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27/02/2020 - 09:03

Viradouro é a Campeã do Carnaval Carioca 2020


“Ora Yê Ô Oxum seu dourado tem axé, faz o seu quilombo no Abaeté. Quem lava a alma dessa gente veste ouro. É Viradouro! É Viradouro!”. Viés poético e empoderamento feminino.

A agremiação fundada em 1946, com sede em Niterói (RJ), que traz na pele Vermelho e Branco, leva seu segundo título com o enredo “Viradouro de alma lavada”, e foi nessa esteira que cantou e encantou na Marquês de Sapucaí a história das Ganhadeiras de Itapuã, na Bahia.

Elas lavavam roupa na Lagoa do Abaeté e faziam outros serviços em Salvador em busca da compra de sua alforria.

Mulheres que fizeram parte do início das páginas da história de liberdade no Brasil.

Elas foram escravas de ganho que atuaram até o final do século 19.

No enredo desenvolvido pelo casal de carnavalescos Marcus Ferreira e Tarcísio Zanon, as mulheres são celebradas por sua tradição e resistência através de um grupo musical de mesmo nome.

O samba trouxe a influência de afoxé, ritmo baiano, nos batuques e na melodia.

Na comissão de frente, a atleta da seleção brasileira de nado sincronizado Anna Giulia, vestida de sereia, dava mergulhos de até um minuto em um aquário com sete mil litros de água mineral — representando a Lagoa do Abaeté.

Teve até cocada para o público — os doces foram distribuídos ao lado das baianas, que representaram as quituteiras, com saias bordadas com figuras de abará, tapioca e acarajé.

A cantora Margareth Menezes desfilou como destaque do carro que lembrou as cirandas de roda à beira do mar aberto, uma contribuição das Ganhadeiras à música baiana.

A rainha de bateria, Raissa Machado, vestiu uma fantasia em homenagem à rainha dos Malês, Luiza Mahin, uma das lideranças da revolta pela libertação dos escravos em Salvador.

Na Avenida a Viradouro desfilou com viés poético, os detalhes de uma época, de uma pequena cidade, suas mulheres, suas lutas e suas crenças, e encerrou com uma homenagem a outras mulheres guerreiras, tão bravas como as Ganhadeiras, espalhadas pelo Brasil.

E encerrando o desfile: "Lute como uma mulher!" — levou mulheres negras ligadas à pauta feminista para a Avenida.

“Ora Yê Ô Oxum seu dourado tem axé, faz o seu quilombo no Abaeté. Quem lava a alma dessa gente veste ouro. É Viradouro! É Viradouro!”.

No “Sábado das Campeãs”, vem com a Viradouro, a Grande Rio, Mocidade, Beija-Flor, Salgueiro e Magueira.

Portela, Vila Isabel, Unidos da Tijuca, São Clemente, Paraíso do Tuiuti e, Imperatriz Leopoldinense, completam as agremiações que desfilarão em 2021.

Mas há de abrir um parentêse para dizer, — foi um ano difícil de escolher a melhor escola de samba do Rio de Janeiro, uma venceu a outra por décimos de diferença.

Para a “Série A” desce a Estácio de Sá e União da Ilha.

A Unidos da Tijuca foi punida com 0,1 ponto por extrapolar o número de tripés usados na Avenida, e a União da Ilha teve punição de 0,1 ponto por extrapolar o tempo de desfile.

Campeã da “Série A” — A Imperatriz Leopoldinense é a campeã da “Série A” do Carnaval 2020 no Rio de Janeiro — Escola reeditou enredo de 1981 que homenageou o compositor Lamartine Babo. O samba 'Só dá Lalá' celebra a obra musical do autor de hinos de vários grandes clubes de futebol do Rio de Janeiro.

A escola tirou 10 em todas as notas de todos os quesitos e voltará ao Grupo Especial em 2021.

O enredo foi desenvolvido pelo carnavalesco Leandro Vieira, o mesmo da Mangueira., no Grupo Especial.

E a cantora Iza encantou com seu charme como a “Rainha de bateria”.

A Grêmio Recreativo Escola de Samba Imperatriz Leopoldinense, foi criada em 1956, sediada no bairro de Ramos, na Zona da Leopoldina, e é detentora de oito títulos de campeã do grupo principal do carnaval carioca, conquistados em 1980, 1981, 1989, 1994, 1995, 1999, 2000 e 2001. 

Já Rocinha e Renascer de Jacarepaguá foram rebaixadas.

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