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02/10/2019 - 09:49

Balança registra corrente de comércio de mais de US$ 300 bilhões no ano

País tem superávit comercial de US$ 2,246 bilhões em setembro, elevando para US$ 33,790 bilhões o saldo acumulado no ano e para US$ 50,086 bilhões o valor em 12 meses.

A balança comercial brasileira registrou uma corrente de comércio (soma das exportações e importações) de US$ 300,968 bilhões de janeiro a setembro deste ano, segundo dados divulgados no dia 1º de outubro (terça-feira), em Brasília, pela Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia (Secint/ME). Somente em setembro, o fluxo comercial do país atingiu US$ 35,233 bilhões, enquanto em 12 meses esse valor chega a US$ 409,034 bilhões.

Análise — O subsecretário de Inteligência e Estatística de Comércio Exterior da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) da Secint, Herlon Brandão, explica que um dos fatores que motivou a queda das exportações é a base da comparação, pois no segundo semestre do ano passado os números foram mais altos do que a média dos anos anteriores.

Além disso, o Brasil sente os impactos da economia internacional menos aquecida, em grande parte devido à guerra comercial entre Estados Unidos e China, o que faz com que os preços dos produtos diminuam.

Ele cita também a queda na demanda por soja, devido a uma menor produção de proteína animal no mundo. “A China, por exemplo, enfrenta um problema sanitário. Há um menor rebanho suíno e isso faz com que ela demande menos soja. Isso afeta o volume, porque é o maior mercado brasileiro, e afeta os preços do produto”, comentou.

Há também uma redução nos volumes de minério de ferro exportados, desde o rompimento da barragem de Brumadinho (MG), mas o aumento dos preços no mercado internacional, nesse caso, compensa a queda da quantidade.

Outro impacto vem da menor demanda da Argentina, devido à crise econômica do país vizinho. Essa situação reduz a demanda de bens, principalmente de automóveis, do Brasil.

Previsões — A Secex divulgou nesta terça-feira (1º/10), também, a terceira e última revisão das projeções da balança comercial para 2019. A nova previsão é de redução no cenário das exportações neste ano, para US$ 222 bilhões, um recuo de 7,1% em relação a 2018 – a estimativa em julho era de queda de 2% (US$ 234,5 bilhões).

Nas importações, a estimativa da Secex é de que o país registre US$ 180,4 bilhões em compras neste ano, uma redução de 0,4% na comparação com o ano passado. A previsão de julho era de US$ 177,7 bilhões em importações até o final do ano.

A previsão é de que o superávit fique em US$ 41,8 bilhões, uma queda de 28% em relação aos US$ 58 bilhões de 2018. Em julho, os cálculos apontavam para um superávit de US$ 56,7 bilhões, o que representaria uma redução de 2,3% sobre 2018.

O subsecretário de Inteligência e Estatística de Comércio Exterior da Secex, Herlon Brandão, disse que o cenário aponta para redução nas exportações, devido ao recuo do volume de comércio mundial, que deve ter crescimento menor neste ano, segundo previsões divulgadas nesta terça-feira pela Organização Mundial do Comércio (OMC).

“Dado que os preços internacionais dos produtos estão caindo, é muito provável que o comércio mundial se retraia também este ano”, acrescenta Brandão. “Então, o Brasil está nesse cenário de retração do comércio mundial, por conta de uma menor atividade econômica mundial." Um dos principais motivos para a retração, segundo ele, é a guerra comercial entre Estados Unidos e China.

. Balança comercial brasileira — principais números.: Balança do mês — Setembro de 2019 — As exportações brasileiras alcançaram cifra de US$ 18,740 bilhões, retração de 11,6% em relação a setembro de 2018, e crescimento de 4,7%, pela média diária, em relação a agosto de 2019.

Já as importações totalizaram US$ 16,494 bilhões, um aumento de 5,7% sobre igual período do ano anterior, e crescimento de 11,0% sobre agosto de 2019.

Com isso, o superávit comercial no período foi de US$ 2,246 bilhões, uma retração de 59,9%, pela média diária, sobre igual período do ano anterior.

. Acumulado do ano (janeiro a setembro de 2019) — O saldo comercial de US$ 33,790 bilhões foi 19,5% inferior, pela média diária, ao alcançado em igual período de 2018, US$ 41,737 bilhões.

As exportações apresentaram valor de US$ 167,379 bilhões – queda de 6%, pela média diária, sobre 2018. As importações somaram US$ 133,589 bilhões, queda de 1,8%, pela média diária, sobre o mesmo período do ano anterior, de US$ 135,346 bilhões.

Já a corrente de comércio de US$ 300,968 bilhões representou uma queda de 4,2% sobre o mesmo período anterior, quando totalizou US$ 312,428 bilhões.

