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24/04/2020 - 08:17

Porto de Santos registra o maior movimento de cargas no 1T20 da história


Além do recorde absoluto no total acumulado, desempenho no mês também foi o melhor março da história.

A movimentação de cargas pelo Porto de Santos em março registrou recordes mensal e acumulado. Ao atingir 12,74 milhões de toneladas, o mês superou em 12,1% o resultado de março de 2019 e elevou o acumulado do ano a 31,62 milhões de toneladas, resultando no melhor primeiro trimestre da história, 1,4% acima da maior marca anterior para o período, registrada em 2018, e 3,9% de alta sobre janeiro a março de 2019.

O bom desempenho deveu-se principalmente ao crescimento de 14,6% no total mensal dos embarques, que somaram 9,74 milhões de toneladas. No trimestre, o avanço de 2,4% permitiu ao Porto de Santos atingir 22,3 milhões de toneladas embarcadas. Também o fluxo inverso apresentou crescimento. As descargas cresceram 4,8% no mês e 7,5% no trimestre, alcançando 3 milhões de toneladas e, 9,37 milhões de toneladas, respectivamente.

— Com o aquecimento no comércio marítimo de diversas cargas, o Porto de Santos mostrou agilidade no recebimento e escoamento das mercadorias e elevada produtividade operacional frente a essa demanda — destacou Casemiro Tércio Carvalho, presidente da Santos Port Authority (SPA), lembrando que Santos conta hoje com uma capacidade de atendimento para a movimentação de até 162 milhões de toneladas ao ano para uma previsão de demanda da ordem de 136 milhões de toneladas em 2020.

Embarques — As cargas de maior expressão dentre as embarcadas também registraram significativos índices de crescimento.

Em março, o complexo soja (grão e farelo), com quase 5 milhões de toneladas movimentadas, cresceu 16,1%, ampliando para 8,92 milhões de toneladas o acumulado no período, com alta de 1,2%. O açúcar, com 1,42 milhão de toneladas no mês, teve incremento de 31%, elevando para 3,32 milhões de toneladas o total trimestral, aumento de 14,9%.

O desempenho nos embarques do complexo soja refletiu a forte demanda nos mercados internacionais, favorecido pela logística comprometida na Argentina e pela desvalorização do real.

O crescimento das exportações de açúcar foi influenciado pela recente queda nos preços do petróleo, tornando o etanol menos competitivo frente aos combustíveis fósseis, tornando mais lucrativa a opção pela produção do açúcar nas usinas. Soma-se também a isso a desvalorização cambial do real frente ao dólar, favorecendo as exportações nacionais da commodity.

Descargas — Nos desembarques, também cargas de forte participação tiveram crescimento representativo. O incremento de 4,8% no total descarregado no mês 3 milhões de toneladas ampliou em 7,5% o total dos desembarques no trimestre (9,37 milhões de toneladas).

O óleo diesel/gasóleo alcançou no mês 224,45 mil toneladas, crescimento de 30,3%, elevando para 657,83 mil toneladas o total no trimestre, alta de 23,2%. O adubo atingiu 195,99 mil toneladas no mês, superando em 27,7% o verificado em março de 2019 e ampliando para 1,02 milhão de toneladas o total trimestral, alta de 17,5%.

A ampliação nas importações de adubos e fertilizantes (incluindo enxofre) refletiu, em especial, o quadro quanto aos a termos de troca entre insumos e granéis vegetais favorável aos produtores.

Contêineres — Seguindo a tendência de crescimento em 2020, as operações com contêineres medida em TEU (unidade padrão de um contêiner de 20 pés) registraram aumento mensal de 7,6%, atingindo 337,25 mil TEU, o que contribuiu para o acumulado até março alcançar a movimentação de 1,02 milhão TEU, desempenho de 15,4% superior na base anual. A participação de Santos no total de contêineres movimentados no País, com base nos últimos dados divulgados pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) em fevereiro, alcançou 39%, avanço de dois pontos percentuais sobre 2019. O segundo porto melhor colocado foi Itajaí (SC), que respondeu por 12% da fatia brasileira de movimentação de contêineres.

Os contêineres transportaram em março 3,8 milhões de toneladas, incremento de 4,6%, ampliando o total no ano para 11,09 milhões de toneladas, superando em 10,8% o verificado no primeiro trimestre do ano passado.

Os primeiros impactos da covid-19 sobre a movimentação dessas cargas começaram a ser sentidos nas duas últimas semanas de março, uma vez que, em média, o tempo de viagem na rota Ásia/Santos é de 45 dias. É esperado que se tornem mais intensos a partir de abril, , principalmente nas trocas com Ásia e, possivelmente, com Europa.

O desafio de se traçar perspectivas para a movimentação de cargas conteinerizadas nos próximos meses é extremamente elevado, dado o elevado grau de incerteza sobre os impactos econômicos e sociais da pandemia em escala global, a depender do rigor e duração das quarentenas impostas no Brasil e em várias partes do mundo.

Balança comercial — O Porto de Santos ampliou sua participação acumulada na corrente comercial brasileira ao registrar 28,4% no primeiro trimestre contra 27,2% em igual período do ano passado. A China concentrou 27,8% das transações comerciais com o exterior que passaram pelo Porto de Santos, com US$ 7,39 bilhões, seguida pelos Estados Unidos com US$ 3,36 bilhões e pela Alemanha com US$ 1,39 bilhão.

O Estado de São Paulo liderou a participação nas transações comerciais com o mercado externo pelo Porto de Santos, atingindo 55,7% de participação.

Perfil — A Santos Port Authority é uma empresa pública vinculada à Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários (SNPTA) do Ministério da Infraestrutura (MInfra). É responsável pelo planejamento logístico e pela administração da infraestrutura do Porto Organizado de Santos, o maior da América Latina, por onde passa quase um terço das trocas comerciais brasileiras. Com 7,8 milhões de metros quadrados, o porto está localizado a 70 quilômetros da Grande São Paulo e possui 43¹ terminais marítimos e retroportuários, situados em duas margens, uma em Santos (direita) e outra em Santos e Guarujá (esquerda). | ¹Alguns terminais operam dois tipos de carga e, por isso, são contabilizados como duas instalações.

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