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25/04/2020 - 08:29

O setor de comércio e serviços do ERJ poderá desempregar 464.000 pessoas

Revela levantamento do IFec RJ. O número é superior à população de 91% dos municípios do estado.

Pesquisa realizada pelo Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ) revelou que os impactos do isolamento social imposto pela Covid-19 já chegaram no mercado de trabalho formal.

De acordo com o levantamento, 16,1% dos empresários do setor já demitiram funcionários. Outros 19% ainda pretendem demitir. O valor mediano do número de funcionários demitidos é igual a dois. Em termos absolutos, são 335.500 pessoas que foram ou serão demitidas.

O estudo mostra que o impacto negativo no mercado de trabalho se deve há dois fatores: queda da demanda percebida pelos empresários; e a insuficiência das medidas adotadas até agora pelo governo.

Medidas de apoio do governo federal — Dentre os empresários que conhecem integral ou parcialmente as medidas adotadas pelo governo federal para mitigar os impactos da crise, 74,2% afirmaram que as ações não são suficientes para atravessá-la.

Questionados sobre o principal motivo pelo qual não são suficientes, 28% afirmaram não ter conseguido acesso a principal medida anunciada pelo governo até agora para dar apoio aos empresários, que foi, a destinação de R$ 40 bilhões para o financiamento da folha de pagamento. Para o IFec RJ a resposta já era esperada. Em torno de 27% dos empresários do setor de comércio e serviços do estado do Rio de Janeiro empregam de um a quatro empregados. É de se esperar, portanto, que a grande maioria fature menos de R$ 360 mil/ano, o que os exclui da medida anunciada pelo governo federal. Desta forma, ficam excluídos da proposta aproximadamente 381.500 pessoas ocupadas — 253.000 trabalhadores + 128.500 empregadores— no setor.

Outros 27,7% afirmaram que o acesso às medidas tomadas é burocrático, enquanto 27,3% acreditam que a quantidade de recursos disponibilizada até agora é insuficiente.

Adicionalmente, quase a totalidade dos empresários do setor (92%) perceberam uma redução na demanda pelos bens e serviços que oferecem.

As políticas hoje disponíveis são, portanto, insuficientes para garantir bem-estar a uma parte significativa da população fluminense. Conforme visto, a principal proposta do governo federal para auxiliar as empresas exclui 381.500 pessoas ocupadas no setor e poderá colocar no desemprego 464.000 pessoas — 335.500 + 128.500 empresários —. O contingente é superior à população de 91% dos municípios do estado do Rio de Janeiro.

A taxa de desemprego, hoje igual a 13,7% no estado, saltaria para 19% apenas em função das demissões ocorridas no mercado de trabalho formal do setor de comércio e serviços. Importante ressaltar que a conta não inclui o contingente de informais que se viram desempregados quase que imediatamente depois do isolamento social.

O IFec avalia que pessoas físicas menos favorecidas e empresários de maior porte já foram de alguma forma comtemplados. Nesse sentido, já passou da hora dos microempresários serem atendidos também.

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