Você sabe que é um pedilúvio? Pode ser aliado contra vírus

O hábito de lavar frequentemente as mãos e o uso de máscaras na rua são ganhos para a saúde que ficarão no mundo pós-pandemia. Para a prevenção ficar completa é preciso atenção aos pés também, na luta contra o novo coronavírus. Uma inspiração vem do campo, com o pedilúvio, utilizado nas fazendas e feiras agropecuárias para desinfecção das patas de animais. A origem da palavra é o latim, batizando o lavar pés. Adaptado na porta de casa como um tapete sanitizante, molhado com água sanitária e detergente, o pedilúvio urbano desinfeta calçados, proporcionando segurança a mais ao ambiente. E cada um pode fazer o seu com materiais reciclados.

Sempre lembrando a importância de se manter as mãos limpas, e boca, nariz e olhos protegidos por máscaras e óculos, não podemos descuidar nunca do que está no chão, com germes, bactérias e vírus. A medicina e a ciência nos ensinam isso. Daí a importância de se manter calçados higienizados, antes de descalçá-los em casa ou entrarmos em outro espaço.

Eficaz, o novo pedilúvio pode ser feito com uma forma de alumínio ou plástico, como base para um pedaço de carpete ou esponja, molhados com solução de água sanitária e desinfetante. Um pano de chão sempre umedecido com os produtos já está valendo. Nossos animais de estimação também podem passar por ele na volta do passeio, se saírem de casa.

Esse novo artefato contra o coronavírus serve para portarias de prédios, entradas de unidades de saúde, farmácias, mercados, bancos e comércio, como mais um aliado das cidades nessa batalha sanitária. É ainda boa opção para as escolas, quando forem reabertas.

Uma medida simples que pode ser adotada e estimulada por prefeituras, que também poderiam aumentar a escala da ideia, colocando-a em pórticos das cidades e estações de transporte, como complemento de barreiras sanitárias.

Improvisei um desses tapetes desinfectantes na minha clínica veterinária, em Niterói, logo no início da pandemia, além de promover a sanitização do entorno. Nessa guerra, cada um tem que fazer a sua parte e o que está ao alcance para derrotar o vírus e a desinformação. O mesmo vale para outras antigas frentes de luta pela saúde como as que travamos no país contra o sarampo e a dengue, na caça ao aedes.

Para deter o avanço da Covid-19, nunca é excessivo ressaltar a importância de respeitarmos o distanciamento social. Ficando em casa o máximo possível, evitamos dar carona ao vírus para outros bairros e cidades.

Quando menos pessoas doentes, melhor será atendida a população que sobrecarrega hospitais e postos de saúde. E menor será a escalada trágica do número de mortos Se cuidar é prova de amor próprio e, agora, de amor ao próximo. Vamos lá, pense nisso.

. Por: Joel Osório, médico veterinário em Niterói e ex-presidente da Anclivepa RJ.

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