. Acumulado em 12 meses — As exportações somaram US$ 229,560 bilhões, uma redução de 1,1% sobre o período de outubro de 2017 a setembro de 2018, quando as exportações atingiram US$ 230,233 bilhões.

As importações totalizaram US$ 179,474 bilhões, crescimento de 1,9% sobre o mesmo período anterior, de US$ 174,764 bilhões, pela média diária.

O saldo comercial (US$ 50,086 bilhões) é 10,4% inferior ao alcançado em equivalente período anterior (US$ 55,468 bilhões), pela média diária.

A corrente de comércio cresceu 0,2%, de US$ 404,997 bilhões para US$ 409,034 bilhões.

Por setor — Setembro de 2019.: Exportações: Por fator agregado: básicos (US$ 9,445 bilhões), manufaturados (US$ 7,211 bilhões) e semimanufaturados (US$ 2,084 bilhões). Sobre o ano anterior, diminuíram as exportações de produtos semimanufaturados (-32,1%) e básicos (-14,5%), enquanto aumentaram as vendas de produtos manufaturados (+4,4%). Por mercado comprador: decresceram as vendas pela média diária para Oceania (-41,1%); Mercosul (-35%), sendo que para a Argentina diminuiu 33,7%; África (-31,8%); Estados Unidos (-31,4%); América Central e Caribe (-14,2%); Oriente Médio (-13,7%); e Ásia (-10,7%). Por outro lado, cresceram as vendas para a União Europeia (+30,5%), por conta de plataforma para extração de petróleo, suco de laranja não congelado, torneiras, válvulas e partes, soja em grãos, aviões, naftas, óxidos e hidróxidos de alumínio, semimanufaturados de ferro/aço, suco de laranja congelado.

Por país: os cinco principais compradores foram China, Hong Kong e Macau (US$ 4,893 bilhões), Países Baixos (US$ 2,355 bilhões), Estados Unidos (US$ 2,091 bilhões), Argentina (US$ 696 milhões) e Japão (US$ 507 milhões).

Importações Por fator agregado: cresceram as importações de bens de capital (+95,1%) e diminuíram as de bens de consumo (-8,5%), combustíveis e lubrificantes (-6,7%) e bens intermediários (-3,9%).

Por mercado fornecedor: caíram as compras originárias de todos os mercados: América Central e Caribe (-65,9%); África (-22,4%); Mercosul (-19%); Oriente Médio (-10,1%); Oceania (-13,4%); Estados Unidos (-7,6%); União Europeia (-6,8%); e Ásia (-1,3%), na comparação com setembro de 2018 pelas médias diárias.

Por país: os cinco principais fornecedores foram China, Hong Kong e Macau (US$ 2,961 bilhões), Estados Unidos (US$ 2,474 bilhões), Alemanha (US$ 918 milhões), Argentina (US$ 777 milhões) e Coreia do Sul (US$ 396 milhões).

Por setor - Acumulado do ano (janeiro a setembro de 2019).: Exportações: Por fator agregado: queda de 6% em relação a igual período de 2018, por conta da diminuição nas vendas das três categorias. Houve queda em manufaturados (-8,0%, para US$ 58,384 bilhões), semimanufaturados (-5,0%, para US$ 21,419 bilhões) e básicos (-1,2%, para US$ 87,567 bilhões).

Por mercado comprador: decresceram, pelas médias diárias, as vendas para Mercosul (-34,2%), sendo que para a Argentina diminuíram 39,3%; América Central e Caribe (-22,5%); União Europeia (-9%); África (-5,6%); Ásia (-1,7%). Por outro lado, cresceram as vendas para Oceania (+21,8%), Oriente Médio (+17,3%) e Estados Unidos (+5,1%).

Por país: os principais destinos das exportações foram China, Hong Kong e Macau (US$ 48,037 bilhões), Estados Unidos (US$ 21,801 bilhões), Países Baixos (US$ 8,084 bilhões), Argentina (US$ 7,474 bilhões) e Chile (US$ 3,830 bilhões).

Importações : Por fator agregado: sobre igual período do ano anterior houve queda em bens de capital (-7,7%), bens de consumo (-5,8%), combustíveis e lubrificantes (-4,0%) e aumento nas compras de bens intermediários (+1,3%).

Por mercado fornecedor: diminuíram pelas médias diárias as compras de América Central e Caribe (-34,7%), Oceania (-10,5%); África (-8,4%), União Europeia (-6,1%); Ásia (-1,9%); e Mercosul (-3,1%). Por outro lado, aumentaram as importações dos Estados Unidos (+6,1%) e Oriente Médio (+3,5%).

Por país: os principais países de origem das importações no ano foram China, Hong Kong e Macau (US$ 27,094 bilhões), Estados Unidos (US$ 22,536 bilhões), Alemanha (US$ 7,833 bilhões), Argentina (US$ 7,815 bilhões) e Coreia do Sul (US$ 3,670 bilhões).

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