Trade-in é o escambo do século 21

Certamente você se lembra do termo “escambo” nas aulas de história. A prática de trocar produtos surgiu na Pré-História, durante o período Neolítico, cerca de 10 mil anos atrás, e foi perdendo espaço para o comércio envolvendo a moeda como principal fonte de pagamento. Mas como tudo na vida tem uma evolução, com o escambo não foi diferente. Ainda existem pessoas que fazem troca de produtos sem o envolvimento de dinheiro. Já no varejo a prática ganhou o nome de trade-in, ou seja, quando há a utilização de uma mercadoria usada como parte do pagamento de uma nova.

Pensando por esse lado podemos dizer que o Trade-in é o escambo do século 21 e que está em constante evolução. O grande desafio atualmente é colocar no mercado um modelo robusto de trade, que não apenas dê apenas resultados para as empresas, mas que também possa ser um espaço de confiança para o consumidor.

Já é possível sentir no mercado uma consciência maior sobre o tema. A Yesfurbe, plataforma de compra e venda de smartphones refabricados, por exemplo, já está alinhando projetos para entrar em algumas lojas físicas, mas a ideia é entrar de vez no mercado de Trade Phigital, quando o mundo físico e o digital estão conectados com foco na experiência do consumidor.

Um grande exemplo da ascensão desse mercado é o da gigante Apple, que já utiliza essa prática em vários países em que atua. Desde o ano passado a empresa vem investindo bastante no seu modelo de trade-in. Na última apresentação de resultados financeiros, inclusive, a empresa revelou que o programa teve um ritmo quatro vezes maior comparado ao período anterior.

O grande benefício que esse processo pode proporcionar ao varejo físico é atrair mais consumidores para lojas físicas, olhando produtos, trocando vouchers e, principalmente, fazendo a interação entre compra online e retirada do produto na loja física. Além disso, é uma ótima oportunidade para o mercado se diversificar e proporcionar uma experiência única para o consumidor. O modelo já está consolidado, por isso o futuro é o crescimento e integração das diversas plataformas.

. Por: Danilo Martins, sócio-diretor da Yesfurbe, plataforma brasileira de compra e venda de smartphones refabricados.

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