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10/01/2020 - 06:27

Aedes aegypti coloca gestantes em alerta durante o verão


Ministério da Saúde contabiliza 1,53 milhão de enfermos em 2019. Número é alarmante.

Junto com o verão vem a preocupação com o aedes aegypti. Por conta das altas temperaturas e umidade, o mosquito tende a se multiplicar e cresce o medo da transmissão de zika, chicungunha e febre amarela, especialmente por parte das grávidas. O Dr. Renato Sá, chefe do setor de obstetrícia e medicina fetal e coordenador do Centro de Cirurgia Fetal e Neonatal (CCFN) da Perinatal, explica que no caso da zika, além do risco de microcefalia, o maior receio dos especialistas é a Síndrome da Zika Congênita, ou seja, a infecção na gestante causa outras alterações cerebrais posteriores. “Mesmo meses após o nascimento, podem se manifestar diversas lesões neurológicas, como calcificações no cérebro, convulsões e até problemas em outros órgãos”, explica o médico.

A maior característica da doença é a vermelhidão no corpo. No entanto, o mais perigoso é o fato de que 80% dos casos são assintomáticos. A mãe pode não saber que está infectada ou o marido não apresentar sintomas e a infectar por transmissão sexual. “Ainda não temos conhecimento das sequelas para a mãe. Sabemos ainda pouco a respeito de problemas no longo prazo. As viroses tendem a ser auto-imitadas, geralmente não deixam sequelas depois de terminada a fase aguda da doença, há menos que haja alguma complicação”, pontua Dr. Sá.

A mesma orientação serve para se evitar as demais doenças causadas pelo mosquito. Além de eliminar os focos, as gestantes devem passar repelentes e usar camisinha, mesmo que o parceiro não apresente sintomas da doença.

Dengue e febre amarela — Mesmo a já conhecida dengue também pode ser perigosa para gestantes. O que a difere das outras doenças transmitidas pelo mosquito é a dor no corpo e a diminuição na contagem de plaquetas, podendo causar hemorragia. “Algumas mães tiveram lesões na placenta por conta das reações inflamatórias fortes causadas pelo vírus. Isso causou problemas no feto, como edemas e sequelas no crescimento do bebê”, conta o médico. Segundo ele, mesmo quem já teve a enfermidade, pode voltar a sofrer, pois existem vários sorotipos diferentes de dengue e a doença pode voltar a se manifestar.

Similar à dengue, a febre amarela apresenta o mesmo quadro viral. De acordo com o médico, a doença não causa grande risco se for rapidamente controlada: “É uma patologia que preocupa menos, pois precisa da proximidade com o agente contaminante, no caso, o macaco, uma vez que o surto é da febre amarela silvestre. O controle também é melhor e mais fácil por existir uma vacina específica para ela, apesar de optarmos por vacinar apenas pacientes em áreas endêmicas, pois há riscos relacionados à vacinação. No entanto, ainda não se sabe muito sobre suas consequências durante a gravidez, importante ressaltar que algumas pessoas apresentam a forma grave com complicação e lesão de vários órgãos. Este quadro na grávida pode ser muito grave”.

O ano também será de maior preocupação com a chikungunya. “Uma das preocupações é a insuficiência respiratória em mulheres grávidas, uma complicação desta virose. O que difere a chikungunya dos outros vírus é a dor nas articulações, que pode perdurar até seis meses após o surto”, explica Dr. Sá.

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