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27/05/2020 - 07:36

Setor calçadista perdeu 1,3 mil postos de trabalho em uma semana, diz Abicalçados


Desde o agravamento da pandemia do novo coronavírus no Brasil, a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) vem atualizando os dados do impacto da crise na atividade. O mais recente levantamento, finalizado hoje (26/05), aponta para 1,3 mil postos perdidos em apenas uma semana. Com o número, desde meados de março, as indústrias de calçados brasileiras já perderam 34,1 mil postos, 12,6% da força de trabalho total do segmento - de 269 mil postos diretos registrados em dezembro de 2019.

Conforme levantamento da entidade, realizado junto aos sindicatos setoriais brasileiros e empresas dos principais polos calçadistas, os estados que mais perderam postos durante a pandemia do novo coronavírus foram São Paulo (10,5 mil postos perdidos), Rio Grande do Sul (9,4 mil postos perdidos), Minas Gerais (5,2 mil postos perdidos), Bahia (4,8 mil postos perdidos) e Ceará (1,6 mil postos perdidos). Na semana que passou, os estados que mais perderam postos foram Rio Grande do Sul (468 postos) e São Paulo (382 postos).

O presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, lamenta os números, destacando que a realidade do setor aponta para uma queda brusca nos pedidos. — O varejo físico segue fechado ou com restrições em boa parte do País. Somente São Paulo, um dos estados com mais restrição às atividades do comércio, consome mais de 40% dos calçados produzidos. O mercado interno brasileiro, que absorve mais de 85% da nossa produção, simplesmente parou de consumir. Sem novos pedidos, não temos como manter empregos. Hoje, o setor está utilizando pouco mais de 30% da capacidade instalada — comenta Ferreira, acrescentando que a produção de calçados deve despencar até 30% em 2020, caindo aos patamares de meados dos anos 2000.

Além da queda no mercado doméstico, soma gravidade ao quadro, o impacto das exportações de calçados, que caíram 40% em abril, com 4,84 milhões de pares embarcados ao exterior. No ano, segundo a Abicalçados, os embarques devem cair até 30,6%, fechando com o pior resultado desde 1983. — Além de não existir demanda internacional, muitos países ainda sofrem os problemas da pandemia, com fronteiras fechadas e serviços logísticos prejudicados — avalia Ferreira.

Pleitos — Segundo Ferreira, a entidade vem trabalhando com pleitos junto ao Governo Federal, como a flexibilização da MP 936 e a facilitação no acesso a linhas de crédito para capital de giro e pagamento da folha de salários. — O objetivo é manter o máximo de empregos, mas todas as medidas serão paliativas se não houver a retomada do consumo — conclui o executivo.

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