamos citar pontos fundamentais nesse processo de negociação:

O Lado do Banco — Os bancos dispõem de uma estrutura complexa (cobradores, gerentes, advogados, departamento de negociação) para tratar a dívida de seu cliente, em contrapartida a empresa muitas vezes tem apenas o empresário ou o Gerente/Diretor Financeiro para defendê-la nesse “impasse”.

Descontrole emocional do empresário — O emocional é um fator altamente explorado nesse processo; é natural que no processo de endividamento da empresa, uma “relação” de amizade tenha se fortalecido entre o gerente da conta x o empresário/gerente financeiro; no momento que a empresa expõe aos bancos sua falta de condições em continuar com os pagamentos nos patamares definidos inicialmente, toda a “amizade” consolidada nos últimos anos será deixada de lado, uma forte pressão inicialmente por parte dos gerentes de contas será colocada no processo alegando “a possibilidade de demissão em razão da inadimplência”; todo o histórico da empresa será perdido por não cumprir o que foi contratado, além é claro que também a ameaça num segundo estágio que o jurídico do banco irá com toda sua força na busca do patrimônio dos sócios.

As empresas precisam saber que é possível se reerguer após o endividamento bancário e se reestruturar, todo o trabalho de negociação com os bancos é para ajudar a empresa.

A empresa após o êxito na Negociação Bancária passará a desembolsar uma quantia muito menor, com isso seu Fluxo de Caixa ficará positivo.

Uma reeducação será feita no processo de Renegociação, pois, foi a busca desenfreada por créditos e constantes prejuízos que levou a empresa ao alto endividamento, essa realidade deverá ser totalmente modificada.

O acompanhamento periódicos de Demonstrativos de Resultados e Fluxo de Caixa são ferramentas que qualquer Gestão usa e deverá ser inserido na Gestão para que novos problemas voltem a acorrer.

Os bancos são instituições que vivem de remuneração sobre os serviços prestados e créditos fornecidos aos clientes; os bancos nada mais querem do que receber os valores cedidos, entretanto, numa mesa de negociação, é natural que tenham uma força maior com as possíveis “ameaças” que estão a seu favor, principalmente com os fatores de pedir a falência da empresa devedora e a penhora e hipoteca dos bens dos devedores. Quando o processo de Negociação é conduzido de forma profissional e por especialistas no assunto, toda a tratativa ocorre de forma diferente, ou seja, “blefes” não cabem nessa negociação, os processos são conduzidos de forma que a empresa tenha capacidade de pagar e os valores pagos (definidos num novo contrato) atendam as expectativas dos bancos. Quando é a hora de buscar ajuda para renegociar as dívidas? Essa alternativa não deve ser a primeira e única alternativa, muitas ações devem ser colocadas em prática antes, entretanto, caso as ações não tenham efeitos, não podemos descartar nem mesmo procrastinar a possibilidade da Renegociação, até mesmo porque “o paciente” tende entrar em estágios cada vez pior com o passar do tempo e com isso dificultar o processo de negociação.

. Por: Walber Almeida Xavier de Sousa, sócio da AXS Consultoria Empresarial, Consultor e Assessor em Gestão Empresarial e Conselheiro Empresarial. Formado em Ciências Contábeis, possui pós-graduação em Contabilidade Gerencial e Controladoria e MBA em Gestão Empresarial. Nos últimos 20 anos atuou em empresas de pequeno, médio e grande porte nas áreas de Controladoria, Controle Patrimonial e Finanças.

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