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Para Abimaq medidas são positivas, mas falta mexer no câmbio

Newton de Mello indaga por que ainda não foi regulamentada a medida que permite ao exportador deixar no exterior 30% das divisas geradas pelas vendas externas.

As medidas do Pacote de Aceleração do Crescimento (PAC), anunciadas dia 22 de janeiro,pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, abrem boas perspectivas para o setor de máquinas e equipamentos, segundo avaliação do presidente da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), Newton de Mello. “O aumento dos investimentos em infra-estrutura eleva a demanda direta por bens de capital, assim como esses investimentos contribuem para aumentar a competitividade da máquina exportada, seja pela redução de custos em portos e melhoria das rodovias entre outros aspectos”, afirma. .

O estímulo ao crédito e financiamento, ainda que centrado nos setores de saneamento, infra-estrutura e habitação, repercutem no setor representado da Abimaq. Também foi elogiada pelo presidente da associação a desburocratização de licenças ambientais e das licitações (Lei 8666) e a desoneração tributária, com a ampliação dos prazos de recolhimento do PIS/Cofins do dia 15 para o dia 20, e do INSS do dia 2 para o dia 10. “Tudo isso faz com que as empresas tenham um pouco mais de caixa, diminuindo sua necessidade de capital de giro, e com isso tendem a investir mais”, diz.

Newton de Mello acredita que qualquer efeito do PAC só venha a ocorrer a partir do segundo semestre. “São medidas de fôlego, que demandam um certo tempo para repercussão. Por isso, acreditamos que elas levarão a uma melhoria nos negócios a partir do segundo semestre. Sobre seus efeitos nos resultados do setor de máquinas, adianto que nossas previsões eram pessimistas, de queda de 3,4% no faturamento no primeiro semestre deste ano. Com essas medidas, e se o governo conseguir cumprir os planos na área de infra-estrutura, certamente teremos uma aceleração no consumo de máquinas no País, que encerrou 2006 com redução de 1,8% no consumo aparente”, assinala.

Apesar dos elogios ao PAC, o presidente da Abimaq disse que faltou uma medida no sentido de desvalorizar o real. “Essa situação cambial vai continuar muito desfavorável para o investimento produtivo no País. O resultado é que o produto brasileiro acaba ficando com custo mais elevado que o similar importado, que entra no País, substituindo o nacional. Por outro lado, grandes investimentos em fábricas acabam sendo direcionados para países como Índia, China e México. Como o Brasil tem uma fortíssima exportação de commodities, autonomia em petróleo, a tendência é de baixa cotação do dólar. Isso é muito perigoso para a sobrevivência da indústria nacional, que é grande empregadora, e contribui com produtos de mais valor agregado para a balança comercial”, explica.

Além disso, Newton de Mello deixa uma pergunta: Por que até hoje a medida que permite ao exportador deixar no exterior 30% das divisas geradas por suas exportações, anunciada por Mantega no primeiro semestre, ainda não foi regulamentada, portanto não pode ser colocada em prática? É uma pena, pois isso ajudaria a elevar o patamar do câmbio, conclui o presidente da Abimaq.

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