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25/10/2019 - 08:01

Vale atinge lucro de R$ 6,542 bilhões no 3T19


Reverte prejuízo do trimestre anterior e diminuiu incertezas.

A Vale divulgou no dia 24 de outubro (quinta-feira), o balanço do terceiro trimestre de 2019, onde mostram vários dados até mesmo de prestação de contas sobre Brumadinho, mas já com previsões concretas para o futuro. Destaca-se para o lucro de R$ 6,542 bilhões, saindo do prejuízo de R$ 3844 milhões ante o trimestre anterior, e já com alta de 13,71% sobre o mesmo período em 2018.

— No terceiro trimestre de 2019, progredimos para a estabilização de nosso negócio e avançamos com nosso objetivo de reparação integral de Brumadinho. A descaracterização de nove barragens a montante continua, com a conclusão da primeira barragem prevista para o primeiro trimestre de 2020. Atingimos nosso compromisso de reduzir o custo C1 e despesas de parada em relação ao trimestre anterior. Estamos evoluindo com um portfólio de produtos premium ajustado às demandas de mercado. Aliadas ao nosso compromisso com a segurança e a alocação disciplinada de capital, nossas ações reduzem as incertezas e nos conduzem para resultados sustentáveis — comentou Eduardo Bartolomeo, diretor-presidente.

. Reparação: de acordo com a mineradora, os principais acordos para indenizações civis e trabalhistas foram estabelecidos e aproximadamente R$ 2,25 bilhões1 já foram pagos em compensações por danos materiais e morais, individuais e coletivos. Esses acordos incluem: (a) a indenização emergencial a cerca de 108 mil pessoas, como compensação mensal até janeiro de 2020; (b) 700 acordos para indenizações assinados, envolvendo mais de 1.400 beneficiários, contando com o apoio da Defensoria Pública nos procedimentos de indenização acelerada; e (c) indenizações trabalhistas relativas a 232 vítimas, por meio de 500 acordos assinados, beneficiando mais de 1.400 pessoas.

— Concluímos outros 22 acordos para cobrir frentes específicas, sendo: (a) 4 acordos para apoio aos municípios na prestação de serviços públicos, infraestrutura e por meio de doações, entre outros; (b) 5 acordos sobre recuperação ambiental, com iniciativas para proteção e recuperação da fauna e flora da região; (c) 4 acordos sobre abastecimento de água, incluindo novos sistemas de captação e tratamento de água com a Copasa; (d) 2 acordos para pagamentos emergenciais às famílias realocadas em Barão de Cocais e à comunidade indígena Pataxós; e (e) 7 acordos referentes a auditorias externas e integridade de ativos, provendo suporte técnico às autoridades, medidas de revisão e reforço de estruturas e interrupção de operações— destaca a Vale.

— Definimos um plano para tratamento de rejeitos e recuperação ambiental, com 23 estruturas integradas previstas, incluindo duas estações de tratamento de água que já estão em operação. O plano garante o abastecimento de água à região de Belo horizonte, restabelecendo o sistema de captação na bacia do rio Paraopeba e prevenindo o transporte de rejeitos para a bacia do Rio das Velhas. Nesse sentido, a dragagem do rio Paraopeba já foi iniciada— continua.

— Sabemos que ainda há muito a fazer e estamos comprometidos em fazê-lo. Na página vale.com/prestacaodecontas da internet, apresentamos a prestação de contas atualizada das ações que tomamos até agora —emenda a companhia .

. Segurança: — Sobre segurança, estamos progredindo na descaracterização de 9 barragens a montante. Duas delas, Fernandinho e 8B, serão completamente descaracterizadas em 2020, e a barragem de Grupo será concluída em 2022.

. Outras quatro barragens, Forquilha I, II e III e Vargem Grande, serão reforçadas por aterros a montante antes da descaracterização final como barragens a jusante. As duas barragens restantes, B3/B4 e Sul Superior, passarão por obras de reforços estruturais e, consequentemente, terão seus fatores de segurança elevados, antes de sua descaracterização — informa.

— Também estamos construindo estruturas de contenção para aumentar os níveis de segurança das Zonas de Autossalvamento das barragens Forquilhas, B3/B4 e Sul Superior, com conclusão prevista para o início de 2020— adianta a Vale.

A nova Diretoria Executiva de Segurança e de Excelência Operacional delineou um plano de trabalho com ações previstas para os próximos dois anos. A implementação do Sistema de Produção Vale (VPS) segue em expansão, com mais de 40 mil empregados treinados recentemente.

. Redução de Incertezas: — Retomamos a produção de minério de ferro na mina de Brucutu e em parte das operações a seco no Complexo de Vargem Grande, conforme anunciado em junho e julho, respectivamente. Esperamos retomar o restante da produção paralisada de cerca de 50 Mt ao longo de 2020 e 2021, conforme detalhado no Relatório de Produção do terceiro trimestre de 2019 — cita.

Resultados sustentáveis: — Nos três primeiros trimestres de 2019, apesar do forte desempenho operacional, a Vale acumulou prejuízo líquido de R$ 264 milhões, principalmente, como resultado das provisões e despesas incorridas com a ruptura da barragem de Brumadinho em R$ 24,1 bilhões— detalha.

