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24/06/2020 - 08:17

Atlas: supercomputador da Petrobras está na lista dos maiores do mundo


Com a atualização do ranking, o Atlas e o Fênix, também da Petrobras, são os dois maiores supercomputadores da América Latina.

Cerca de 1,5 milhão de smartphones ou de 40 mil laptops de última geração. A capacidade de processamento do supercomputador Atlas equivale a desses aparelhos somados. Em operação desde abril, no Centro de Processamento e Tratamento de Informação (CPTI), no Rio de Janeiro (RJ), o Atlas ocupa a 57ª posição em capacidade de processamento da lista da Top500.org, divulgada no dia 22 de junho (segunda-feira). O supercomputador é o mais bem colocado de toda a América Latina no ranking mundial de computadores de alto desempenho.

Na lista anterior da Top 500, de novembro de 2019, o posto de maior supercomputador da América Latina era do Santos Dumont, que voltou à posição depois de ter sua capacidade de processamento multiplicada por cinco com investimentos. Antes disso, na lista divulgada em junho do ano passado, o supercomputador Fênix, também da Petrobras, ocupava o posto. Ele passou por uma atualização este ano e hoje figura como o segundo mais poderoso da América Latina, na posição 83 da lista.

Oceanos de bytes — Atlas e Fênix fazem parte de um time de diversos supercomputadores que desempenham diferentes funções na companhia. Os dois computadores de alto desempenho — ou HPC, na sigla em inglês — são responsáveis pelo processamento de dados geofísicos gerados durante as atividades de exploração e de desenvolvimento da produção de óleo de gás. Juntos eles têm a capacidade de processamento equivalente à de 2,5 milhões de smartphones ou 67 mil laptops novos.

Tanto poder de processamento é necessário para criar as imagens representativas da geologia abaixo do fundo do mar, onde estão as camadas de sal e, é claro, os reservatórios de petróleo. As imagens sísmicas, fundamentais para as descobertas de óleo e gás, cobrem centenas de quilômetros quadrados e chegam a milhares de metros de profundidade. Por isso os algoritmos que as processam envolvem equações matemáticas complexas, com um volume imenso de dados, gerando imagens que geólogos e geofísicos possam interpretar. O volume de dados referente a um único projeto sísmico pode chegar a ter dezenas de terabytes, mais que a capacidade dos HDs de um computador de mesa atual.

O investimento em HPC diminui os custos com esse tipo de processamento. Além disso, com os supercomputadores dedicados é possível utilizar algoritmos especiais desenvolvidos pela Petrobras, trazendo um diferencial competitivo capaz de aumentar a eficiência das atividades exploratórias.

Tsunamis de dados — Desde 2018, a Petrobras reforçou o investimento em computadores de alto desempenho. Esse processo vem ocorrendo em três ondas. A primeira, no ano passado, resultou na aquisição do Fênix. Este ano, a companhia passou a contar também com o Atlas e o Guaricema — este último dedicado à simulação de dados gerados nos reservatórios de óleo e gás. Com a conclusão da terceira onda, em 2021, a empresa terá dez vezes mais capacidade de processamento HPC do que em 2018.

— Como resultado desse investimento houve redução significativa no tempo de processamento de dados geofísicos nas áreas geológicas de interesse da companhia e a aplicação de algoritmos complexos, de última geração. Este processamento mais rápido e com algoritmos mais eficientes reduzirá riscos e antecipará decisões, elevando o retorno econômico dos projetos de E&P. Por isso a chegada do Atlas e a melhoria do Fênix contribuirão para melhores decisões técnicas, já que as imagens geradas abaixo do fundo do mar terão melhor definição e estarão disponíveis em menos tempo —afirma.

O diretor de Transformação Digital e Inovação da Petrobras, Nicolas Simone, destaca que a capacidade de processamento desses computadores permite o desenvolvimento de programas estratégicos para a Petrobras, como o “PROD1000” e o “EXP100”, impulsionando o aumento de eficiência na companhia.

— O uso intensivo de inteligência artificial e de grandes capacidades computacionais garantem uma expansão do nível de processamento de dados que seria impossível de atingir sem essas tecnologias — conclui o diretor.

. Atlas.: Número de servidores: 136 | Acelerador Matemático (GPU): Nvidia V100/32GB/SXM2 | Aceleradores por servidor: 8 | Processador: Intel Xeon Gold 6240 | Processadores por servidor: 2 | Núcleos por processador: 18 | Velocidade: 2.6GHz | Memória por servidor: 768GB | Rede interna: InfiniBand EDR 100gbps | Sistema operacional: CentOS 7.7 | Desempenho teórico: 8,0 PFLOPS Rpeak DP | Desempenho medido: 4,4 PFLOPS Rmax (ou 4.376 TFLOPS Rmax) | Consumo (na capacidade máxima): 546KW.

. Fênix.: Número de servidores: 360 | Acelerador Matemático (GPU): Nvidia V100/32GB | Aceleradores por servidor: 2 | Processador: Intel Xeon Gold 5122 | Processadores por servidor: 2 | Núcleos por processador: 4 | Velocidade: 3.6GHz | Memória por servidor: 192GB | Rede interna: InfiniBand EDR 100gbps | Sistema operacional: CentOS 7.6 | Desempenho teórico: 5.372 TFLOPS Rpeak DP (ou 5,4 PFLOPS Rpeak DP) | Desempenho medido: 3.161 TFLOPS Rmax (ou 3,2 PFLOPS Rmax) | Consumo (na capacidade máxima): 390KW.

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