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Pacote do governo é "sinal" para investidores, diz economista da UFRJ

Rio de Janeiro - O Programa de Aceleração do Crescimento(PAC) é “extremamente positivo”, na avaliação do professor Nivalde de Castro, do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ), porque cria uma "sinalização" para os investidores. “Ao selecionar projetos de infra-estrutura, ele (PAC) tende a estimular novos investimentos, principalmente do setor privado que, de certa maneira, vai se apropriar dessa melhoria da infra-estrutura da economia brasileira”, afirma.

Até agora, diz o economista, o governo vinha apostando em uma outra linha, em virtude do momento que o país vivia em 2003. “Houve, no primeiro governo, uma preocupação muito grande no sentido de mostrar para os agentes econômicos nacionais e estrangeiros a capacidade que o governo tinha de estabilizar aqueles desequilíbrios que o Brasil vinha apresentando no comércio exterior, na inflação e na dívida externa", diz ele. "Isso foi feito com bastante competência, mas com o custo do desenvolvimento econômico.”

Na avaliação de Castro, o efeito colateral dessa política foi a falta de crescimento, mas, a partir do anúncio do PAC, a sinalização muda: “Fizemos o dever de casa muito bem feito, a dívida externa diminuiu, o Brasil aumentou as reservas em moeda estrangeira, o superávit da balança de pagamentos é um dos maiores da história do país. Então, dado que agora eu estou com a economia estabilizada, vou passar a priorizar o desenvolvimento econômico. O PAC sinaliza isso”.

O professor acredita que, uma vez implementado o programa governamental, o Brasil tem condições de iniciar um novo ciclo de crescimento sustentado. Ele afirma que olhando principalmente para o que coube ao setor elétrico no PAC, há uma indicação clara de que o o país terá ampliada sua capacidade para atender à demanda gerada por um maior crescimento da economia.

Olhando os demais projetos, Castro percebe os mesmos objetivos de se criar infra-estrutura. “Sem infra-estrutura, os outros setores não conseguem crescer. Eu identificando esses projetos, identificando a fonte dos financiamentos e estabelecendo a meta de construção deles, eu sinalizo para todos os agentes econômicos que não têm capacidade de investir em infra-estrutura, porque não é a vocação deles, que podem investir porque não vai faltar energia elétrica, não vai faltar estradas, não vai faltar logística”.

O economista da UFRJ destaca, ainda, que o setor da construção civil tende a ter demanda crescente, o que estimula o investimento e, por sua vez, tem um efeito multiplicador de crescimento econômico.| Por: Alana Gandra/ABr

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