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12/10/2019 - 06:50

Marinha do Brasil conclui última etapa de montagem do submarino “Humaitá”


Previsão é de que Humaitá (SBR-2) seja lançado no segundo semestre de 2020.

O presidente Jair Bolsonaro disse no dia 11 de outubro (sexta-feira), no Complexo Naval de Itaguaí, a 80 quilômetros do Rio de Janeiro, que não aceitará tentativas de colocar o Brasil como um país colonizado. Acompanhado de diversos ministros, como o ministro da Defesa, Fernando Azevedo; do comandante da Marinha, almirante de esquadra Ilques Barbosa Junior; do comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar, Antonio Carlos Moretti Bermudez; do comandante militar do Leste, general de Exército Júlio Cesar de Arruda;e do diretor presidente da Itaguaí Construções Navais, André Portallis, e do governador fluminense Wilson Witzel, ele participou da cerimônia que marcou uma das últimas etapas de construção do novo submarino brasileiro, nomeado Humaitá ou SBR-2.

— Lá fora, estão cada vez mais tentando nos colocar em uma situação de colonizados. Não permitiremos isso — disse em seu breve pronunciamento. O presidente também fez menção ao discurso proferido na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), realizada no mês passado.

O Brasil sofria um ataque sobre a dúvida da nossa soberania na Amazônia e eu tive a grata satisfação de falar na ONU, para todo o mundo, que a Amazônia é nossa. É patrimônio do Brasil. Para nós garantirmos isso, precisamos de meios e de homens e mulheres preparados, abnegados e com vontade cada vez mais de servir à nossa pátria. O destino do Brasil, quem o fará seremos todos nós juntos e unidos — continuou o presidente.

No pronunciamento, Bolsonaro também lembrou que o Brasil tem inimigos internos e externos. — Os de dentro são os mais terríveis. Os de fora nós venceremos com tecnologia e disposição e meios de dissuasão — avaliou. O presidente afirmou que espera deixar o país melhor do que encontrou ao assumir seu mandato. "Nosso partido é o Brasil" — concluiu.

O comandante da Marinha afirmou em seu discurso que o cumprimento dessa etapa do Prosub é motivo de honra para a Força Naval. “A integração final das seções do ‘Humaitá’, além de efetivar uma operação de elevada sofisticação tecnológica, reitera o êxito de um complexo processo de absorção de tecnologia e conhecimento de valor estratégico — ressaltou. O almirante Ilques também ratificou a relevância do submarino para a indústria de Defesa nacional. — O submarino “Humaitá” possui a seção de tubos de torpedos integralmente fabricada no País — fato inédito na nossa história de construção de submarinos — afirmou.

O ministro da Defesa, Fernando Azevedo, destacou que o Prosub permitiu a transferência de tecnologia em diversas áreas e enfatizou a relevância do programa para o Brasil. — É importante destacar que o Prosub não se limita à construção de submarinos, mas transcende esse escopo contemplando a construção de um complexo industrial e de apoio com estaleiros, uma base naval e uma unidade de fabricação de estruturas metálicas, o que já vem trazendo grande desenvolvimento socioeconômico ao município de Itaguaí, ao estado do Rio de Janeiro e ao nosso País — declarou.

Submarino — Na cerimônia, as partes do casco do submarino Humaitá foram integradas. A próxima etapa de construção envolve a conexão de 80 quilômetros de cabos elétricos e lógicos. A previsão é de que, no segundo semestre do próximo ano, ele seja lançado ao mar para a fase de testes.

O SBR-2. — O Humaitá é o segundo dos quatro submarinos com propulsão diesel-elétrica planejados para atuar na defesa da costa brasileira. Eles estão previstos no Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), lançado em 2008, que prevê ao todo um investimento de R$35 bilhões.

Para a construção das embarcações, são priorizados componentes fabricados no Brasil. Segundo a Marinha, o Prosub fortalece diversos setores industriais de importância estratégica para o desenvolvimento nacional.

Também está nos planos a construção de um quinto submarino, que terá propulsão nuclear. Sua entrega é prevista para 2029. Atualmente, apenas seis países constroem e operam submarinos com propulsão nuclear: Estados Unidos, Reino Unido, França, China e Índia. Para entrar nesse seleto grupo, o Brasil fechou um acordo com a França, o único país que concordou com a transferência de tecnologia no nível demandado e com a capacitação de trabalhadores brasileiros.

O primeiro submarino do Prosub, nomeado Riachuelo, já foi lançado ao mar e iniciará uma fase de testes ainda este ano. Os outros dois com propulsão diesel-elétrica, o Tonelero e o Angostura, têm entrega prevista respectivamente para 2022 e 2023.

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