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27/03/2020 - 09:11

FGV: Confiança da construção recua em março

O Índice de Confiança da Construção (ICST), da Fundação Getulio Vargas, recuou 2,0 pontos em março, alcançando 90,8 pontos. Apesar de duas quedas consecutivas, a média do índice no primeiro trimestre de 2020 (92,6 pontos) é 2,7 pontos maior do que a média do quarto trimestre de 2019 (89,9 pontos).

"Depois de um período de grande retração, a construção mostrou uma inflexão sinalizando o início de retomada, que embora ainda não se mostrasse muito robusta, era inequívoca na percepção empresarial. A construção trabalha por ciclos prolongados, mas a disseminação da covid-19 muda o cenário. Em março, ainda não houve impacto expressivo nos negócios correntes, mas o Indicador de Expectativas já aponta a deterioração do cenário. O segmento de Serviços Especializados, formado por um conjunto grande de pequenos empreiteiros, certamente sentirá mais e já em março foi o que acusou o maior impacto nas expectativas", observou Ana Maria Castelo, coordenadora de projetos da construção do FGV IBRE.

O resultado negativo do ICST em março refletiu a piora da percepção dos empresários principalmente em relação às expectativas para os próximos três e seis meses. O Índice de Expectativas (IE-CST) cedeu 3,5 pontos, para 95,5 pontos, o menor valor desde junho de 2019 (92,9 pontos). O indicador de demanda prevista apresentou queda de 3,6 pontos, para 96,1 pontos, enquanto o indicador de tendência dos negócios para os próximos seis meses caiu 3,5 pontos, para 94,8 pontos.

Em relação ao momento presente, o Índice de Situação Atual (ISA-CST) apresentou acomodação, após nove avanços consecutivos, recuando de 86,7 pontos para 86,3 pontos. Apesar da queda do indicador de carteira de contratos de 1,5 ponto, para 85,1 pontos, o indicador de situação atual dos negócios apresentou aumento de 0,8 ponto, para 87,7 pontos.

O Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) do setor recuou pelo terceiro mês consecutivo. A queda de 1,0 ponto percentual (p.p.) levou ao patamar de 69,6%, o menor desde setembro de 2019. Neste mês, a maior influência para esse resultado foi a queda de 1,2 p.p. do NUCI de Mão de Obra, já que o NUCI de Máquinas e Equipamentos avançou 0,8 p.p.

Fatores limitativos — A demanda permanece como o principal fator de limitação à melhoria dos negócios das empresas da construção, no entanto nesta sondagem surgiu a preocupação com o Covid-19 entre os empresários da construção - no quesito Outros Fatores. Nos próximos meses, essa é uma questão que deverá ter impactos expressivos na atividade corrente e afetar também o movimento de retomada, observou Ana Castelo.

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