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09/06/2020 - 09:05

Bancos digitais ampliam serviços para MEI

Oferta de crédito para esta categoria será uma importante engrenagem na retomada da economia.

Por definição, desbancarização é a troca de grandes entidades bancárias por uma corretora de valores, uma fintech ou um banco de menor porte. Em comum, eles oferecem serviços através da internet, com pouca burocracia, muita praticidade e, geralmente, taxas mais atrativas. E se as Contas Digitais já estavam em franca expansão antes da pandemia, devem ganhar ainda mais mercado com a necessidade de distanciamento social. O foco agora é ampliar os serviços para os Microempreendedores Individuais (MEI). — De cada três brasileiros, um não possui conta bancária. Muitas dessas pessoas são empreendedores, ambulantes e trabalhadores autônomos, que precisariam estar mais inseridos na economia formal. Com a crise causada pela pandemia, e o aumento do desemprego formal, a saída para muitos será investir em pequenos negócios. E essas pessoas vão precisar de acesso a crédito. Hoje, eles precisam esperar até dois anos para juntar dinheiro suficiente para comprar um aparelho celular, e muito mais para comprar um automóvel, por exemplo — ressalta Fernando Vogt, diretor comercial da Target Meios de Pagamentos que lançou, durante a pandemia, a Conta Digital para o Caminhoneiro MEI.

A empresa, que já oferecia Conta Digital para os motoristas autônomos desde o ano passado, viu o número de clientes crescer 150% em 2020, sendo mais da metade desse crescimento durante a pandemia, principalmente depois do lançamento da Conta Digital MEI. — Quando se fala de MEI a falta de acesso ao sistema bancário impacta diretamente na possibilidade de crescimento desses microempreendedores. O acesso a um cartão de crédito por exemplo, permite o parcelamento de compras e pequenos investimentos. Isso impulsiona seus negócios e faz a economia girar — acrescenta Vogt.

A oferta de contas digitais é vista como uma grande contribuição para a democratização do sistema financeiro, do qual muitos cidadãos ainda são excluídos. Na maioria dos bancos tradicionais, a burocracia para a simples abertura de uma conta ainda é grande e o procedimento pode demorar dias e até semanas. A oferta de pacotes engessados com cobrança de diferentes taxas é outro fator que torna as contas em agências bancárias menos atrativas. Sem contar que o atendimento dado pelos bancos é um dos campeões de reclamações em órgãos de proteção ao consumidor.

— Em primeiro lugar, você ganha a possibilidade de dispor de serviços financeiros pagando menos! E isso é muito importante em tempos de crise. Além disso, as contas digitais para MEI simplificam processos de pagamentos de contratos, benefícios e reembolsos. Essa, aliás, é uma das maiores dores de cabeça em muitos departamentos de RH: pagar um fornecedor que não tem conta bancária — diz Vogt.

O executivo ressalta que as fintechs souberam olhar para as dores dos clientes e criar formas de aliviá-las, colocando fim à necessidade de filas, às portas giratórias e a aglomerações. Algo fundamental em tempos de coronavírus. "Ninguém quer ter que ir à uma agência bancária e correr o risco de se contaminar”, conclui o diretor comercial da Target Meios de Pagamentos.

Micro e pequenos empresários se preparam para a retomada — Não há dúvidas de que os trabalhadores informais e pequenos empresários foram os mais afetados pela crise do coronavírus. Mas com o diz o ditado “brasileiro não desiste nunca” e, diante das perspectivas de reabertura, o setor vem se preparando para retomar os negócios. E tem muito esforço conjunto no sentido de ajudar quem mais precisa. O Sebrae, por exemplo, lançou o evento digital Mobiliza MEI, plataforma que disponibiliza, gratuitamente, vídeos, aulas, debates e cursos para diversos segmentos. Com o tema “Reinvente, Repense, Recrie”, o conteúdo ficará disponível até o dia 05 de junho.

Mais dados da desbancarização no Brasil — Brasil tem 45 milhões de desbancarizados - brasileiros que não movimentam a conta bancária há mais de seis meses ou que optaram por não ter conta em banco – segundo pesquisa do Instituto Locomotiva /2019.

Desbancarizados movimentam mais de R$ 800 bilhões / ano no país.

250 milhões de novos clientes vão entrar no setor bancário global até 2022. a maioria deles, pelo smartphone – IDC/2019

65% do fluxo de novas contratações de serviços bancários no Brasil já vem de aplicativos.

56% dos que usam serviços bancários o fazem diretamente de bancos e startups sem localização física.

Entre os brasileiros que não usam agência, 24,3% usam exclusivamente o smartphone. Fonte: “Como fintechs e bancos podem democratizar os serviços financeiros na América Latina” – IDC/2019

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