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20/05/2020 - 08:06

B3 amplia um novo perfil de investidores, diz estudo

Mais jovem, com carteiras mais diversificadas e com valores de investimento inicial mais baixos, esse é o novo investidor que vem chegando à bolsa.

Em julho de 2019 a B3 alcançou 1 milhão de investidores em produtos de renda variável que incluem ações FIIs, BDRs, ETFs, etc. No mês passado, dobrou o número de CPFs que investem na bolsa. Em abril, o total de pessoas físicas com recursos na depositária de renda variável da B3 chegou a dois milhões. Esse crescimento representa uma mudança estrutural no mercado de capitais brasileiro e para entender quem é este novo investidor, a B3 divulgou no dia 19 de maio (terça-feira), um estudo que traça o perfil da pessoa física que está na bolsa.

De forma geral, ele é mais jovem, se preocupa em diversificar seus investimentos e começa a montar sua carteira com valores baixos. Além disso, tem demonstrado uma visão de longo prazo ao manter suas posições mesmo no auge da volatilidade dos mercados.

O estudo elaborado pela B3 traz dados demográficos, como, por exemplo, a predominância das regiões Sudeste, Sul e Distrito Federal com o maior número de investidores pessoas físicas no país. Em relação ao volume de recursos acumulados, em março de 2017, os investidores pessoas físicas tinham R$ 203 bilhões na B3 e hoje o volume chega a quase R$ 260 bilhões, um aumento de 30%.

Observando a evolução do comportamento desse investidor ao longo do tempo, é possível notar que a partir de 2019 houve uma queda no valor médio investido pelas pessoas físicas, mostrando uma democratização do mercado de capitais. Em 2011, 44% das pessoas físicas tinham carteiras com até R$ 10 mil de saldo. Em março de 2020, esse percentual já havia subido dez pontos percentuais, representando 54% do universo total de CPFs que têm recursos na B3. Outro dado que chama a atenção: dos 223 mil investidores que entraram na renda variável em março de 2020, 30% fez o primeiro investimento com menos de R$ 500.

— Há dois anos temos acompanhado a entrada constante da pessoa física na renda variável, e estamos desmistificando a história de que as pessoas precisam de muito dinheiro para investir. As pessoas físicas estão cada dia mais na renda variável e os valores investidos não são altos — afirma Felipe Paiva, diretor de Relacionamento com Clientes da B3. — Trazer a pessoa física para a bolsa, contribui para que o mercado de capitais brasileiro seja mais forte e resiliente e o trabalho conjunto que vem sendo feito pela B3 e pelos agentes de mercado indicam que estamos dando passos importantes — reforça Tarcísio Morelli, diretor de Inteligência de Mercado da B3.

Quando se trata de mudança geracional, o dado que mais chama atenção é o de jovens investindo na renda variável. A faixa etária de 25 a 39 anos teve uma evolução de 21 pontos percentuais de 2017 para cá. A faixa que antes representava 28% de todas as pessoas físicas, hoje representa 49%. — Ainda é muito cedo para concluirmos que esse movimento será contínuo, mas, de qualquer forma, traz um quadro positivo e sinais de que talvez estejamos tendo uma mudança geracional quando falamos de investimentos no Brasil — afirma Paiva.

Diversificação — Ao longo do tempo, os investidores também estão descobrindo novos produtos como os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) e os Exchange-Traded Fund (ETFs). Em 2016 havia uma base de investidores bastante concentrada em ações, já em março de 2020 quase metade da base (46%) passa a ter posição em mais de um produto de renda variável.

Além disso, as pessoas estão investindo em mais empresas, diversificando seus portfolios de ações. Se em 2016 apenas 26% da base tinha cinco ou mais empresas em carteira, esse número subiu para quase metade da base em 2020 (48%).

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