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26/03/2020 - 08:44

Petrobras mobiliza supercomputadores para pesquisas de combate ao Covid-19


Iniciativa irá contribuir com estudos para desenvolvimento de medicamentos e vacinas para combater o coronavírus.

A Petrobras irá direcionar parte da capacidade de processamento de computadores de alto desempenho (HPC) — os chamados “supercomputadores” — para colaborar com pesquisas de combate ao coronavirus, em parceria com o departamento de Química da Universidade de Stanford, nos EUA. O objetivo é contribuir com o Projeto Folding@home, coordenado por essa instituição, dedicado a estudar como o coronavírus se comporta no corpo humano e como a doença evolui, a partir da interação das proteínas virais, abrindo caminho para o desenvolvimento de medicamentos e vacinas. Entre outros avanços, esse projeto já ajudou a identificar, por exemplo, a estrutura da proteína que conecta o Covid-19 às células humanas.

Até dois supercomputadores a serviço da Petrobras poderão ter parte de sua capacidade de processamento redirecionada para essas pesquisas: o Santos Dumont, maior supercomputador da América Latina, sediado no Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) em Petrópolis (RJ), o qual teve sua capacidade expandida recentemente devido a cooperação entre o laboratório, a companhia e seus parceiros do Consórcio de Libra; e o OGBON, fruto de parceria com o Senai-Cimatec, instalado em Salvador (BA). Para a iniciativa, a companhia está atuando para mobilizar 60% da capacidade do Santos Dumont — 2 petaflops (o equivalente à capacidade computacional de dois milhões de laptops), além de 50% da capacidade do Senai-Cimatec, o correspondente a cerca de 1 petaflops (ou 1 milhão de laptops).

O uso desses supercomputadores permite acelerar o tempo das simulações para os pesquisadores chegarem a resultados mais rápidos em suas pesquisas. “Criamos uma ampla frente científica na Petrobras para levantarmos soluções e ideias dedicadas ao combate ao coronavírus. Estamos desenvolvendo soluções que sejam ágeis e simples, como é o caso do uso dos nossos supercomputadores para o projeto Folding@home, por meio do qual conseguimos direcionar a capacidade de processamento desses supercomputadores para as universidades”, explicou o diretor de transformação digital e inovação da Petrobras, Nicolas Simone.

Além dessa iniciativa, a Petrobras mobilizará seus recursos computacionais de alto desempenho para projetos de pesquisa de universidades brasileiras no combate ao coronavírus. Um dos potenciais projetos, em parceria com a PUC-Rio e o Senai-Cimatec, é o uso de técnicas de inteligência artificial (deep learning) para auxiliar a diferenciar um Raio-X de uma pessoa com uma gripe normal de um Raio-X uma pessoa com o coronavírus. Os algoritmos criam padrões de repetição e, por meio da comparação de dados, é possível chegar a um diagnóstico. Trata-se de um teste mais rápido e barato que uma tomografia ou um exame de sangue PCR, por exemplo.

Frente científica no combate ao coronavírus — Essas iniciativas integram uma ampla frente liderada pela Petrobras, que está mobilizando seus profissionais das mais diversas áreas do conhecimento para desenvolver ideias que possam contribuir para o combate ao coronavírus – em parceria com universidades, empresas, organizações sociais e instituições do Brasil e do exterior. O objetivo é propor soluções que possam utilizar a estrutura de tecnologia, equipamentos e consultoria técnica da companhia para auxiliar no trabalho de combate à pandemia, nas frentes de prevenção ao coronavírus, tratamento e suporte hospitalar.

Nesse mesmo movimento de combate ao coronavírus, a Petrobras também está dedicada a iniciativas como doação de insumos a instituições — incluindo a doação, por exemplo, de itens de segurança e higiene ao Hospital da UFRJ — e mobilização de suas estruturas para estocagem, entre outras.

Folding@Home — Lançado em 2000, o projeto Folding@Home é um consórcio que reúne instituições acadêmicas e vários laboratórios de pesquisa norte-americanos a partir de uma plataforma computacional para permitir simulações de vários projetos submetidas por pesquisadores de diversas universidades do mundo inteiro. O projeto já conseguiu, entre outros avanços, identificar uma oportunidade para o tratamento do vírus do Ebola, que até então era considerado incurável, por meio de simulações computacionais e posteriores experimentos. Agora o projeto busca o desenvolvimento de medicamentos para combater o coronavírus.

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