Rio tem a 1ª empresa pública brasileira a receber a Certificação Antissuborno

O Rio de Janeiro é o primeiro estado do país a ter uma empresa pública com um certificado internacional anticorrupção. No dia 17 de fevereiro (segunda-feira), a Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro (Codin), vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia e Relações Internacionais, recebeu o certificado ISO 37.001. Desenvolvida pela ISO (International Organization for Standardization), e adotada pelo Brasil em 2017, a certificação tem por objetivo apoiar organizações no combate ao suborno, a partir de uma cultura de integridade, transparência e conformidade com as leis vigentes. É a primeira vez que uma empresa pública brasileira recebe a certificação fornecida pelo RINA (Registro Italiano Navale), certificadora internacional que opera em 70 países.

— A ISO 37.001 é um legado da atual gestão para o desenvolvimento do Estado. O selo reafirma o compromisso do governador Wilson Witzel com as boas práticas de governança, integridade de processos e combate à corrupção — afirma o secretário de Desenvolvimento Econômico, Lucas Tristão.

O secretário lembra que a corrupção prejudica diretamente a população, já que acarreta a sonegação de impostos, a redução dos investimentos públicos em saúde, educação, infraestrutura, segurança, habitação, além de afetar a criação de empregos.

Além disso, a corrupção desmoraliza as instituições e afeta a confiança das empresas, afastando investidores.

Para Lucas Tristão, do ponto de vista do Desenvolvimento Econômico do Estado, a mensagem que a certificação deixa para o investidor é de "previsibilidade, confiança e segurança jurídica e técnica".

A Codin recebe o certificado após implementar, ao longo de 2019, a padronização de métodos de trabalho, a transparência na gestão e a valorização do quadro técnico, tudo embasado por princípios éticos e pela boa administração.

— O investimento em política de integridade no setor de concessão de incentivos fiscais é importante em um estado que perdeu credibilidade, após representantes de antigos governos confessarem ter recebido propina para conceder incentivos — avalia o presidente da companhia, Fábio Galvão.