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02/10/2019 - 09:40

Fundos imobiliários

Conheça as vantagens de aplicar em um dos investimentos mais promissores do ano. Os fundos imobiliários atingiram a marca recorde de 1 milhão de cotistas no primeiro semestre de 2019.

As projeções para a Selic (taxa básica de juros) até o final deste ano não são positivas para os investidores, principalmente os mais conservadores. Segundo o Relatório de Mercado Focus, apresentado no último dia 9, a mediana das previsões segue em 5,00% ao ano. Em relatório disponibilizado pela equipe de análises da XP Investimentos, o movimento de corte na taxa básica de juros reforça o ritmo de crescimento no mercado dos fundos imobiliários (FIIs). Isso porque, dado a perda de atratividade dos investimentos mais tradicionais, o investidor brasileiro tem se mostrado mais adepto a aplicações mais arrojadas.

No primeiro semestre deste ano, os fundos imobiliários atingiram a marca recorde de 1 milhão de cotistas, segundo dados divulgados pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). Em abril, a B3 (bolsa de valores do Brasil) já havia registrado um recorde, cerca de 317 mil investidores aplicaram em FIIs. O que representa um crescimento de 10,62% em relação ao ano passado. O valor de compra e venda das cotas na bolsa também subiu. Se em 2018, ultrapassou a marca de R$ 1 bilhão em um mês, a média mensal no quadrimestre de 2019 já está em torno de R$ 1,4 bilhão.

O economista, sócio da Monteverde Investimentos e head de fundos imobiliários do escritório de assessoria credenciado a XP investimentos, Augusto Pellicer, explica que os FIIs se mostram como um mecanismo mais dinâmico e simplificado de se investir no mercado imobiliário do país. “Uma das principais vantagens dessa classe de investimento é a liquidez. Sua participação em uma cota é negociada na bolsa de valores e em um prazo de dois dias você já consegue vender a sua posição. Comparado a um imóvel físico, você pode levar anos para fechar uma transação”, conta.

Para Augusto Pellicer, outro ponto muito positivo é a diversificação e o preço. “É possível investir em shoppings, lajes corporativas e galpões logísticos nos principais polos do país a partir de uma cota de R$100,00, e contando com a gestão profissional e a fiscalização de órgãos reguladores. Os rendimentos pagos pelo fundo ainda possuem isenção de imposto de renda para investidores pessoa física”, diz.

Os fundos imobiliários, basicamente, são compostos por investidores dispostos a aplicar no setor imobiliário. Esses fundos podem ser imóveis já prontos, também chamados de fundos de tijolo; ou papéis, composto por títulos como pelos LCI, LCA, CRI e CRA. Ao comprar esse tipo de aplicação, o investidor estará adquirindo partes de um imóvel. Então, sua rentabilidade vem através de "aluguel", quando o imóvel está locado, e pela valorização da cota em si.

O head de fundos imobiliários da Monteverde Investimentos ressalta que não é todo tipo de investidor que se adequa a essa modalidade de aplicação. “Por se tratar de um investimento de renda variável, os fundos imobiliários são indicados para investidores com perfil moderado e arrojado. Eles precisam estar conscientes de que oscilações positivas e negativas podem ocorrer diariamente, bem como o lucro pode e irá variar”, pondera Augusto.

Ao comprar e vender as cotas é preciso avaliar alguns fatores, como a estratégia de cada fundo e suas particularidades. Esses aspectos irão refletir diretamente nos rendimentos e riscos atrelados aos fundos. É importante também que seja verificado como está o posicionamento e volume médio de negociações, para entender como é a liquidez desse ativo na bolsa.

As desvantagens dos FIIs são poucas, mas existem. Por ser um investimento de renda variável, a flutuação diária do patrimônio aplicado pode assustar àqueles que são ‘marinheiros de primeira viagem’. Outro ponto a ser lembrado é o risco de mercado, onde as especulações sobre a atividade imobiliária e o cenário econômico podem trazer oscilações nos fundos.

O investimento em imóveis ainda é algo tradicional para os brasileiros. Para determinar qual estratégia é a melhor – se é a aquisição do imóvel ou dos FIIs – é preciso definir o objetivo. “Se o propósito for renda, em linhas gerais os rendimentos distribuídos pelos fundos imobiliários remuneram cerca de 80% a mais do que um aluguel de uma casa, ainda com a vantagem de não precisar se preocupar com os custos de imobiliária, manutenção ou eventuais transtornos com os inquilinos. Se o objetivo for ganho de capital, nesse caso irá depender da região do imóvel, a liquidez da demanda e a disponibilidade financeira necessária para fechar esse tipo de negócio. Em alguns casos pode fazer sentido esse tipo de investimento sim, no entanto corre-se o risco de imobilizar o patrimônio”, conclui Augusto.

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