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10/04/2020 - 10:45

Vitamina D pode ser considerada como uma aliada contra o Coronavírus?

Você sabia que a vitamina D é um hormônio que pode ajudar na prevenção de várias doenças? Isto porque, além de ser fundamental no metabolismo do cálcio e da formação óssea, ela apresenta efeitos sobre as células do sistema imunológico, sobretudo nos linfócitos T, bem como na produção e na ação de diversas citocinas. Vários estudos têm sido conduzidos pelo mundo afora para elucidar essa participação imunomoduladora da Vitamina D sobre o organismo. Recentemente, médicos italianos de Turim publicaram um estudo demonstrando que pacientes que evoluíram para formas graves do novo coronavírus tinham níveis de vitamina D abaixo da normalidade. Porém, não podemos tirar conclusões precipitadas ainda quanto a correlação com a doença.

Se essa substância é tão importante para o organismo, como encontrar as fontes de Vitamina D? Cerca de 80% da vitamina D produzida pelo corpo vem a partir da ação dos raios ultravioleta B sobre a pele, que ativa um precursor cutâneo da Vitamina D e, numa complexa reação passa pelo fígado e chega aos rins na sua forma ativa. Sabemos que apenas 20% da vitamina D é proveniente da alimentação, sendo os que alimentos que contêm vitamina D são: óleos de salmão, atum e sardinha, gema de ovo, fígado, leite, iogurte e queijos. Mas somente a alimentação dificilmente será suficiente para manter um nível adequado de vitamina D no sangue.

Portanto, a exposição solar é uma rica fonte de Vitamina D, que deve buscada diariamente, mas com moderação. Em torno de 10 a 15 minutos por dia já contribui para o organismo atingir níveis razoáveis de Vitamina D. Mas atenção!!! Essa exposição deve ser cuidadosa, e, de preferência, em áreas não expostas cronicamente a luz solar, como palmas e plantas dos pés, costas e pernas, devido aos riscos do câncer de pele.

Como saber se uma pessoa necessita de suplementação de Vitamina D? Muitos estudos mostram que grande parte da população tem deficiência de vitamina D, o que aumenta a chance de desenvolver osteoporose e fraturas. A população de maior risco são mulheres acima de 55 anos, na pós–menopausa. Mas, homens e mulheres de diferentes idades também apresentam com frequência níveis baixos da vitamina D.

A deficiência da vitamina D pode ser silenciosa, ou seja, não produzir sintomas. Pessoas com níveis muito baixos podem apresentar sintomas de fadiga, fraqueza muscular e até dor crônica. Além de problemas ósseos existem indícios de que a falta de vitamina D pode contribuir para o desenvolvimento de várias outras doenças: Obesidade, Diabetes, Depressão, Alzheimer, Doença Cardiovascular, Câncer de Mama, Câncer Colorretal, Câncer de Próstata, Artrite Reumatoide etc. Portanto, para saber se os níveis sanguíneos estão dentro da normalidade, é necessário fazer um exame de sangue.

Valores considerados adequados estão entre 20 e 30 ng/ml, conforme recomendação do Consenso da Sociedade Brasileira de Endocrinologia, divulgado em agosto do ano passado. Porém em determinadas patologias, como doenças auto imunes, é interessante que esses níveis se mantenham mais altos, de acordo com critérios médicos.

O que você pode fazer para evitar a deficiência de vitamina D? Além da exposição controlada ao sol e da alimentação, a suplementação com vitamina D pode ser uma boa alternativa, gerando normalização dos níveis de vitamina D em torno de 3 meses após o uso diário ou semanal de forma contínua. A dose correta de suplementação depende de sua idade, do nível de deficiência e dos fatores de risco presentes. Portanto, é fundamental, que você procure um médico e faça a dosagem do seu nível de vitamina d para fazer a suplementação sob supervisão médica.

Sabemos que a radiação solar é essencial à vida no planeta e seres humanos privados do sol desenvolvem uma série de doenças físicas e psiquiátricas. Entretanto, é possível expor-se ao sol com cuidado, de forma leve e gradual, evitando queimaduras, câncer da pele e minimizando o envelhecimento, a fim de se beneficiar do bem-estar que ele nos proporciona.

Conclusões — Apesar dessas evidências, isto não significa, entretanto, que o uso indiscriminado de Vitamina D possa ser usado contra o coronavírus. Porém, estar com os níveis de Vitamina D dentro do normal pode ser sim um grande aliado no combate a várias doenças que dependem de um sistema imune competente, inclusive a Covid19.

. Por: Dra. Simone Neri, Dermatologista - CRM 80.919, possui 25 anos de formação em Clínica Médica e em Dermatologia. É graduada em Medicina pela Universidade de Santo Amaro Unisa, possui residência em Clínica Médica pela Universidade de Santo Amaro Unisa, residência em Dermatologia pela Universidade de Santo Amaro Unisa, é ex-preceptora do Ambulatório de Dermatologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro Unisa, médica plantonista do Pronto Socorro do Hospital São Luiz, ex-coordenadora médica do Pronto Socorro do Hospital São Luiz Anália Franco.

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