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“PAC ficou aquém da expectativa”, observa o economista Cláudio Gonçalves

O economista e mestre das Faculdades Rio Branco Cláudio Gonçalves salientou que "as intenções do governo são boas ao lançar o PAC". Lembrou, entretanto, que boa parte dos investimentos previstos, de R$ 503 bilhões, vem das estatais, especificamente da Petrobras. “Além disto, o governo coloca para o Congresso Nacional, para negociações, as medidas que têm resultados práticos no dia-a-dia das empresas, que é a reforma tributária, e sabemos que já houve tentativas nesse sentido, sem êxito, por conta de amarrações políticas que envolves todos os estados”

O professor frisa ser a reforma tributária muito importante para o destravamento da economia. Associado a isso, há a da previdência, que não está no pacote. O governo está apostando no crescimento do PIB, mas não houve sinalização efetiva de redução no gasto público, especificamente no custeio de pessoal. Dos R$ 503 bilhões de investimentos para 2007 a 2010, parte vem do setor privado - são estimativas, pois o empresário só vai investir se encontrar um arcabouço estável para aportar capital a risco. “Na semana passada, o governo deu um tiro no pé quando anunciou que estariam suspensas as concessões de estradas federais. Como quer que o setor privado invista se ele não cria condições de competitividade e estabilidade para isso? Não vai abrir as concessões, sendo que há várias empresas querendo investir”.

Por outro lado, Cláudio Gonçalves disse existir no PAC uma proposta interessante para o setor da construção civil, envolvendo o uso de recursos do FAT e Fundo de Garantia, os quais somam algo em torno de R$ 60 bilhões. Para ele, será importante que esse dinheiro seja capitalizado pela Caixa Econômica Federal e disponibilizado ao saneamento básico e habitação.

Quanto à expectativa do empresariado, avaliou o economista, esperava-se uma redução tributária efetiva, para amenizar o peso do fisco para a empresa e estimular os investimentos privados. “Na realidade, o governo quer trabalhar de modo a criar perspectivas positivas para a economia, mas, efetivamente, vai depender muito do Congresso Nacional. O pacote veio abaixo das expectativas, pois se esperava redução da máquina pública e do custeio administrativo da União".

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