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05/05/2020 - 09:44

Gol registra Ebitda recorrente de R$1,4 bilhão no 1T20


E lucro por ação diluído recorrente de R$0,44 no primeiro trimestre de 2020. A liquidez total foi de R$4,2 bilhões após pagamento de R$1,2 bilhão de principal, juros e arrendamentos; forte geração de caixa operacional (R$1,1 bilhão) com margem de 35,6%.

A Gol Linhas Aéreas Inteligentes S.A. ("GOL" ou "Companhia") (B3: GOLL4 eNYSE: GOL), a maior companhia aérea doméstica do Brasil, anunciou no dia 05 de maio (segunda-feira), o resultado consolidado do primeiro trimestre de 2020, onde afirma que em decorrência da pandemia da Covid-19, o trimestre — que caminhava para resultados recordes até meados de março — se deteriorou com rapidez devido a um cenário sem precedentes na indústria. Em 16 de março, a GOL iniciou a redução da sua capacidade em 50 a 60% no mercado doméstico, e em 90 a 95% no internacional. Essa foi uma decisão prudente que refletiu a mudança na demanda dos Clientes, e seguiu as ações de muitas outras companhias aéreas em diversos países.

Em 24 de março, em apoio às ações do Governo brasileiro para impedir a disseminação da COVID-19, que inclui restrições à grande parte do tráfego aéreo nacional, a Companhia reajustou sua rede de 800 voos por dia para 50 voos diários essenciais entre o Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, e todas as 26 capitais estaduais e Brasília. A Companhia continua trabalhando em de maneira coordenada com a esfera federal, para oferecer uma malha essencial, seja por motivos de viagens de emergência, transporte de profissionais de saúde, órgãos para transplante, equipamentos médicos e promovendo repatriações, quando solicitada.

Segundo a Gol, a companhia espera manter essa configuração de malha atual durante o mês de maio, quando aumentará a frequência de voos e ampliará gradativamente a cobertura para outras cidades, como Foz do Iguaçu e Navegantes, e retornará as operações no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo e Santos Dumont, no Rio de Janeiro.

A companhia também tomou medidas de preservação de caixa por meio de diminuições de custos, novas condições de pagamento e postergações. Essas inciativas, em conjunto com uma significativa desvalorização do real frente ao dólar, explicam a maioria das variações neste relatório do primeiro trimestre de 2020.

Destaques dos resultados do primeiro trimestre de 2020: o número de Passageiro-Quilômetro Transportado Pago (RPK) caiu 6,4% totalizando R$9,9 bilhões, enquanto o Assento Quilômetro Ofertado (ASK) reduziu 4,4% na comparação trimestral. A Gol transportou 8,3 milhões de Clientes, uma queda de 6,7% comparado com o primeiro trimestre de 2019.

A receita líquida foi de R$3,1 bilhões, uma queda de 2,0% em relação ao primeiro trimestre de 2019. A receita com transporte de cargas e outros cresceu 16,4% para R$206,4 milhões. Como porcentagem da receita líquida, os custos e despesas operacionais da GOL diminuíram 17 pontos percentuais para 67,4%, comparativamente a 84,2% no primeiro trimestre de 2019.

O Ebitda recorrente e o lucro operacional (EBIT) recorrente atingiram R$1,4 bilhão e R$938 milhões, respectivamente. A margem Ebitda recorrente e a margem operacional (EBIT) recorrente foram de 45,7% e 29,8%, um aumento de 16,1 p.p. e 12,8 p.p. respectivamente, em relação a igual período do ano anterior. O lucro líquido recorrente foi de R$173 milhões. O lucro por ação diluído foi de R$0,44 e o lucro por ADS diluído foi de US$0,20.

A empresa aérea registrou forte geração de caixa operacional (R$1,1 bilhão), com margem de fluxo de caixa operacional de 35,6%, uma melhora de 27,7 p.p. na comparação trimestral e, a companhia amortizou R$1,2 bilhão de principal e juros de dívidas e arrendamentos no trimestre, incluindo o pagamento antecipado de R$426,6 milhões de Senior Notes. A liquidez total foi de R$4,2 bilhões, composta por R$3,0 bilhões em caixa e aplicações e R$1,2 bilhão em recebíveis.

Fortes indicadores operacionais: a gerenciamento responsável e racional da capacidade em relação à demanda dos clientes, somada a uma gestão eficiente de precificação, fizeram com que a companhia atingisse:

(i) Yield médio por passageiro de 29,57 centavos (R$), um aumento de 3,6%;

(ii) Pontualidade de 92,6%, um aumento de 5,5 p.p., de acordo com a Infraero e dados fornecidos pelos principais aeroportos;

(iii) Taxa de ocupação média de 79,8%, uma redução de 1,7 p.p.; e

(iv) Utilização média de aeronaves de 12,1 horas/dia, queda de 5,5%.

Receita impactada: a empresa informa no balanço do trimestre, que transportou 8,3 milhões de clientes no período, sendo 7,8 milhões no mercado doméstico (-7,1%) e 0,5 milhão no internacional (-15,8%). A Receita Líquida por Assento Quilômetro Ofertado (RASK) foi de 25,26 centavos (R$), aumento de 2,6%. A Receita de Passageiros Líquida por Assento Quilômetro Ofertado (PRASK) foi de 23,60 centavos (R$), incremento de 1,4%.

Custos controlados: de acordo com a Gol, ela tem os menores custos unitários na América Latina, que propicia um melhor equilíbrio de custos fixos durante esse período de pandemia. O Custo por Assento Quilômetro Ofertado (CASK) excluindo despesas não recorrentes reduziu 13,3%, de 20,44 centavos (R$) no 1T19 para 17,73 centavos (R$) no 1T20, principalmente em decorrência do ganho de operações de sale and leaseback, compensado por aumentos nos custos com depreciação em virtude da adição líquida de nove (9) aeronaves na frota, e pelo aumento de despesas com material de manutenção e reparo denominadas em Dólar.

Margens saudáveis: resultante do forte controle de custos, e à eficiente gestão da capacidade e dos yields, a companhia obteve lucro operacional pelo 15o trimestre consecutivo. A margem EBIT recorrente foi de 29,8%. O lucro operacional (EBIT) recorrente foi de R$937,9 milhões, R$391,7 milhões superior em relação ao primeiro trimestre de 2019. A margem Ebitda recorrente atingiu 45,7%. O Ebitda recorrente foi de R$1,4 bilhão, R$488 milhões acima do registrado no mesmo período do ano anterior.

O hedge de petróleo foi um item excepcional: segundo a Gol, pela redução de sua capacidade, ela espera consumir um volume menor de litros de combustível que o esperado nos próximos dois trimestres. A companhia registrou a ineficácia de sua cobertura de preço de combustível no 2T20-3T20 como um item excepcional de R$292 milhões em seu resultado financeiro para o 1T20.

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