CSN atinge lucro líquido de R$ 2,245 bilhões em 2019

57% menor que o apurado no ano anterior. E R$ 1,134 bilhão no quarto trimestre, queda de 36% no lucro. A receita líquida de vendas da companhia subiu 8% no último trimestre do ano, para R$ 6,524 bilhões, alta de 22%. No ano, as receitas somaram R$ 25,436 bilhões, numa alta de 11%.

A Companhia Siderúrgica Nacional (“CSN”) (B3 S.A. – Brasil, Bolsa e Balcão: CSNA3) (NYSE: SID) divulgou seus resultados do quarto trimestre e ano de 2019 no dia 05 de março (quinta-feira), cujos destaques operacionais e financeiros mostra geração de Ebitda ajustado recorde de R$7.251MM, um incremento de 24% contra 2018, com Mg. Ebitda de 27,6%, em função da forte performance da mineração.

Ainda de acordo com a companhia, o demonstrativo o Ebitda da mineração atingindo R$5.922MM, atrelado a fortes volumes de produção e excelente realização de preços. Recorde histórico na produção de minério em 32,1Mton, a partir da evolução das operações de filtragem, empilhamento a seco e execução eficiente do plano de lavra. Forte geração de fluxo de caixa livre de R$1.707MM positivamente influenciado pela redução do capital de giro. Redução de 0,81x no nível de alavancagem fechando o ano em 3,74x contra 4,55x em 2018, devido a maior geração de caixa e Ebitda.

Segundo a CSN os destaques operacionais e financeiros do quarto trimestre de 2019, ficou por conta da geração de Ebitda ajustado de R$1.580MM, incremento de 1% contra o terceiro trimestre de 2019, com Mg. Ebitda de 23,6%, em função da boa performance da mineração e recuperação da siderurgia. Recuperação do volume de vendas siderurgia no mercado interno, somando 819 mil toneladas, 9,2% superior ao terceiro trimestre de 2019.

O Ebitda da siderurgia, ainda impactado pela parada do AF#3, mostrou evolução de 68% frente ao terceiro trimestre de 2019, atingindo R$177MM. O Ebitda da mineração atingiu R$1.290MM, terceiro melhor da série, mesmo com a queda de 13% do índice Platts 62%.

Volume de vendas recorde na mineração, atingindo 10,4Mton mesmo diante dos altos índices pluviométricos observado no período.

O capital de giro aplicado ao negócio foi reduzido em R$771MM, com destaque para redução dos estoques. O fluxo de caixa livre alcançou R$1.103MM, influenciado positivamente pela recuperação no capital de giro.

Segundo o presidente-executivo da CSN, Benjamin Steinbruch, em teleconferência com analistas no dia 05 de março (quinta-feira) após divulgação de resultado trimestral acima do esperado na noite de véspera, está avaliando fazer uma oferta inicial de ações (IPO) de seus negócios de produção de minério de ferro, retomando ambições de anos atrás e que foram interrompidas com o colapso econômico brasileiro.

Reafirmando a intenção da empresa de reduzir sua dívida líquida “o mais rápido possível” para R$ 20 bilhões , ante R$ 27,1 bilhões no fim de 2019, Steinbruch afirmou no final da teleconferência que “há discussão para a venda da SWT — usina siderúrgica alemã — estamos considerando o próprio IPO da mineração, afirmou.

Aumento no preço do aço — Steinbruch também foi incisivo sobre novos aumentos de preços de aço que a CSN pretende implementar no Brasil entre abril e maio e citou como justificativa a queda de quase 16% do real ante o dólar apenas neste ano, além de altas de custos com matérias-primas.

A previsão é de um aumento de mais de 10% para todo tipo de produtos e segmentos em abril e maio — 4,60 veio pra ficar. (O próximo reajuste) Vai ser para recomposição de preços — frisou Steinbruch referindo-se à cotação da moeda norte-americana.

O reajuste vai se seguir a aumentos que a empresa diz ter aplicado em janeiro, fevereiro e março para distribuidores e grandes clientes industriais, como montadoras de veículos e fabricantes de eletrodomésticos, e o setor de construção civil, disse o diretor comercial, Luis Fernando Martinez.

Segundo ele, o chamado “prêmio”, a diferença entre o preço do aço importado nacionalizado no Brasil e o produto fabricado no país, está negativo em 2% a 8%, lembrando que a cotação do dólar está entre R$4,40 e R$4,70.

— O anúncio do novo aumento deveria ser em abril, maio mas a cadeia também tem que continuar comprando — destacou o executivo.

— A CSN elevou preços de aço para montadoras em 5% em janeiro e reajustou para cima (10%) os valores para distribuidores no mesmo mês. Em fevereiro, a empresa subiu preços de galvanizados em 7% e em março aplicou outro aumento de 10% na distribuição — concluiu.