O Ebitda pró-forma (excluindo despesas relacionadas à ruptura da barragem em Brumadinho) totalizou R$ 19,2 bilhões no terceiro trimestre de 2019, ficando R$ 1,1 bilhão acima do segundo trimestre de 2019.

Os segmentos de Ferrosos e Metais Básicos apresentaram sólido desempenho no terceiro trimestre de 2019, com Ebitda de R$ 18,4 bilhões e R$ 2,2 bilhões, respectivamente, ficando, em conjunto, R$ 2,3 bilhões acima do segundo trimestre de 2019. O segmento de Carvão apresentou um Ebitda de R$ 684 milhões negativos, ficando R$ 270 milhões abaixo do segundo trimestre de 2019, devido, principalmente, a menores preços, enquanto o Ebitda do segmento de Outros foi de R$ 755 milhões negativos, ficando R$ 932 milhões abaixo do segundo trimestre de 2019, devido, principalmente, a reversão de contingências e a recebimentos de dividendos que impactaram positivamente o segundo trimestre de 2019.

Geração de caixa — A geração de caixa foi de R$ 12,1 bilhões no terceiro trimestre de 2019, permitindo a continuidade da redução de nosso endividamento, com a dívida líquida atingindo US$ 5,3 bilhões no terceiro trimestre de 2019.

A dívida bruta totalizou US$ 14,8 bilhões em 30 de setembro de 2019, diminuindo US$ 1,0 bilhão em relação a 30 de junho de 2019, principalmente, como resultado da recompra de bonds realizadas ao longo do trimestre.

Minerais Ferrosos: o volume de vendas de minério de ferro e pelotas atingiu 85,1 milhões de toneladas no terceiro trimestre de 2019, ficando 20,2% maior do que no 2T19, devido, principalmente, à retomada de produção suspensa e às melhorias operacionais no Sistema Norte e nas operações portuárias no Terminal de Ponta da Madeira, que foram impactadas por condições climáticas não usuais no segundo trimestre de 2019.

O Ebitda de Minerais Ferrosos totalizou R$ 18,4 bilhões, ficando R$ 1,8 bilhão acima do segundo trimestre de 2019, devido, principalmente, aos maiores volumes de vendas mencionados anteriormente e aos menores custos caixa C1 e despesas de paradas, que foram parcialmente compensados por maiores custos de frete e menores prêmios de qualidade.

O custo caixa C1 de finos de minério de ferro atingiu US$ 15,3/t no terceiro trimestre de 2019, ficando US$ 2,3/t abaixo do seundo trimestre de 2019 e em linha com a redução mencionada no segundo trimestre de 2019, devido, principalmente, ao efeito de diluição de maiores volumes e a redução de custos de demurrage após a regularização das operações portuárias no terminal de Ponta da Madeira.

As despesas de parada relacionadas ao rompimento da barragem de Brumadinho no terceiro trimestre de 2019 foram de US$ 2,8/t, ficando US$ 2,9/t abaixo do segundo trimestre de 2019, superando a expectativa de redução de US$ 1,5/t indicada no segundo trimestre de 2019, como resultado, principalmente, da retomada das operações de Brucutu e de Vargem Grande e de menores provisões para despesas extraordinárias de logística.

O custo unitário de frete marítimo da Vale por tonelada foi de US$ 19,1/t, ficando US$ 2,6/t maior do que no segundo trimestre de 2019, devido, principalmente, ao efeito combinado de maiores preços praticados no mercado spot de frete e maior volume spot como consequência do retorno das operações e da sazonalidade usual. O custo do frete deve ser ligeiramente reduzido no quarto trimestre de 2019, principalmente, devido à maior disponibilidade de contratos de longo prazo e à incorporação de novos navios com afretamento de longo prazo, reduzindo a exposição da Vale ao mercado spot.

O prêmio de qualidade dos finos de minério de ferro e pelotas atingiu US$ 5,9/t no terceiro trimestre de 2019, ficando US$ 5,5/t abaixo do segundo trimestre de 2019, devido principalmente: (a) à compressão dos prêmios dos finos de alta qualidade e de pelotas, resultado de um desequilíbrio da oferta no mercado e de menores margens na indústria siderúrgica; e (b) ao não recebimento, neste trimestre, dos dividendos das pelotizadoras arrendadas, conforme definido no acordo de acionistas . Em setembro, a Vale revisou seu guidance de produção de pelotas de 45 Mt para 43 Mt a fim de adaptar-se às condições de mercado mencionadas acima.

Metais Básicos: o Ebitda de Níquel totalizou R$ 1,3 bilhão no terceiro trimestre de 2019, ficando R$ 335 milhões acima do segundo trimestre de 2019, devido, principalmente, a maiores preços do níquel e menores custos, parcialmente compensados por menores volumes de vendas.

O Ebitda de Cobre totalizou R$ 938 milhões, ficando R$ 93 milhões acima do segundo trimestre de 2019 apesar da queda no preço do cobre na LME, devido, principalmente, ao forte desempenho de Salobo, cujo custo caixa, após créditos de subprodutos, chegou a US$ 298/t.

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