Supercomputador é utilizado para sequenciamento de 19 genomas do Covid-19

O “Santos Dumont” está no Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC/MCTI), em Petrópolis (RJ).  Ele foi expandido em novembro de 2019, de 1,1 petaflops para 5,1 petaflops, e figura na lista dos 500 mais potentes do mundo, número 1 na América Latina, tem condições de realizar 5,1 milhões de bilhões de operações matemáticas por segundo.

Pesquisadores do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC/MCTI), UFMG e UFRJ, sequenciaram em tempo recorde — 48 horas — os primeiros 19 genomas do Covid-19 de pacientes dos Estado do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Rio Grande do Sul e São Paulo, ampliando a cobertura nacional da vigilância genômica viral.

Esta iniciativa contou com a parceria de pesquisadores da USP (CADDE) e da Universidade de Oxford na Inglaterra, além de alunos de pós graduação do nosso país. As amostras foram coletadas de pacientes atendidos pela UFRJ, e laboratórios Hermes Pardini e Símile de Belo Horizonte (MG).

O sequenciamento foi realizado no Laboratório de Bioinformática do LNCC localizado na cidade de Petrópolis (RJ). Os genomas analisados demonstraram geneticamente que o SARS-CoV-2 foi introduzido no Brasil oriundo de diversos países europeus além de casos importados da China, em menor número. Além disso, as nossas análises genéticas confirmaram a transmissão local do SARS-CoV-2 dentro do nosso país reforçando a necessidade do isolamento social e testagem como medidas preventivas da transmissão do Covid-19 no Brasil. Este projeto contou com suporte da Faperj, Fapemig, MCTIC, CADDE e LNCC.

O Supercomputador Santos Dumont, portanto, está cumprindo seu objetivo principal que é — acelerar pesquisas, obtendo em tempos curtos resultados de operações que só seriam alcançados em anos nos computadores comuns.

O Supercomputador teve ampliação em novembro de 2019, no Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC/MCTI), em Petrópolis (RJ), com a presença do  ministro Marcos Pontes, da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTI), que na ocasião disse que — não se deve tratar ciência e tecnologia como gasto, mas contribuição para gerar emprego, alavancar empresas e promover desenvolvimento social.

A ampliação da máquina teve investimentos de R$63 milhões da Petrobras, e a empresa responsável pela instalação foi a francesa Atos, e toda operação logística feita pela “B&A Logística” em parceria com a Save-Logístics — em tempo recorde, visto como mais uma missão de sucesso no segmento de exportação e importação.