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14/11/2019 - 08:28

Desafiando o hábito e o medo

A mudança na entrega de saúde acontece quando colocamos o usuário no centro das ações.

No ACM Summit 2019, promovido pela Associação Catarinense de Medicina, ministrei uma palestra sobre a coordenação de cuidados em saúde, pensando na sustentabilidade através da gestão populacional e da tecnologia. Na minha formatura no curso de Medicina, dos 80 médicos recém-formados, eu era o único com a intenção de seguir como profissional de Medicina de Família e Comunidade. Neste ano, no dia do médico, reunir profissionais da tecnologia e da saúde para debater a inovação e saúde populacional, mostra o avanço que tivemos na percepção de mudança no setor e, também, da tecnologia como vetor de melhores resultados.

A efetividade da Medicina de Família e Comunidade, na vasta maioria das vezes, potencializa o uso dos recursos com sentido humano. Com a coordenação de cuidados podemos articular entre as diversas ações relacionadas à atenção em saúde, de forma a atender as demandas do indivíduo no momento correto e de maneira organizada — melhorando a percepção de valor, aumentando a qualidade do desfecho clínico e assegurando tanto a continuidade do cuidado quanto a utilização adequada dos recursos. Porém, estimulamos muitas vezes as pessoas de maneira errada e geramos uma burocratização do sistema em vários momentos.

A mudança na entrega de saúde acontece quando colocamos o usuário no centro das ações, entregando saúde de forma contínua e não somente suporte pontual na doença. Na BIOaps, seguindo os preceitos da Medicina de Família e Comunidade, pensamos em uma solução completa de coordenação de cuidados, permitindo o contato direto do usuário com uma equipe de saúde 24 horas por dia. Com uma parceria com a Softplan, uma das maiores desenvolvedores de software do país, impulsionamos nosso objetivo de transformar a gestão de saúde, ofertando ao mercado uma forma diferente de pensar e entregar saúde – muito mais humanizada e resolutiva, do ponto de vista do cuidado e desfecho clínico, e mais equilibrada, do ponto de vista econômico. A integração básica da atenção médica permite, de maneira simultânea, prevenir e curar, sanar e entender o sentimento dos pacientes e do seu ciclo familiar.

Ao coordenar o cuidado de forma mais certeira temos a garantia de melhores desfechos clínicos e consequente otimização dos recursos operacionais e financeiros. Um dos problemas hoje é que deixamos de seguir o fluxo correto dos cuidados para agirmos de forma inversa. Começamos no atendimento terciário; com um conjunto de terapias e procedimentos de elevada especialização, envolvendo alta tecnologia e/ou alto custo; passamos pelo secundário, compreendendo os serviços médicos especializados, de apoio diagnóstico e terapêutico e atendimento de urgência e emergência; e só depois entramos no primário, onde se é pensado na intervenção precoce nos indivíduos e famílias de comunidade. A singularidade de cada pessoa no contexto de sua vida, respondendo às necessidades assistenciais da população, deve ser o primeiro passo da atenção médica.

. Por: Dr. Carlos Braga, especialista em Medicina de Família e Comunidade, fundador e CEO da BIOaps

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