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28/01/2020 - 07:59

Na volta às aulas, pais precisam redobrar o cuidado para evitar doenças

Autoridades de Saúde e de Educação alertam para a importância da atualização da caderneta de vacinação.

Dados do Ministério da Saúde, divulgados no final de 2019, apontam que entre todos os estados, o Rio de Janeiro é o que teve a pior cobertura de vacinação contra o sarampo, com 69,24% das crianças imunizadas. Com o período de retorno às aulas, as autoridades de Saúde e de Educação reforçam a importância da atualização do calendário vacinal.

De acordo com o médico infectologista do Lâmina Medicina Diagnóstica, Alberto Chebabo, manter a caderneta de vacinas em dia é a principal forma de prevenir doenças em todas as faixas etárias. “As vacinas protegem de uma série de doenças e, especialmente nas crianças, aquelas que ocorrem por transmissão aérea. As vacinas em dia diminuem o risco de sarampo, rubéola, caxumba e coqueluche, por exemplo; outra vacina essencial é a pneumocócica, que atenua o risco de pneumonia, otite e sinusite”, esclarece.

Caderneta de vacinação em dia —Na escola, as crianças passam muito tempo em salas fechadas, o que facilita a transmissão de doenças infectocontagiosas. A médica especialista em vacinas do Lâmina Medicina Diagnóstica, Maria Isabel Moraes Pinto, lista algumas das vacinas que crianças e adolescentes não podem deixar de tomar: - Tríplice bacteriana (DTP ou DTPa)

– protege contra difteria, tétano e coqueluche: reforço aos 4 anos de idade;

- Poliomielite: reforço aos 4 anos de idade;

- Influenza (gripe): dose anual;

- Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola): a criança deve ter 2 doses acima de 12 meses de idade;

- Varicela (catapora): segunda dose aos 4 anos de idade;

- Meningocócica C: reforço entre 11 e 14 anos de idade.

Todas estas vacinas estão disponíveis no sistema público de saúde. Caso a criança tenha a possibilidade de fazer a vacinação na rede privada, a especialista recomenda o reforço das vacinas meningocócica ACWY aos 5 anos de idade e a meningocócica B, que deve ser aplicada em duas doses com intervalo de 2 meses.

No que diz respeito aos adolescentes, Maria Isabel destaca a vacina contra o papilomavírus humano, que causa o câncer uterino. “A vacina do HPV pode ser tomada dos 9 aos 14 anos, que é a época ideal para a imunização, pois no início da adolescência o organismo consegue responder só com duas doses da vacina, com um intervalo de seis meses entre as aplicações”, complementa.

Contraindicações — A especialista do Lâmina reforça que todas as vacinas disponíveis nas redes pública e privada são seguras e já foram testadas em milhares de indivíduos. “Os lotes só são liberados depois de avaliados por diversos órgãos públicos. Poucas são as situações em que uma criança pode apresentar alergia a algum componente da vacina. Caso isso aconteça, ela precisa passar por uma avaliação médica para saber se deve ser vacinada nesta condição”, salienta.

Saúde dos professores — A médica Maria Isabel lembra que quando pensamos em saúde na escola, a primeira preocupação é sempre com as crianças, mas os professores também precisam de cuidados. “Eles lidam diretamente com as crianças e, portanto, devem estar com a caderneta de vacinação em dia”. Sobre a vacinação para adultos, a especialista destaca: tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), com 2 doses até os 30 anos no sistema público e também disponível na rede privada; dupla adulto (DT), indicada como reforço contra tétano e difteria, com dose a cada 10 anos; hepatite B; influenza ou gripe; febre amarela.

No serviço privado está disponível também a vacina meningocócica. “Caso o professor não tenha tomado a vacina ou não tenha tido catapora quando criança, ele deve ser vacinado. A catapora é menos comum no adulto, mas, se ocorrer, pode levar a um quadro mais grave”, observa.

Cuidados além das vacinas — O médico infectologista do Lâmina, Alberto Chebabo, destaca outras medidas fundamentais para garantir uma boa rotina escolar. Ele recomenda que crianças com febre, por exemplo, devem ser observadas em casa, pois este é um sintoma comum em doenças, que podem ou não ser contagiosas.

“Cuidados com a higiene são importantes para alunos e cuidadores. Lavar as mãos, limpar o nariz e cobrir a boca com o cotovelo na hora de espirrar ou tossir são medidas rápidas que contribuem para não disseminar os vírus”, ressalva. Para a médica Maria Isabel, a escola é um excelente lugar para reforçar essas medidas. “A informação pode ser passada de uma forma mais lúdica para os pequenos e ninguém melhor do que um professor para transmitir essa mensagem. Parecem recomendações que todo mundo já está cansado de saber, mas a verdade é que muitas vezes não são colocadas em prática”, acrescenta.

Outros fatores importantes são a exposição ao sol e a ventilação do ambiente escolar, necessárias para manter o local menos propício à transmissão de infecções. “A sala deve ser limpa e arejada, o que ajuda no controle da proliferação de doenças”, finaliza Chebabo. | www.lamina.com.br

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