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10/05/2008 - 12:26

Pesquisa avalia 100 empresas familiares no Brasil

Especialistas apresentam resultados da pesquisa "Sucessão e Governança Corporativa nas Empresas Familiares Brasileiras".

São Paulo – O homem ainda está no comando. Uma visão machista, mas que permanece na maioria das empresas. Dados como 54% das empresas possuem diretoria exclusivamente composta por homens, enquanto apenas 3% das empresas têm toda a diretoria composta exclusivamente por mulheres, são expostos na pesquisa “Sucessão e Governança Corporativa nas Empresas Familiares no Brasil”. O estudo feito pelos especialistas e consultores em Empresas Familiares Pedro Podboi Adachi e Eduardo Najjar envolveu 100 empresas familiares espalhadas pelo Brasil.

Na pesquisa, Adachi e Najjar relatam o perfil destas empresas, abordando e comparando cinco grandes grupos como dados genéricos, estrutura societária, governança corporativa, governança familiar e planejamento sucessório.

Outro dado curioso é que em 72% das empresas pesquisadas a totalidade da diretoria é composta exclusivamente por familiares enquanto somente 3% declararam não ter a participação de nenhum familiar na gestão dos negócios. Os dados comprovam a herança paternalista do empresário brasileiro, o sonho do fundador é deixar a empresa para o filho e parentes na diretoria.

Uma das características marcante do empresário brasileiro é a falta de planejamento. Já que em 38% das empresas nas quais já ocorreu ao menos uma sucessão, a principal razão do processo sucessório foi o falecimento do fundador ou dirigente. Somado a isto, cerca de 70% das empresas analisadas não têm a definição de quem será o próximo sucessor. Sendo assim, a hora de passar o bastão fica indefinida e não planejada.

Está também se tornando cada vez mais indiscutível a relevância da adoção de instrumentos de planejamento, governança e controle, que permitem às empresas familiares administrarem os inevitáveis conflitos que as afligem. Uma organização é familiar quando tem a concentração do poder de decisão e do controle entre os membros da família proprietária, independente do porte da empresa, da sua localização ou de outros fatores.

Para se ter uma idéia, algumas estimativas apontam que as empresas familiares representam mais de 80% do total de companhias do Brasil e respondem por até 70% do Produto Interno Bruto (PIB) da América Latina.

A pesquisa permite ainda conhecer o nível que estas empresas familiares estão planejando seu futuro, verificando o percentual de organizações que estão adotando alguns dos mais importantes sistemas e instrumentos de planejamento sucessório e governança, tais como acordo societário, conselho de administração ou family office. A falta de profissionalização e planejamento dos futuros dirigentes quanto às peculiaridades da administração das empresas, no entanto, comprova os altos índices de companhias que não passam da segunda geração.

O levantamento é um dos poucos realizados no Brasil, tendo sido pela Societàs Consultoria em parceria com o Núcleo de Estudos de Empresas Familiares e Governança Corporativa da ESPM. A principal missão deste núcleo é difundir o conhecimento sobre os diversos aspectos envolvendo as sociedades familiares.

Perfil dos consultores -Pedro Podboi Adachi é sócio-diretor da Societàs Consultoria. Formado em Direito pela USP e pós-graduado em Administração de Empresas na Fundação Getúlio Vargas, o consultor participou de diversos programas focados em empresas familiares como o Leading the Family Business no IMD, em Lausanne, na Suíça, fez mestrado em Administração e Negócios pela Ohio University, nos Estados Unidos, além de ser cursado o CEAG-FGV e Direito-USP. O executivo também acumulou experiências como diretor de empresa familiar, conselheiro da CIESP (Regional de Rio Claro) e professor universitário na FEA-RP (USP). Além de atuar como consultor empresarial, ministra palestras e atua como pesquisador e professor no Núcleo de Estudos de Empresas Familiares da ESPM, também coordena pesquisas sobre este tema no FBN-Brasil (Family Business Network) e é associado ao IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa), além de ser autor de artigos e do livro Família S.A., da Editora Atlas.

Eduardo Najjar é sócio-diretor da Macrotransição. Graduado em Administração de Empresas (FEA/USP) e pós-graduado em Educação e História da Arte – Universidade Mackenzie, Najjar é consultor, coordenador do Núcleo de Estudos de Empresas Familiares e Governança Corporativa na ESPM. Durante 15 anos, atuou como consultor nas especialidades Recursos Humanos e Change Management, tendo atendido mais de cinqüenta empresas. Najjar também é autor de vários livros, colaborador de publicações acadêmicas e empresariais em diversas mídias.

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